𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐟𝐞

capítulo 51

Fomos buscar Mon e imediatamente certas palavras repetidas ecoaram na minha cabeça: ‘Não há mais bebês, só eu.’ ‘Não há mais bebês, só você.’ Estou com problemas? Claro que sim. Durante a caminhada, eu não conseguia parar de pensar em como contaria para a ovelha sobre o novo bebê.

Becky: Amor, sobre o que você pensa tanto?

Freen: Na ovelha.

Becky: O que há de errado com ela?

Freen: Acho que ela não gosta da ideia de ter outro bebê na casa. Sabe quantas vezes ela me fez prometer isso?

Becky: Foi por isso que pensei que você não queria ter mais filhos. A única coisa que não entendi nessa promessa é por que você não contou a ela sobre o bebê da sua ex-mulher.

Freen: Eu acho que vou morrer.

Becky: Amor, não exagere. Mon só não quer compartilhar você. Você deu a ela um amor que ela queria. Você tem que contar as coisas para ela com calma, e aí ela entenderia.

Freen: Não quero que ela se sinta mal, amor.

Becky: Podemos preparar ela aos poucos, amor. Não se preocupe.

{-}

Mon: Mamãe Free, olha todos os desenhos que fiz com a tia Nam.

Ela me arrastou até o sofá, onde começou a tirar todos os desenhos que elas tinham feito e tudo o que tinham colorido. Explicou-me o que era cada um deles e me deu um em particular, no qual só estávamos nós duas unidas com um grande coração no meio.

Mon: Você gostou?

Freen: Adorei esse. Acho que vou colocá-lo no meu escritório; vai ficar lindo em uma pintura.

Mon: Mamãe, escute, mamãe Free disse que vai levá-lo para o trabalho. - Ela sorriu.

Becky: Isso é legal, certo.

Mon: Sim, farei muitos mais para você.

Freen: Sim, mas primeiro, o que você acha se formos tomar um sorvete?

Mon: Simmmmm, sorvete.

Estávamos prontos para sair quando Becky começou a passar mal. A náusea tomou conta novamente. Esperamos ela se recuperar e se sentir melhor, mas ele insistiu em ir, embora eu tenha dado a ela a opção de ir pedir para o Heng comprá-los. Saímos do apartamento e, quando estávamos prestes a entrar no carro, uma voz familiar nos fez parar no meio do caminho.

Nita: Então você me faz de boba na frente da imprensa e depois se compromete com ela? - Apontou para Becky.

Freen: Sai daqui, Nita. Você não tem do que reclamar.

Nita: TENHO TODO O DIREITO DE RECLAMAR. Lembre-se de que sou mãe do seu filho.

Mon: NÃO GRITE COM MAMÃE FREE, BRUXA FEIA! - Ela gritou, agarrando-se à minha perna.

Nita: Mamãe Free? - Começou a rir. - Você nega seu filho, mas cuida de uma bastarda que obviamente não é sua filha. Aplausos para a grande Freen Chankimha. Sua pirralha, você não é filha dela; esse é filho dela. - Ela brincou com sua barriga, com um sorriso no rosto.

Meu sangue fervia pela primeira vez. Senti uma vontade imensa de fechar sua boca. O aperto de Mon afrouxou, e baixei meu olhar. Vi ela olhando diretamente nos meus olhos, que estavam cristalinos. Suas lágrimas começaram a cair. Ela não disse uma palavra, e apenas naquele momento eu entendi que eu havia quebrado seu coraçãozinho. Eu senti isso. Fiquei tão congelada com a reação da minha ovelha que não percebi o momento em que Becky entrou na minha frente e se lançou contra Nita.

Becky: OLHA COMO VOCÊ FALA DA MINHA FILHA! - Gritou ela, dando-lhe um tapa forte que fez Nita abaixar o rosto. Ela rapidamente levantou a cabeça com a mão na bochecha que havia batido, recebendo um novo tapa na outra bochecha sem dar-lhe tempo para reagir. Nita caiu no chão com o lábio quebrado. Vi como Becky a agarrou pelos cabelos, e sabia que isso iria piorar. Não podia permitir.

Freen: Amor, amor. - Envolvi-a em meus braços e soltei sua mão do cabelo de Nita. - Você não pode fazer isso. Vocês estão grávidas.

Começaram a ser ouvidos os gritos de Nita pedindo socorro porque iam matar ela e o bebê. Ela colocou a mão na barriga, reclamando de dor. O choro alto da minha ovelha também estava presente.

Freen: HENG, ATENDE NITA! - Gritei enquanto tentava acalmar Becky.

Becky: Me solta, Freen. Já cansei dessa maluca.

Freen: Amor, a Ovelha está chorando, está com medo. Preciso que você se acalme.

Consegui acalmar um pouco Becky, e Heng conseguiu colocar Nita no carro.

Freen: Suba com a ovelha. Devo levá-la ao hospital, mas voltarei imediatamente, sim.

Becky simplesmente assentiu. Eu sabia que havia falhado novamente, mas não podia fazer nada. A gravidez de Nita era o principal agora. Se alguma coisa acontecesse com aquele bebê, ela culparia Becky, e ela teria grandes problemas. Então eu tinha que ter certeza de que eles estavam bem.

Mon ainda estava chorando, me aproximei dela para levá-la até Becky mas sua rejeição foi imediata quando sentiu meu contato.

Freen: ovelha eu..

Mon: Eu quero a mamãe. - Ela passou a mão nos olhos e correu em direção a Becky.

Senti meu coração se partir, e embora quisesse ir atrás dela, eu não podia. Entrei no carro com Nita, e Heng dirigiu rapidamente para o hospital. Eu estava esperando eles terminarem de examinar Nita quando Saint me ligou.

Saint: O que aconteceu?

Freen: O bebê está bem?

Saint: Os dois estão bem, não há com o que se preocupar. Mas quero saber o que aconteceu. Nita disse que está com o coração partido e pede para chamar a polícia.

Freen: Preciso falar com ela, ter certeza de que eles estão bem.

Saint: Te dou dois minutos e quero você no meu escritório.

Saint sinalizou para uma enfermeira que me levou até o quarto onde Nita estava.

Nita: Você veio terminar de matar seu filho?

Freen: Se eu matasse alguém, seria você. Mas eu não quero sujar minhas mãos com lixo. Agora o bebê está bem, e para meu azar, você também está. Agora eu vou te levar para casa. Você vai ficar aí sem fazer nada. Não vai causar mais escândalos. E você e eu nos veremos novamente daqui a um mês e meio, depois que aquele bebê nascer. Entendeu?

Nita: Você acha que isso vai ficar assim? Acha que aquela vadia pode me bater e ficar como se nada tivesse acontecido? Você está muito enganada. Vou fazer ela apodrecer na cadeia. Sua mãe vai saber disso.

Freen: Uuu, que assustador. Experimente, e vamos ver quem perde. Porque você não tem o apoio de ninguém, e neste momento, você não é nada. Se ainda lembram do seu nome, é por causa dos escândalos ridículos que você faz. Você sabe que sou eu quem ainda paga suas contas. Mas você está me fazendo perder a paciência.

Nita: Você esqueceu o que estou falando com sua mãe, querida?

Freen: Bem, espero que a influência dela te ajude em alguma coisa. Mesmo que seja para que você tenha desconto na compra do chá, querida.