Morana permaneceu ao lado de Asen até que ele dormisse, observando-o enquanto ele dormia serenamente. Uma sensação de paz a envolveu, fazendo-a esquecer por um momento de todos os seus problemas e responsabilidades. Ela traçou suavemente os contornos do rosto dele com os dedos, admirando cada detalhe como se fosse a primeira vez que o via. Apesar de todas as adversidades que enfrentava, estar ali, ao lado de Asen, era um momento de tranquilidade em meio ao caos. Por um instante, ela permitiu-se relaxar e apenas aproveitar a presença reconfortante dele.
Morana estava ciente do dilema em que se encontrava. Seu amor por Asen era tanto uma bênção quanto uma maldição, pois o colocava em perigo constante. Ela sabia que a única maneira de protegê-lo verdadeiramente era se afastar, mesmo que isso significasse causar-lhe dor. O feitiço que os unia era uma ameaça, uma corrente invisível que os mantinha ligados de uma maneira que ela não podia tolerar. Por mais que doesse, Morana estava disposta a sacrificar sua própria felicidade para garantir a segurança de Asen. Era um dilema cruel, mas ela sabia que não poderia desistir até encontrar uma solução.
O primeiro passo: Ter a cabeça de Damian sobre a mesa do salão e apagar as memórias de Asen. Assim ele sofreria menos.
Segundo passo: Descobrir um jeito de quebrar o laço que prendia Asen a ela.
Morana permaneceu ao lado de Asen enquanto ele dormia, observando-o com ternura misturada com tristeza. Com um suspiro pesaroso, ela sussurrou as palavras que sabia que precisava dizer para protegê-lo: "Você vai dormir e, quando acordar, vai esquecer de mim." Ela depositou um beijo suave na testa dele, uma despedida silenciosa antes de se afastar.
...
No submundo, o cheiro podre que invadiu a floresta negra fez Morana ficar alerta, seus sentidos aguçados captando a presença de algo sinistro no ar. Ela se ergueu, sua postura tornando-se mais rígida, enquanto seu olhar varria o ambiente em busca da fonte daquele odor repugnante. A sensação de perigo iminente a envolveu, e Morana preparou-se para enfrentar qualquer ameaça que se aproximasse.
Os monstros de pedra emergiram das sombras das árvores, cercando Morana. Antes que pudesse reagir, um feitiço a atingiu, privando-a de sua capacidade de agir. Um dos soldados de Damian se aproximou, provocando-a com palavras cruéis, observando-a impotente diante de sua situação. — Você está tão fraca agora. A temida morte não passa de uma garotinha assustada.
A sensação de impotência enfureceu Morana, mas ela sabia que precisava manter a calma para encontrar uma brecha para escapar.
Morana sorriu com desdém, suas palavras carregadas de confiança. Ela enfrentou o soldado com firmeza, desafiando sua bravata. Sua determinação não diminuiu, mesmo diante da ameaça iminente representada por Damian e seus asseclas.
— Quero ver se você vai sorrir assim quando Damian matar você. — ele zombou, os monstros riram.
— Vou sorrir assim quando eu rasgar a sua garganta vendo você se engasgar com o seu sangue igual uma putinha. É isso que você é do Damian não é? Uma putinha. — Morana riu, sua risada ecoando pelo ambiente sombrio enquanto desafiava o soldado com suas palavras afiadas.
Seu sorriso era como uma fera, desafiando-o a mostrar do que era capaz.Morana recebeu o soco em seu rosto, o impacto fazendo sua cabeça girar para o lado. No entanto, ela não recuou, mantendo seu olhar firme e desafiador enquanto o sangue escorria de sua boca ferida. Seus olhos faiscavam com uma determinação feroz, pronta para revidar.
— Faça o que quiser, aproveite enquanto ainda estou presa. Porque quando isso acabar, rasgarei todo o seu corpo. Mas não o suficiente para morrer, quero vê-lo sofrer. — As palavras de Morana ecoaram no ar, carregadas com uma promessa sombria e implacável. O soldado sentiu um arrepio percorrer sua espinha, seus instintos gritando para que ele recuasse diante da determinação daquela mulher poderosa. A ameaça implícita em suas palavras era suficiente para congelar o sangue em suas veias.
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A morte (1º Livro da Triologia Renascer)
RomanceAsen e seus amigos decidiram brincar com o desconhecido. No entanto, o jogo tomou um rumo inesperado quando a morte, como uma presença sutil nas sombras, se viu intrigada por Asen. Uma dança perigosa entre a mortalidade e a imortalidade começou a...