Reunião de Guerra

2 0 0
                                    

– Como pode fazer uma coisa dessas, Gaston?! – disse Bela, enquanto Gaston a segurava pelas costas, mantendo a princesa como refém.

Como devem se lembrar, Aethel estava na cama, mergulhado em um sono profundo (o preço por usar o coracor), de modo que não pôde lidar com a situação.

Bem ali, em um dos corredores do grande palácio, Gaston tentava ganhar alguma vantagem, já que os esqueletos haviam sido derrotados, assim como os cavaleiros negros.

Gaston era esperto o bastante para saber que não receberia qualquer auxílio de Radamanthys: não, ele estava sozinho; abandonado pelo juiz do mundo inferior.

Olhando para todos os lados, Gaston viu Shun e seu amigo, Hyoga, chegarem correndo, após verificarem se não havia sobrado algum guerreiro esqueleto.

– Largue a moça, seu patife! – gritou Hyoga.

Gaston não respondeu, pois sua atenção estava nas janelas, portas e escadarias de mármore; qualquer possível rota de fuga.

O vilão segurou seu facão no pescoço de Bela, ordenando que os jovens se afastassem.

No entanto, Bela desapareceu, como fumaça ao vento.

Gaston ficou chocado, mas percebeu o que estava acontecendo, assim que viu a mulher nos braços de Hyoga:

– Garoto… – disse o vilão – Você é bem rápido.

Neste momento, Shun (que ainda usava sua armadura divina de Andrômeda) usou suas correntes douradas para amarrar Gaston em uma coluna do palácio, encerrando a batalha.

Gaston foi logo conduzido para uma cela especial, nas masmorras do palácio, onde foi vigiado pelo próprio Gael, o sombrio, Ikki de Fênix e um destacamento de sete guardas imperiais de elite, comandados por Miriam (amiga de Aethel, que já havia mostrado suas habilidades na defesa do acervo secreto da grande biblioteca imperial).

Levou algumas horas, mas assim que Aethel acordou, Gaston foi interrogado.

Estavam presentes apenas os já mencionados, juntamente com Aethel e Paradoxo.

Gaston não desejava colaborar, mas mudou de ideia assim que o imperador lhe disse que o homem poderia ter tratamento melhor, se colaborasse com a recém-criada “Liga de Atena”:

– Colabore conosco, senhor Gaston – disse Aethel – E o livraremos das garras de Hades. Sei dos suplícios que deve ter passado no mundo inferior. Sinto muito por você, de verdade.

 – Nunca! – gritou o vilão – Fazem ideia do que Hades vai fazer comigo, se eu o trair?!

– Na verdade… – respondeu Aethel, com olhar cruel – sim, eu sei; e não é nem 10% do que EU farei a você, se não parar de me fazer perder tempo e colaborar de uma vez!... Você teme Hades, mas só Cristo pode te salvar da minha ira… Gaston, acredite em mim, quando digo que o pior suplício do mundo inferior, não passa de brincadeira de criança, comparado ao “grande livro de punições legais”, escrito por meu ancestral, Vladimir III, “o sanguinário”.

Mesmo Ikki ficou incomodado com discurso tão sinistro, mas Gaston ainda tentou resistir:

– Você está blefando. – disse ele – e é só uma criança!

– Acabei de sobreviver a uma guerra, senhor Gaston – respondeu Aethel – Não estou com paciência para essa sua relutância em nos ajudar. Além disso – sorriu o rei, maleficamente – Você ofendeu meus convidados, atacou minha hóspede e… o pior de tudo – disse Aethel, com olhar furioso – colocou a vida da Mabel em perigo; comparado a mim, Gaston, Hades é um anjo disfarçado!

A Liga de Atena: A Ressurreição de Hades Onde histórias criam vida. Descubra agora