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Somente após sentir os cacos de vidro se arrastarem pelo chão, nós acordamos do choque e percebemos o que estava acontecendo. A porta de vidro do bar havia sido quebrada por uma pessoa que estava correndo desesperada, buscando abrigo.
Se arrastando pelo vidro, suada, com as mãos sangrando e o rosto em pânico, a mulher começou a gritar.
- Ele é real! Ele é real! Ele está aqui! - A mulher, atônita, começou a tremer.
Implorando por ajuda, a vítima do ataque engatinhava pelo chão cortante, causando muitas feridas em si.
Seu tremor, logo se tornou uma convulsão.
- O quê eu faço?! Como eu ajudo? - Ethan gritou, tendo suas palavras mescladas com os clamores da mulher. - Quem é real? Do que ela está falando?!
Com medo do estrondo, todos funcionários do bar se esconderam na cozinha, o que nos deixava com as responsabilidades de tudo o que fosse acontecer no estabelecimento.
- Ethan, cala a boca e imobiliza os braços dela! - Bella gritou estressada. - Quanto mais pânico na sua voz, mais isso vai assustar a coitada!
Bella, sem medo de se cortar com o vidro, se abaixou, tirou o excesso de cacos com o salto alto e impediu que a convulsão enrolasse a língua da vítima em choque.
- Luna, segura a boca dela nessa posição e não deixe que feche! Safira, mantenha a cabeça dela firme!
Ambas assustadas, obedecemos.
A mulher que parecia estar num trance, começou a murmurar:
- Estou com medo, estou com medo... Ele quer me matar. Eu vejo... Eu vejo morte. - Suas palavras ficavam aterrorizantes com o enrolar de sua língua, a espuma em sua boca e os olhos revirados em pânico. - Vejo morte, vejo seu rosto... Máscara... Máscara...
Ela repetia o tempo todo:
"Morte..."
"Morte..."
"Morte..."O quê a assustava tanto?
A convulsão começou a ceder, mas a senhora ainda murmurava coisas sobre morte.
Bella, Ethan, Luna e eu nos encarávamos assustados, pensando: "O que tá acontecendo?"
Nossa confirmação chegou quando mais um estrondo ao leste pôde ser ouvido junto com vibrações e alertas nos nossos telefones, mini televisões e rádios do bar.
- Não é coisa boa. - Sussurrei com a voz trêmula, segurando as lágrimas.
- Lê pra gente, Ethan! Segura ela deitado, com a força do seu corpo. Com as mãos você vê o que DIABOS está acontecendo em Gotham. - Bella gritou, afinal se não gritasse, Ethan não sairia do seu estado de choque. - Por favor Ethan!
- Tabom, tabom! - Ethan disse com a voz chorosa.
Ethan, sem largar os braços da mulher, tirou do bolso o telefone que não parava de apitar o alarme de emergência. Ao largar os braços dela, se deitou com força, para que ela continuasse imobilizada.
Com uma mão, abriu o telefone e apontou-o na direção de Luna, para que ela pudesse ler.
- Ataque a mão armada nas redondezas da Universidade de Gotham... - Luna não conseguiu terminar de ler, seu corpo foi tomado por uma urgência de vomitar.
Bella tomou a iniciativa. Com uma mão segurando a língua da mulher que tentava se contorcer e outra mão no telefone de Ethan, ela leu:
- Ataque a mão armada nas redondezas da Universidade de Gotham. - Ela desce a mensagem. - Quadrilha de criminosos está armada com bombas de gás tóxico e rifles de alta precisão. Cubram os rostos, e procurem abrigo imediatamente. Ligue 911 se precisar de ajuda imediata.
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A Jóia de Gotham - Jonathan Crane. (HIATUS).
FanfictionEm tempos difíceis, em meio de tanta violência, tanta dor, brilhe. Brilhe como uma jóia, uma pedra preciosa. Ou brilhe como os azuis olhos do homem que irá te ensinar a viver. O azul de uma pedra de Safira. A Jóia de Gotham - @Cranexlvrs (No final d...