A morte (1º Livro da Triologia Renascer)

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— Eu ordeno, que qualquer ser humano que veio de cima, seja morto. — A ordem de Morana ressoou pelo submundo, enviando ondas de tensão entre as criaturas que a cercavam. Damian, ao seu lado direito, e Killian, ao esquerdo, pareciam prontos para executar suas ordens sem hesitação. No entanto, Safira, segurando firmemente o cabo de ferro de sua espada atrás de Damian, permanecia vigilante e desconfiada. Ela não confiava plenamente nele, apesar de sua aparente submissão.

Embora Morana tenha mostrado misericórdia ao poupar a vida de Damian e tê-lo como seu subordinado, Safira estava preparada para agir rapidamente caso ele traísse essa confiança. Sua determinação era clara, e ela estava pronta para proteger sua rainha a qualquer custo, mesmo que isso significasse confrontar Damian.

Enquanto os olhares das criaturas se voltavam para Morana, a rainha do submundo, era evidente que a presença de humanos no submundo era motivo de preocupação para ela. Os boatos sobre a presença desses intrusos haviam despertado sua ira, e ela estava determinada a tomar medidas drásticas para lidar com essa ameaça percebida.

Killian compartilhava da desconfiança de Safira em relação a Damian, mas ele entendia por que Morana o mantinha ao seu lado. Havia uma ameaça ainda maior que pairava sobre o submundo: o Rei do Inferno, o próprio Diabo. Damian, apesar de suas falhas, representava uma proteção contra essa ameaça iminente.

No entanto, ele também reconhecia a necessidade de manter uma frente unida contra o verdadeiro inimigo que aguardava nas sombras. O Rei do Inferno representava uma ameaça que não podia ser subestimada, e era essencial que todas as criaturas do submundo permanecessem unidas para enfrentá-lo.

Morana andava incomodada neste últimos dias, ela estava pensando demais no garoto que abandonou.

Nos sete anos que se passaram desde a última vez que o viu, Morana viveu com a constante angústia de saber que ele estava próximo, mas inalcançável. Ela se entregou à sua missão de encontrar uma maneira de quebrar o feitiço que os prendia, dedicando-se de corpo e alma a essa busca incansável. Enquanto isso, fingia que Asen não existia, uma fachada para esconder a dor que sentia por tê-lo afastado de sua vida. Cada dia era uma batalha interna entre seu amor por ele e sua determinação em mantê-lo seguro, e Morana sabia que não descansaria até encontrar uma solução para o dilema que a atormentava.

...

No primeiro ano sem notícias de Morana, Asen ficou consumido pela loucura. Sua mente atormentada pela ausência dela o impulsionava a encontrar qualquer vestígio de sua presença perdida. Determinado, Asen descobriu um portal que levava ao submundo, acompanhado por Mattheo, em busca da mulher que assombrava seus sonhos e seu coração.

No início, eles enfrentaram desafios e adversidades, lutando para se adaptar a um mundo tão diferente do deles. No entanto, conforme o tempo passava, eles absorviam as leis e os costumes do submundo, tornando-se hábeis em sua arte sombria. A caça aos monstros que assolavam as vilas tornou-se sua missão, e com cada criatura abatida, Asen afundava mais fundo em sua própria escuridão interior.

Cinco meses se passaram antes que Asen e Mattheo finalmente voltassem à terra, mas encontraram-se deslocados em um mundo que não mais os reconhecia. As marcas da escuridão que os cercava no submundo agora os separavam daqueles que antes chamavam de lar. O peso de suas experiências transformadoras os havia mudado irrevogavelmente, e eles enfrentavam um futuro incerto, divididos entre dois mundos que já não os aceitavam como antes.

— Asen mas que porra! Você sabe que o sangue de um Elfo da pra sentir a mais de 20km, com certeza teremos algum Globin na nossa cola por um tempo. Ainda por cima era uma criança. — Mattheo esbravejou ao ver a cabeça de uma criança Elfo no chão, o sangue preto fresco sobre a grama negra.