Após o fim da batalha em Uruk, Aethel e sua unidade estavam em péssimo estado; o imperador estava inconsciente, os amigos de Hiro encontravam-se desanimados e feridos, Gwen ainda chorava e Gemma penava para entender a razão de Hades se interessar tanto pelo selo que, milênios antes, pertencera ao grande Gilgamesh.
Seja como for, todos foram levados para o grande palácio, onde receberiam toda sorte de cuidados médicos.
Após poucas horas, Aethel despertou, porém, sequer era capaz de ficar em pé: o rapaz sofria com dores musculares terríveis, que lhe forçaram a morder os travesseiros de penas para não gritar. Além disso, gotas de suor escorriam por sua testa e o coração, por vezes, acelerava.
Apesar disso, pediu que Merlin chamasse Atreu (segundo cônsul do império) e lhe dissesse para deixar unidades especiais das seis forças do império preparadas.
O mago atendeu ao imperador e se retirou.
Vendo-se sozinho, longe dos olhares curiosos do mundo exterior, Aethel começou a chorar.
Passados alguns minutos, Merlin chegou com Atreu, acompanhado por quatro senadores, vestidos com finas togas de linho e ouro.
— Longa vida a Aethel, imperador de Ghalary. — disse o cônsul, seguido por seus amigos senadores, que disseram em uníssono "Salve Aethel, imperador!".
Com a ajuda de Merlin, Aethel se reclinou na cama e elevou o braço direito, fazendo a saudação romana. O braço estendido era mais um dos muitos legados que aquele império tão vasto havia herdado dos antigos césares da Itália — algo que muito orgulhava o senado e o povo.
Por isso, aquele gesto, embora simples, agradou os senadores, já que Aethel não se levantara para os receber, como mandava o protocolo real.
Muito tempo antes de Aethel, Atreu ou do próprio Merlin, um pequeno navio romano, conduzido por alguns jovens, um velho e um senador aposentado, perdeu-se no mar mediterraneo, indo para além dos pilares de Hércules e chegando até uma ilha rodeada por brumas.
Como essa lhes parecesse suficientemente segura para desembarcar (e como os víveres já haviam se esgotado), os homens desceram de seu barco e exploraram o lugar, até serem surpreendidos por uma pequena unidade de elite ghalaryana.
Como os homens pareciam estrangeiros, os soldados os conduziram até a presença de Numítor II, rei dos ghalaryanos, que os recebeu piedosamente. Gratos pela hospitalidade, os romanos compartilharam a cultura do grande império dos césares com os ghalaryanos, que muito se afeiçoaram a ela.
Se dedico tempo a explanar um pouco sobre a nobre história do império é porque o assunto se mostra mais interessante do que os temas políticos que Atreu os senadores trouxeram para Aethel.
O garoto não estava com paciência para perder tempo com questões menores, como trigo, inaugurações de prédios públicos e efetivação de novos senadores recém eleitos ao corpo principal do senado; para Aethel, a segurança de Mabel e a ameaça de Hades eram de suma importância.
Por educação, deixou que os homens terminassem de apresentar suas questões, até que tudo chegasse ao fim.
Após isso, o rapaz pediu que a Atreu que reunisse unidades especiais das seis forças de proteção do império — marinha, exército (forças legionárias), forças aéreas, forças especiais (para missões secretas), forças temporais (administradas por Merlin e leais ao imperador) e forças espaciais (criadas recentemente, devido às ambições expansionistas de Aethel (e os desejos de Mabel em provar que a Lua era feita de queijo)).
Após isso, os senadores continuaram a conversar entre si, mas o garoto adormeceu.
Passados alguns minutos, Mabel Pines entrou no quarto, acompanhada por Fred, Dipper, Kim Possible, um homem bastante idoso, cuja barba branca chegava-lhe à cintura, e um um homem bem apessoado, de jaleco branco e cabelos curtos e bem penteados.
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A Liga de Atena: A Ressurreição de Hades
FanfictionHades despertou para sua última guerra contra Atena, no entanto, a deusa da guerra já não possui nada além de um exército sucateado e com muitas baixas. Na tentativa de contornar a situação desastrosa, Atena busca a ajuda de Merlin e de seu protegid...