A noite era fria na ilha de Quesadilla, mas as pessoas que lá estavam não pareciam se importar, era por volta das 03h e todos já não pareciam responder por si, o álcool havia dominado a mente de todos tal qual um parasita, todos pulando, cantando, as músicas mais duvidosas da cultura brasileira.
Roier estava dançando com Quackity, ambos embriagados, no centro de uma rodinha formada por, Foolish, Pac, Mike, Fit e BadBoyHalo. Cellbit estava sentado numa das mesas, fingindo estar comendo algo, só queria uma desculpa para ficar naquele ponto estratégico que conseguia assistir o moreno dançando.
- Vai ficar aí admirando de longe ou vai partir pro ataque? - Uma voz em seu ouvido lhe fez quase cair da cadeira.
- Porra! 'Tá maluca Baghera? - Dizia desferindo tapas na loira fantasiada de Once-ler.
- Foi mal Cellbo! - Ria do espanto do garoto - Mas é sério, 'cê 'tá quase babando, vai falar com ele logo!
- Não quero estragar a noite dele incomodando com algo assim, nem a minha noite levando um fora, nem a noite de vocês tendo que cuidar de um gay triste e bêbado! - Cellbit começava a escorregar na cadeira direto para o chão enquanto falava.
- Nada que os BOLAS?!!?!?? e os Favela Five já não tenham lidado antes, bora bora, eu vou estar logo atrás de você! - Começava a empurrar o garoto na direção da rodinha.
Cellbit não teve escolha, quando viu já estava a poucos metros do mexicano, olhou pra trás pra buscar refugio na melhor amiga, mas seu olhos queimaram em raiva quando viu a loira de costas seguindo um garçom com um copo de bebida em cada mão "Cachaceira traíra!", ao olhar pra frente de novo, viu que estava praticamente dentro da roda, e todos ali o encaravam, estava frente a frente com Roier, sua mente deu branco, se perdeu naquelas íris castanhas. "Puta que pariu, péssimo momento para não estar bêbado." pensou antes de falar
- Oi, você é o agente novo, né? Roier, certo? Eu sou o Cellbit, muito prazer - "Por que eu fui tão formal???" sentia suas mãos suarem frio e aquelas criaturas voltaram a voar em seu estômago.
- Eh... sim... sou eu, por favor não me machuque! - A voz de Roier era trêmula.
- Que? - Cellbit deu um passo a frente.
- EU NÃO FIZ NADA POR FAVOR NÃO ME COME! - Se escondia atrás de Quackity que apesar de encarar a cena, não parecia entender nada.
- Mas o que?... - Ao contrário do que até mesmo Cellbit esperava, ele não estava com raiva como ficava normalmente quando faziam insinuações maldosas com base em seu passado. Não, ele estava... triste, frustrado, decepcionado e principalmente, envergonhado.
- Por favor Cell Canibal me deixe em paz... - A voz antes trêmula de Roier, era quebrada, e era visível algumas lágrimas em seus olhos, não estava com medo, estava apavorado.
Cellbit olhou incrédulo para todos os amigos ali, todos visivelmente bêbados demais para entender a situação, então só saiu correndo dali e foi o mais longe que suas pernas aguentaram correr.
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O Amor é Paranormal
ParanormalOnde Cellbit perdeu uma aposta para Arthur e agora teria que aceitar que o amigo escolhesse seu próximo parceiro de missão SEM direito de trocar. Ou Onde Roier - MUITO para seu desgosto - foi designado para uma missão junto de Cellbit. ...