Prólogo

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Eu queria ser um ômega.

Desde o dia em que eu nasci, eu sempre desejei com todas as minhas forças que eu fosse um ômega.

Não que eu desejasse ser ômega por achar que tudo para eles era mais fácil como pregado pela sociedade, mas sim pelo que esse título proporcionaria na minha vida.

Ele me daria o direito de amá-la.

Minha noona sempre foi o meu mundo, desde o momento em que a vi pela primeira vez, com seus cabelos castanhos ondulados, sua pele pálida, seu sorriso encantador, seu aroma inigualável de sândalo que parecia me embriagar com um simples respirar. Eu a amei desde o primeiro dia em que a vi, a amei em cada segundo da minha vida.

Um amor que eu tive que esconder desde os meus cinco anos, quando o resultado mais importante da minha vida chegou.

Classificação: Alfa (Α α)

Eu não era nada nem mesmo dentro da cadeia hereditária alfica, eu era simplesmente comum. Como todos os outros alfas. Minha família ficou feliz, afinal, um filhote alfa era motivo de comemoração, de alegria, de festa. Mas para mim não significava nada mais que desespero.

Já que eu nunca poderia amalá como um ômega amaria, por que eu nunca poderia toca-la como um ômega faria, por que ela nunca me desejaria como um ômega, por que nunca poderíamos jurar votos em frente a um altar e entrelaçar nossas almas pela eternidade.

Ela nunca seria dela, e ela nunca seria minha.

Por toda minha vida eu chorei escondido por não ser quem ela poderia amar. Por que dentre todas as pessoas no mundo, entre ômegas bonitos que se atiravam em seus encantos, entre betas charmosos, eu nunca seria escolhido.

Eu queria ser o ômega dela.

Esse sempre foi o meu desejo por todas as dezoito primaveras da minha vida, aquele sempre foi o único pedido que fiz aos céus.

Ser desejado por ela, ser amado unicamente por ela.

Ela...

Por Todas As PrimaverasOnde histórias criam vida. Descubra agora