capítulo 15

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Aaliyah ON

Acordo na manhã seguinte com meus olhos vermelhos e rosto inchado de tanto chorar, então me levanto da cama e pego uma troca de roupa quente e confortavel na minha mala em seguida vou até o banheiro para tomar um banho e estar apresentável quando Davi acordar pois não quero que meu filho me veja nesse estado lamentável. Minutos depois saio do banheiro e já encontro Davi acordado olhando para o teto, o que me faz sorrir pois esse menino é literalmente a cópia de António, me lembro que nas poucas vezes que acordei ao lado do meu tio, que ele fica exatamente assim como Davi está quando acorda pela manhã.

Aaliyah: bom dia meu príncipe - falo me aproximando dele e me sentando ao seu lado

Davi: mamã - fala esticando os bracinhos então me aproximo mais dele que abraça meu pescoço me fazendo sorrir

Aaliyah: bom dia - falo beijando a bochecha dele

Davi: didia - fala preguiçoso e sem me soltar

Aaliyah: vamos tomar banho para descer tomar café da manhã? - pergunta e ele apenas concorda com a cabeça

Sorrindo pego meu filho no colo em seguida o levo até o banheiro, então ajudo ele a escovar os dentinhos e fazer suas higienes matinais, depois lhe dou banho e minutos depois voltamos para o quarto. Pego uma roupa para meu pequeno em seguida o visto e penteio seus cabelinhos enquanto brinco com ele que solta algumas gargalhadas fofas que aquecem meu coração.

Não importa o quão ruim esteja minha vida, desde que eu tenha Davi nela sei que tudo irá ficar bem, pois meu filho tão pequeno sem saber consegue me dar forças para enfrentar qualquer coisa. Quando descobri estar grávida fiquei desesperada mais assim que ele nasceu eu renasci e desde então tenho vivido por ele, por isso que busco ser a melhor mãe que eu posso para ele, para que meu filho saiba que é amado e que tenho muita sorte em tê-lo na minha vida.

[...]

Aaliyah: bom dia família - falo entrando na sala de jantar com meu pequeno no colo

Pai: bom dia princesa - fala vindo até mim sorrindo - como está meu príncipe? - pergunta pegando Davi dos meus braços

Aaliyah: com preguiça como sempre - falo fazendo todos rirem, então beijo o rosto dos meu pai em seguida vou até minha mãe e beijo a bochecha dela também e depois faço o mesmo com meus avós

Vô: a preguiça do Davi pela manhã me lembra muito a que António tinha na infância não é amor - fala olhando para minha avó que sorri de lado

Vó: sim querido, António sempre foi o mais preguiçoso entre nossos dois filhos, mais graças a deus isso passou quando ele começou a trabalhar - fala sorrindo e papai solta uma gargalhada

Pai: eu não diria isso mãe, meu irmão realmente não gosta muito da ideia de acordar cedo - fala rindo - mais Davi realmente é muito parecido com António, as vezes fico até com uma pontada de ciúmes por meu neto se parecer mais com o tio do que comigo que sou o avô - confessa e eu fico desconfortável pois seu muito bem o motivo dessa semelhança toda e tenho muito medo do pode acontecer se alguém descobrir

António: bom dia - fala entrando no cômodo parecendo abatido

Pai: olha só, milagres acontecem, António Baumann acordou antes das duas em pleno sábado de manhã - brinca e meu tio apenas força um sorriso e ao contrario do que meu pai achou ele não retruca a provocação como de costume

Vó: filho está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? - pergunta preocupada enquanto o olha - você parece meio abatido

Pai: verdade irmão, aconteceu alguma coisa? - pergunta o olhando

António: está tudo bem, eu só não dormi bem a noite - fala segurando a mãozinha do meu filho que estica os bracinhos para ir no colo dele

Mãe: amor acho que você está perdendo o posto de preferido - diz rindo pois Davi nunca tinha trocado o colo do meu pai e agora está querendo deixá-lo para ir com António

Pai: mais é um pequeno traidor mesmo - fala fazendo cócegas no meu filho que resmunga querendo o colo de António - pega ele irmão

Assim que me pai fala isso António olha para mim como se pedisse permissão, então apenas faço que sim com a cabeça e pela primeira vez desde que chegou no cômodo vejo meu tio sorrir de verdade ao pegar Davi em seus braços. António se senta com meu filho na cadeira ao meu lado e enquanto vejo ele alimentar meu pequeno com carinho, descido que não irei me opor em relação a ele se aproximar de Davi, pois já não está sendo justo com ele não poder assumir o filho, seria ainda pior se eu o proibisse de se aproximar também.

Sei que não deve ser nada fácil para António estar perto do filho e não poder escutar ele o achando de papai, deve ser ainda mais doloroso saber que tem um filho que nunca irá chama-lo de papai, que será visto apenas como um tio para seu próprio filho, eu mesma não aguentaria essa situação e não queria que António passasse por isso, mais o que seria de nossa família se todos souberem o que aconteceu entre a gente anos atrás, eles iriam nos recriminar, eu estragaria a amizade linda que papai tem com o irmão, sem falar que tenho muito medo de todos deixarem de amar meu filho por ele ser fruto de um incesto entre tio e sobrinha.

Jamais me perdoaria se isso um dia acontecesse, mais parte de mim sangra ao pensar que terei que passar a vida toda longe do homem que amo, que terei que fingir que não sinto nada além de amor de sobrinha por ele e será ainda pior se algum dia António se casar com uma outra mulher. Mais eu não posso estragar minha família por conta de um sentimento que pode não ser forte o suficiente para permanecer a vida toda, António já desisti de mim uma vez quem me garante que ele não vai fazer o mesmo quando as coisas estiverem difícil com todos nos julgando.

O irmão do papai Onde histórias criam vida. Descubra agora