> Cellbit's Point of View <
Dia 16 de junho de 2022, o dia estava ensolarado e o céu parecia pintado, tal qual uma obra de arte de Van Gogh. Cellbit se levantou às 10h naquele dia, teria pouco tempo para arrumar todos os seus afazeres antes da festa de aniversário, que ocorreria no final do dia, por isso decidiu por acordar cedo.
Sua rotina consistia em:
11h - Estudar alguns documentos de uma missão a qual estava preso a dias
13h - Comer algo, provavelmente iria tomar um café e comer um salgado no StarBobby -
15h - Ir ao centro procurar alguns itens que faltavam para sua fantasia
17h - Deveria se encontrar com sua irmã para se arrumarem juntos para festaPor mais que não gostasse de festas e multidões, Cellbit faria um esforço por hoje devido a dois motivos, um deles era o aniversário da Agatha, e mesmo que não soubesse demonstrar sentimentos como os outros, o loiro nutria muito carinho pela garota, se afeiçoou rapidamente ao seu jeito sem noção e principalmente a sua infância difícil. Já o segundo motivo, mal conseguia falar em voz alta, só pensar era uma tarefa árdua, pois quando menos esperava, um sorriso abobalhado adornava seus lábios.
Dias atrás, por volta de uma semana, havia entrado um novo agente na Ordem. A princípio, Cellbit nunca se importou em passar uma boa primeira impressão ou em receber os novatos, deixava essa tarefa para os mais extrovertidos e amigáveis como Arthur ou Balu. mas esse novo agente em específico lhe capturou a atenção com o simples ato de descer a escadaria da base. Nunca tinha se sentido assim antes, era como se o moreno fosse o polo positivo e seus olhos o polo negativo de um imã que tornava impossível de não admirá-lo.
O ocultista era de poucos amigos fora que, não tinha a melhor das reputações, nem algo perto disso na verdade, sabia que era temido em níveis extraordinários, não poderia reclamar, ele deu motivo para esse medo, e por mais que odiasse se sentir temido tal qual um monstro, foi isso que lhe deu paz e sossego por todos esses anos na Ordem, ninguém tinha coragem de sequer conversar consigo, mas dessa vez ele sentiu-se na obrigação de passar uma boa primeira impressão ao moreno, precisava entender o que era aquele sentimento que o garoto de íris amendoadas causava em si.
"E se já tiverem feito minha caveira pra ele? E se ele já tiver medo de mim sem ao menos me dar uma chance? E mesmo que ele não saiba nada sobre mim ainda, o que garante que ele queira me conhecer?" Eram tantas as possibilidades rondando a mente atordoada do loiro que antes que pudesse perceber, estava em sua mesa na sala de pesquisa.
Agora, uma semana depois, teria uma segunda chance, teve inúmeras chances de conversar com o garoto na base, mas achou que o álcool seria a dose de coragem que lhe faltava.
> Roier's Point of View <
Era por volta das 17h, Roier estava atrasado, nem ao menos sabia qual seria sua fantasia para a festa, ficou tão imerso no caso que estava resolvendo com sua equipe, que ao menos viu as horas passarem, por sorte, estava terminando de subir alguns arquivos ao C.H.R.I.S e já poderia ir para casa se arrumar, ainda assim teria de fazer um milagre para chegar no ponto de encontro a tempo.
Arthur havia alugado uma ilha próxima do litoral de São Paulo por um preço muito bom, era apenas um pouco mais caro que um salão de festas comum, e como era seu aniversário de 18 anos, o mais velho insistiu em fazer algo memorável.
- ¡Finalmente! ¡Terminé! - Gritou dando um salto de felicidade e se pôs a correr para fora da sala de pesquisa, mas no processo acabou esbarrando em alguém que entrava.
- Eita princesa, vai com calma! - Disse o homem que segurava a cintura de Roier contra si de maneira desrespeitosa.
- ¡Lo siento, tengo prisa! - O moreno falou tentando se soltar do agarrar do homem à sua frente, mas sem sucesso.
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O Amor é Paranormal
ParanormalOnde Cellbit perdeu uma aposta para Arthur e agora teria que aceitar que o amigo escolhesse seu próximo parceiro de missão SEM direito de trocar. Ou Onde Roier - MUITO para seu desgosto - foi designado para uma missão junto de Cellbit. ...