E agora chegamos na melhor parte da fic 🤌🏼
Freen
As horas se passaram, e Becky não acordou. Eu tentei dormir naquela cadeira ao lado da cama dela, mas meus pensamentos não me permitiam adormecer. De tanto pensar e não obter nenhuma resposta, meus olhos se fecharam até eu adormecer completamente. Não sei quanto tempo passou, mas seus gritos me fizeram acordar rapidamente.
- Deixe-me! Não quero!!
- Ei! Becky, Becky, você está bem, olhe para mim. - Eu disse enquanto acariciava seu rosto, enxugando as lágrimas que caíam em seu rosto.
- Freen, por que não consigo abrir os olhos? - Ela disse, ficando desesperada novamente.
- Becky, acalme-se, por favor.
- Onde estou?
- Estamos no hospital.
- O quê!? Por quê? Como cheguei aqui?
- Eu trouxe você, você precisava de atendimento médico.
- Que horas são?
- São duas da tarde, quer água, alguma coisa para comer?
- Queee... Tenho que ir, não posso ficar aqui - Disse ela enquanto tentava se levantar.
- Calma, você vai se machucar, Becky, iremos embora quando o médico mandar.
- Eu tenho que ir agora, você não entende. - Os movimentos dela fizeram sair a agulha que estava na mão dela, e agora começou a sair sangue da mão dela. Tentei impedir que ela se levantasse. Duas enfermeiras entraram junto com o médico, que imediatamente pediu para ela se acalmar.
- Freen, Mon está sozinha, não posso deixá-la sozinha, por favor. - Pediu-me entre lágrimas. Nunca na minha vida eu tinha me sentido tão mal quanto agora, vendo Becky tão chateada e preocupada. - Freen, ela precisa de mim, ela não pode ficar sozinha.
- Becky, quem é Mon? Ela não está sozinha.
- Ela é minha filha. - Ela falou quase em um sussurro. - Freen, por favor, ela ainda não consegue ficar sozinha, me solta.
- Onde ela está?
- Em casa, ela está em casa.
- Que casa? Me dê o endereço que eu vou buscá-la.
Becky conseguiu me dar o endereço antes de ficar completamente inconsciente novamente. Fui em busca da Nam! Merda! Eu tinha esquecido da Nam, procurei ela por todo lado, mas ela não estava lá. Então chamei meu motorista para me trazer o carro. Durante todo o caminho, eu mantive na mente o fato de que Becky era mãe e que durante esses meses ela não me contou nada. Como pode ser... como pode ter uma filha? Agora não tenho ideia se em algum momento realmente conheci Becky.
Quando cheguei ao endereço que Becky me deu, o cheiro de lixo era nojento. Entrando no que parece ser um bairro pequeno, há apenas 6 casinhas. O cheiro aqui é mais agradável do que lá fora. De repente, algo importante me veio à mente. Não tenho ideia de onde Becky mora! Então não tenho escolha a não ser gritar pela garota.
- MON, MON, ONDE VOCÊ ESTÁ MON...
- Quem é você? - Perguntou uma mulher mais velha enquanto me olhava de cima a baixo.
- Eu sou freen, estou aqui porque Becky me enviou.
- Eu sou Mhee.
- Prazer em conhecê-la. Você sabe onde está a pequenina?
- Eu não acredito nem um pouco em você, com certeza quer roubar a garota, Becky nunca mandaria alguém buscar Mon.
- Senhora, estou falando a verdade, ela me pediu para buscar a Mon.
- Eu vou chamar a polícia.
- Escute, Becky está no hospital e eu preciso levar a Mon até Becky.
- Becky no hospital? O que aconteceu com ela?
- Senhora, onde a menina está?
- Alí - ela apontou para a casa número 5.
- Obrigado. - Corri até lá e bati na porta, mas não obtive resposta. Bati de novo e não houve resposta de novo. Pensei que não tinha ninguém e que talvez Becky estivesse tendo alucinações. Mas quando dei dois passos para sair, o barulho de várias coisas caindo e um choro de menininha me fez abrir a porta com um chute. Olhei para todos os lados e na cozinha tinha uma menininha enrolada como uma bola, tentando calar o choro. Havia pratos quebrados em volta dela e sangue em alguns lugares. Sem hesitação, cheguei à menina.
- Olá, pequenina. Você deve ser Mon. - Esperei uma resposta, mas não recebi. - Sou Freen. Sou amiga da Becky. Sua mãe, ela me mandou buscar você. - E isso foi o suficiente para a menina levantar a cabeça e me deixar ver como eram os olhos dela. As lágrimas caíam sem parar enquanto ela sustentava o corpo com a mãozinha. - Você está machucada, deixa eu ver.
- Tenho fome e a mamãe não veio. - Disse ela enquanto enxugava os olhos.
- Sinto muito, pequenina. Deixa eu limpar sua mão e vamos até a sua mãe. - A menininha assentiu com um pouco de medo, mas permitiu que eu a ajudasse. - Pronto, agora podemos ir para a mamãe.
- Shiiii mamãe.
Coloquei a menininha no carro, coloquei o cinto de segurança nela e depois fiz o mesmo. Comecei a dirigir de volta para o hospital. A menina ficou completamente calada, algo desconfortável para mim. Eu realmente tentei perguntar várias coisas a ela, mas suas respostas eram sempre as mesmas quando ela ia chegar na mamãe. Entendi que ela não queria conversar. No caminho, percebi que as roupas da menina estavam manchadas de sangue. Possivelmente ela ainda não tinha tomado banho. Agora, lembro-me de que nem eu tinha tomado banho. Desviei meu passeio e parei em uma loja de roupas.
- Vou sair por um momento mas volto logo, não se mexa, ok?
- Uhum.
- Eu vou interpretar isso como um sinal. - Saí do carro, entrei na loja, foi a primeira vez que entrei em uma loja infantil.
- Boa tarde! Em que posso ajudar?
- Boa tarde, preciso de uma roupa de menina desse tamanho. - Falei simulando a altura da menina com as mãos.
- Ah, entendo, quantos anos a garota tem?
- Ela, eu não sei, talvez três ou quatro anos.
- Ah, perfeito, siga-me aqui.
A menina me levou a uma seção de roupas para meninas de 3 a 5 anos. Optei por um short preto com blusa azul, uma calcinha de desenho animado e um tênis azul. Paguei e voltei rapidamente para o carro com a bolsa. A menina estava ainda na mesma posição.
- Pronta para ir? - Ela assentiu - Antes de ir com a mamãe iremos a um lugar para você trocar de roupa.
- Eu não trouxe roupas.
- Eu sei e por isso comprei de você.
- Você não pode fazer isso.
- Sim, posso.
- Não, mamãe diz que é feio aceitar o que estranhos lhe dão.
- E sua mãe está certa, mas sou amiga dela e você não pode vê-la assim.
- Mamãe não quer me ver.
Seus olhos se encheram de lágrimas novamente e como uma bomba suas lágrimas explodiram.
- Não, não, não chore, a mamãe quer te ver, claro que quer.
- Você disse nãooooo...
- Não ou bem sim, mas não assim, ela quer te ver mas você precisa estar limpa, você tem sangue, você não pode ir assim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐟𝐞
FanfictionA Freen é inter 🚨 Becky tem 23 anos e uma filha de 4 anos que foi diagnosticada com leucemia. Para salvar a vida da filha, ela decide vender o corpo em uma boate onde conhecerá Freen, uma empresária. Após uma discussão com sua esposa, ela decide ir...