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Um passado e um futuro

Nascer não é o plano de ninguém, mas mesmo assim estamos aqui, nos estávamos vivos, se é que estou vivo.

Ter uma mãe drogada também não foi uma opção, mas mesmo assim eu tive, e cuidei dela como um adulto em meus plenos sete anos de idade.

Lembro vagamente de quando a polícia invadiu minha casa, naquela tarde de quarta-feira, foi tão rápido quando algemaram minha mãe e a levaram. Traficante, foi do que acusaram ela.

Foi aí que minha história começou.

Passando de família por família, eu fiz parte de duas famílias ao longo do caminho. Experimentei a dor física quando meus pais adotivos me maltratavam sem motivos aparente e também experimente a dor verbal, aquele que te destrói aos poucos, começa com pequenas opiniões, e depois vem os insultou, os xingamentos.

Eu estava tão cansado de tudo aquilo. Eu era uma criança, crianças não tem que brincar? Então porque não me deixavam? Era solitário.

A primeira fuga aconteceu aos nove anos, peguei minha mochila, desci as escadas na ponta dos pés, peguei algumas frutas e abrir a porta, passando por ela nunca mais voltaria e eu não voltei.

Dois meses depois fui acolhido por um abrigo, tinham muitas crianças, mas elas não bricavam comigo. Eu era estranho? Acho que sim, já que eram o que diziam.

Eu queria fugir novamente, ficar preso virou um pesadelo durante as noites, era como se sentir sufocado estando ao ar livre, talvez fosse a pressão ou só eu me alto condenando.

Com o passar dos dias conhece uma mulher de olhos azuis oceano, suas bochechas eram rosadas e seu sorriso era gentil, seu nome era Yana Jeon.

Ela era sempre tão boa comigo, me tratava como um verdadeiro filho. Eu ganhei um sobrenome, uma casa e o amor fraternal de Yana, em tão pouco tempo que me deixava assustado.

Mas eu via nisso um ato bom, uma ideia linda se encaixando no meu pequeno mundo. As 12 anos, continuei a estudar como todos os outros. Eu era focado em dar orgulho a minha mãe adotiva. Quanto a Han, não tínhamos nem uma ligação, nem um vínculo, na verdade éramos estranho morando na mesma casa. Eu me perguntava o que Yana viu nele, como ela poderia ser tão apaixonada por alguém tão frio e cruel como Han Jeon?

Dois meses depois recebemos a notícia de que Yana tinha câncer, tudo pareceu desabar por um momento enquanto chorava deitado em suas pernas.

- Não chore, estar tudo bem, meu amor. - Passou a mãos acariciando meus cabelos pretos enquanto me olhava com ternura.

- Você não pode m-me deixar. - Soluçava. Eram impossível não chorar, eu tinha nutrido um carinho muito grande por aquele tão gentil mulher.

- Eu não vou te deixar, sempre vou estar bem aqui pequeno, sunshine. - Apontou para meu coração.

Foi nesse dia que eu aprendi o significado de sunshine, significava a luz do sol, era isso que éramos um para o outro, uma luz no fim do túnel.

Partinhavamos carinho, porque ambos queríamos o que não poderíamos ter...

Amor.

No dia 13 de outubro de 2011, Yana Jeon morreu devido ao seu estado de saúde.

Era difícil assimilar. Por que as pessoas boas sempre vão embora? Eu queria que ela ficasse, mas quem ficou foi Han.

Em homenagem a Yana pintei uma mecha do meu cabelo de roxo, essa era a cor preferida dela, de certo modo queria levá-la para sempre nas minhas memórias.

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⏰ Última atualização: Jul 11 ⏰

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Aᴍᴏʀ Sᴇᴍ Fɪᴀɴᴄ̧ᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora