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Luna Martínez POV

Tá legal, o que é que tá acontecendo comigo?! Precisa ter alguma explicação lógica para o que eu estou sentindo, porque eu definitivamente não estou me apaixonando pelo Pedri.

Desde o nosso último beijo eu venho evitando ele e é quase impossível fazer isso já que passamos praticamente o dia todo juntos. Mas, eu não confio em mim mesma perto dele. É preciso estar focada no meu trabalho, ainda mais que falta menos de uma semana para começar a Copa do Mundo.

Com o término do treino da manhã, estávamos fazendo uma pausa para o almoço. Enquanto todos se direcionavam ao refeitório, eu ia para a sala do técnico com a desculpa de que precisava aproveitar todas as folgas possíveis para fazer os trabalhos pendentes da faculdade.

Estava tão imersa em meus pensamentos que dei um gritinho quando senti algo me puxando pela mão.

— Ai! Que susto, Pedri! — Falei pondo a outra mão em meu peito, sentindo meu coração acelerado.

— Só assim pra fazer você falar comigo.

Desviei o olhar dele. Eu nutria uma expectativa de que ele não tivesse reparado que estava o evitando. Aparentemente ele tinha sim reparado.

— Por que você tá me evitando? — Perguntou, indo direto ao ponto.

Ri de nervoso, cruzando os braços e evitando olhá-lo nos olhos.

— Eu não sei do quê você tá falando, Pedri. Eu tô normal com você.

— Jura? — Perguntou e eu assenti. — Então por que você não responde olhando nos meus olhos?

Impaciente, revirei os olhos e o encarei, torcendo para o meu tique não me entregar.

— Eu tô normal com você. Satisfeito?

— Você é uma péssima mentirosa, Luna Beatriz — falou se aproximando de mim e eu recuei, batendo as costas na parede.

Senti o meu coração batendo feito louco, como se estivesse em um desfile de carnaval. Engoli em seco, nervosa com sua aproximação.

— Olha nos meus olhos e seja sincera comigo — falou, apoiando a mão direita na parede, ficando tão perto de mim que me fazia esquecer até de como respirar.

— Quer que eu fale o que, Pedri?! Que eu estou te evitando porque não confio em mim mesma quando tô perto de você? Ou quer que eu falei que
o jeito que você sorri quando me vê, me faz sentir coisas que eu não consigo explicar? Ou que quando te vejo, tudo que consigo pensar é na vontade enorme que sinto em te beijar?

Dei uma risada sem qualquer humor, e olhei bem nos olhos dele.

— Se é isso que você quer que eu diga, sinto muito, porque não vou falar nada disso.

Seu olhar foi até meus lábios, e então falou:

— É uma pena, porque se você admitisse tudo isso, eu concordaria com tudo. Principalmente na parte do beijo.

Meu coração batia feito louco, sentia dificuldade até para respirar. Instintivamente me inclinei em sua direção, meu lábios roçando nos dele. Iria beijá-lo bem ali no corredor sem me importar em sermos flagrados.

— Luna — ouvi uma voz familiar me chamando.

Cacete, era a minha mãe! Empurrei Pedri, criando distância entre nós.

— Ah, aí está você — minha mãe falou sorrindo. — Seu pai falou que você estava na sala dele, mas não te vi lá.

— Eu tava indo e parei para conversar com o Pedri — falei, em português, cruzando os braços.

National Anthem | PEDRI GONZÁLEZ Onde histórias criam vida. Descubra agora