9. Ataque Universitário.

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[...]

Somente após sentir os cacos de vidro se arrastarem pelo chão, nós acordamos do choque e percebemos o que estava acontecendo. A porta de vidro do bar havia sido quebrada por uma pessoa que estava correndo desesperada, buscando abrigo.

Se arrastando pelo vidro, suada, com as mãos sangrando e o rosto em pânico, a mulher começou a gritar.

- Ele é real! Ele é real! Ele está aqui! - A mulher, atônita, começou a tremer.

Implorando por ajuda, a vítima do ataque engatinhava pelo chão cortante, causando muitas feridas em si.

Seu tremor, logo se tornou uma convulsão.

- O quê eu faço?! Como eu ajudo? - Ethan gritou, tendo suas palavras mescladas com os clamores da mulher. - Quem é real? Do que ela está falando?!

Com medo do estrondo, todos funcionários do bar se esconderam na cozinha, o que nos deixava com as responsabilidades de tudo o que fosse acontecer no estabelecimento.

- Ethan, cala a boca e imobiliza os braços dela! - Bella gritou estressada. - Quanto mais pânico na sua voz, mais isso vai assustar a coitada!

Bella, sem medo de se cortar com o vidro, se abaixou, tirou o excesso de cacos com o salto alto e impediu que a convulsão enrolasse a língua da vítima em choque.

- Luna, segura a boca dela nessa posição e não deixe que feche! Safira, mantenha a cabeça dela firme!

Ambas assustadas, obedecemos.

A mulher que parecia estar num trance, começou a murmurar:

- Estou com medo, estou com medo... Ele quer me matar. Eu vejo... Eu vejo morte. - Suas palavras ficavam aterrorizantes com o enrolar de sua língua, a espuma em sua boca e os olhos revirados em pânico. - Vejo morte, vejo seu rosto... Máscara... Máscara...

Ela repetia o tempo todo:

"Morte..."
"Morte..."
"Morte..."

O quê a assustava tanto?

A convulsão começou a ceder, mas a senhora ainda murmurava coisas sobre morte.

Bella, Ethan, Luna e eu nos encarávamos assustados, pensando: "O que tá acontecendo?"

Nossa confirmação chegou quando mais um estrondo ao leste pôde ser ouvido junto com vibrações e alertas nos nossos telefones, mini televisões e rádios do bar.

- Não é coisa boa. - Sussurrei com a voz trêmula, segurando as lágrimas.

- Lê pra gente, Ethan! Segura ela deitado, com a força do seu corpo. Com as mãos você vê o que DIABOS está acontecendo em Gotham. - Bella gritou, afinal se não gritasse, Ethan não sairia do seu estado de choque. - Por favor Ethan!

- Tabom, tabom! - Ethan disse com a voz chorosa.

Ethan, sem largar os braços da mulher, tirou do bolso o telefone que não parava de apitar o alarme de emergência. Ao largar os braços dela, se deitou com força, para que ela continuasse imobilizada.

Com uma mão, abriu o telefone e apontou-o na direção de Luna, para que ela pudesse ler.

- Ataque a mão armada nas redondezas da Universidade de Gotham... - Luna não conseguiu terminar de ler, seu corpo foi tomado por uma urgência de vomitar.

Bella tomou a iniciativa. Com uma mão segurando a língua da mulher que tentava se contorcer e outra mão no telefone de Ethan, ela leu:

- Ataque a mão armada nas redondezas da Universidade de Gotham. - Ela desce a mensagem. - Quadrilha de criminosos está armada com bombas de gás tóxico e rifles de alta precisão. Cubram os rostos, e procurem abrigo imediatamente. Ligue 911 se precisar de ajuda imediata.

A Jóia de Gotham - Jonathan Crane. (HIATUS).Onde histórias criam vida. Descubra agora