— Para que rumo fica a festa? – Asen perguntou a loira. Morana observava Asen e a garota loira conversando, mantendo uma distância. Enquanto a garota respondia à pergunta de Asen com um sorriso de canto, Morana acompanhava a cena com uma expressão séria, seus olhos carregados de um sentimento sombrio e intenso. Era como se um turbilhão de emoções tumultuasse seu interior, enquanto ela observava Asen interagir com outra pessoa. Um misto de ciúmes e ressentimento se manifestava em sua mente, obscurecendo qualquer vestígio de calma que ela pudesse ter.
Asen, alheio às artimanhas da garota loira diante dele, estava completamente inconsciente de sua presença. Para ele, era apenas uma conversa casual, um mero detalhe em seu mundo. No entanto, para Morana, aquela cena despertava um sentimento possessivo dentro dela. Era como se cada palavra trocada entre Asen e a garota loira fosse uma afronta à sua própria conexão com o jovem. Enquanto observava, seu olhar penetrante denunciava a fúria contida e a determinação de não deixar que ninguém se intrometesse em seu caminho para chegar até Asen.
— Eu levo você, se você quiser. — A garota loira fez a oferta, seus olhos brilhando com uma malícia que escapava à percepção de Asen. Mas para Morana, cada palavra daquela mulher era como uma afronta, um desafio à sua ligação com o garoto. Mesmo sem poder intervir diretamente, a morte estava determinada a manter-se próxima, vigilante e protetora, mesmo diante das artimanhas daquela intrusa.
Quando Morana percebeu que Asen estava prestes a aceitar a oferta da garota loira, ela se manifestou com uma presença sutil, mas firme. — Ele não precisa da sua ajuda.
Tanto a garota quanto Asen se arrepiaram ao ouvir a voz de Morana. A garota congelou onde estava, enquanto Morana saiu de trás de uma árvore, o queixo erguido, emanando uma presença imponente.
A loira olhou para Morana com medo evidente, como se a energia emanada por Morana fosse tão intensa que a deixasse paralisada.
Asen, por outro lado, sentiu-se aliviado ao ver Morana, mas também envergonhado por tê-la seguido e pelo fato de ela agora estar "ciente" disso.
— Eu vou voltar para a festa. — Asen observou a loira, notando seu tremor e a expressão de medo estampada em seu rosto.
Ele sentiu compaixão pela garota, percebendo que sua presença havia gerado desconforto. Enquanto a loira se afastava rapidamente, Asen dirigiu um olhar de agradecimento a Morana, reconhecendo silenciosamente sua intervenção. Embora não soubesse ao certo o que aconteceu entre Morana e a garota loira, ele sentiu-se grato por sua presença reconfortante. Enquanto observava Morana com um misto de admiração e curiosidade.
— Por que me seguiu? — Morana questionou Asen, arqueando uma sobrancelha querendo uma resposta.
Asen engoliu em seco, sentindo a pressão da pergunta de Morana. Ele ponderou por um momento antes de responder, tentando encontrar as palavras certas.
— Eu... Eu queria... — Ele começou, mas hesitou. Sua mente estava turva com uma mistura de emoções e pensamentos confusos. Finalmente, ele encontrou coragem para continuar. — Eu não sei tá!? Por que você entrou aqui? Em vez de ir pra sua casa?
Asen soltou as palavras com uma mistura de frustração e confusão, sua voz carregada de emoção. Ele estava tentando entender seus próprios sentimentos enquanto confrontava Morana com a mesma pergunta que ela havia feito.
Morana observou Asen com uma expressão serena, seus olhos transmitindo uma profundidade silenciosa. Ela ponderou por um momento antes de responder, sua voz ecoando com calma.
— Eu gosto daqui, venho pra pensar.
Asen olhou para ela, surpreso pela resposta inesperada. Ele tentou compreender o significado por trás das palavras dela, captando a serenidade em seu olhar e a tranquilidade em sua voz.
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A morte (1º Livro da Triologia Renascer)
RomanceAsen e seus amigos decidiram brincar com o desconhecido. No entanto, o jogo tomou um rumo inesperado quando a morte, como uma presença sutil nas sombras, se viu intrigada por Asen. Uma dança perigosa entre a mortalidade e a imortalidade começou a...