Luna Martínez POV
Essa definitivamente foi uma das minhas piores noites de sono desde quando cheguei. Acordei bem antes do meu despertador tocar e em um primeiro momento, me forcei a pelo menos tentar dormir um pouco. Só que não consegui. Bufando de frustração, me levantei procurando não fazer barulho para não acordar a minha irmã.
Fui até o banheiro e após escovar meus dentes e me despir, tomei um banho gelado. Aproveitei para lavar o meu cabelo também. Passei shampoo e massageei o meu couro cabeludo, já me sentindo relaxada. Depois de passar uma máscara hidratante de três minutos e me ensaboar, deixei a água fria cair no meu corpo. Fiquei olhando a água descer pelo ralo, como se jundo descesse todos os meus problemas. Soltando um suspiro, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha.
Já que eu usava uniforme todos os dias, não tinha dificuldade para escolher o que vestir. Peguei uma calça wide leg e a camisa de treino da Seleção para usar hoje. Fiz uma make bem básica, apenas um corretivo nas olheiras, blush, rímel e um liptint nos lábios. Passei meu perfume favorito, Good Girl da Carolina Herrera, e já calcei meu Vans Old Skool. Já que o meu cabelo estava limpo e hidratado, apenas passei um creme no comprimento e amassei para dar forma às ondas dele.
Peguei o meu celular no exato segundo que iria despertar. Desliguei o alarme e guardei o celular na minha mochila, junto com o meu tablet. Aproveitei para pegar um post it e caneta, e escrevi um bilhete para minha irmã informando que estaria no restaurante do hotel. Destaquei a folha do bloquinho e colei na testa da Sira. Ela apenas resmungou, mas continuou a dormir. Peguei a minha bolsa, saindo do quarto e já pondo meu fone de ouvido.
O restaurante já estava aberto quando cheguei, mas o café da manhã ainda estava sendo preparado. Escolhi uma mesa mais afastada e me acomodei, pegando meu tablet e já dando continuidade aos vários trabalhos que eu tinha para entregar naquele mês. Estava tão imersa nas tarefas, que tomei um susto quando senti algo tocar em minha mão. Ou melhor alguém.
— Bom dia — Pedri falou sorrindo e sentou-se em frente a mim. — Já tomou o café da manhã?
Entreabri a boca, parecia até que eu havia desaprendido a falar. Foi impossível não me lembrar do nosso quase beijo. Mordi meu lábio inferior com uma certa força, na tentativa de ignorar a vontade louca que me deu de sentir seus lábios nos meus. Balancei a cabeça e respondi a sua pergunta:
— Ainda não, quando eu cheguei aqui estavam preparando a comida — olhei rapidamente para o relógio digital em meu pulso esquerdo e tomei um susto ao ver as horas. — Uau, nem me dei conta de que tô aqui há umas três horas.
Pedri arregalou os olhos, surpreso.
— Três horas?! Por um acaso você caiu da cama? — Perguntou e eu ri.
— Quase. Eu só tive uma péssima noite de sono — dei de ombros. — Fiquei pensando em outras coisas, em vez de contar carneirinho.
— Tem algo a ver com ontem a noite?
Pude ver a curiosidade rondando seus pensamentos. Meus dedos foram até o anel que estava no meu dedo do meio da mão esquerda. Rodei o anel em meu dedo, como costumava fazer quando estava nervosa.
— Somente a parte boa daquela noite — falei, deixando nas entrelinhas o que eu me referia.
— Também pensei sobre ontem a noite, principalmente a parte em que fomos interrompidos.
Sua sinceridade fez o meu coração disparar, reverberando em meus ouvidos. Pude sentir minhas bochechas ganhando um tom avermelhado quando seu olhar passeava pelo meu rosto.
— Acho que vou pegar algo para comer — falei engolindo em seco e me levantando da cadeira.
— Te espero aqui — ele disse com um sorriso de lado em seus lábios.
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National Anthem | PEDRI GONZÁLEZ
FanfictionLuna Martínez, uma garota de 21 anos e estudante de jornalismo, se vê completamente sem saída quando recebe um convite para ser assistente de seu pai, que é simplesmente o técnico da seleção espanhola. Desde o divorcio dos pais, Luna se mudou com s...