> Quackity's Point of View <
Não era possível descrever o quão feliz Quackity estava! Tinha passado tanto tempo sonhando acordado com o momento que tomaria os lábios brasileiros para si. Óbvio que esperava que fosse em seu primeiro encontro, de forma mais romântica, não na base da ordem em um momento tão frágil do outro, mas como Baghera costumava dizer 'se esperar o momento certo chegar, nunca vai acontecer'. E por mais que não tivesse sido como esperava, estava feliz que tinha acontecido, e que talvez aquele beijo tivesse reconfortado o loiro pelo qual era apaixonado a tanto tempo.
Quackity dirigia calmamente com um sorriso de orelha a orelha, fazendo piadas todo o trajeto, o loiro ainda parecia abalado, então fazia tudo que podia para que não deixasse o silêncio se instaurar no carro.
Quando finalmente chegaram no condomínio em que se localizava o prédio de Cellbit, o mexicano logo dirigiu para a vaga do apartamento do loiro.
- Está devidamente entregue, senhor Cellbit. - Disse com a voz mais rouca que o normal para parecer um locutor de TV, tirando um riso sincero de Cellbit.
- Obrigado, Quacks. - Sua voz, por mais alegre que estivesse, ainda carregava um certo nível de melancolia.
- Ei... - Quackity repousou a mão na coxa do loiro - Você sabe que pode falar comigo, né? Eu 'tô aqui e sempre vou estar aqui por você, Celbo! - Deixava um carinho na perna do garoto.
- Eu sei, só... É muita coisa pra processar, nem mesmo saberia explicar... - Cellbit colocou a mão por cima da do moreno, fazendo um leve carinho na mesma.
> Cellbit's Point of View <
Cellbit nunca esteve tão confuso. Quackity sempre foi um ótimo amigo, e sempre demonstrou - mesmo que sem querer - que nutria sentimentos por si, mas o loiro nunca os retribuiu antes, até hoje. Não sabia dizer ao certo porquê dessa vez tinha feito. Não sabia o que sentia pelo amigo, e já passou algumas madrugadas se perguntando se o que sentia pelo outro era apenas amizade ou algo a mais. Não poderia julgá-lo, da última vez que confundiu amizade com amor, perdeu o namorado, e o melhor amigo - mesmo que por decisão do outro de sumir completamente do mapa -, não queria cometer esse erro mais uma vez.
Mas quando Quackity o puxou tão suavemente, apenas pareceu certo, apenas acreditou que talvez aquele beijo pudesse responder às inúmeras perguntas que tinha.
Não podia estar mais errado, só tinha lhe deixado ainda mais confuso. Sentia que tinha se apaixonado por Roier a primeira vista, mas Quackity conseguia ser tão, tão, tão, amoroso consigo, fazia realmente sentir que podia e merecia ser amado, ele podia ter aquela imagem de 'emo e gótico que não se importa com ninguém', mas com Cellbit ele era doce e sempre tentando proteger, cuidar e o fazê-lo rir, era realmente fofo. Enquanto Roier não tinha feito nada além de lhe machucar, INÚMERAS vezes.
- Você... - Pensava bem em sua escolha de palavras - Pode ficar aqui essa noite? Não sei se quero ficar sozinho, eu 'tô com insônia e devo acabar tendo uma crise de ansiedade se estiver sozinho e sem meus cadernos e documentos de investigação... - Riu fraco.
- Claro que sim, Celbo! Nunca te deixaria sozinho desse jeito! - Apertou de leve a perna do loiro em um gesto carinhoso.
- Eu sei que não! - Deu um sorriso sincero para o moreno. - Obrigado, Quacks.
A chuva havia cessado durante o trajeto. Saíram do carro e o vento frio daquela noite bateu contra os garotos lhes dando calafrios, então apressaram o passo para dentro do elevador, subindo para o andar do loiro e logo entraram no apartamento.
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O Amor é Paranormal
ParanormalOnde Cellbit perdeu uma aposta para Arthur e agora teria que aceitar que o amigo escolhesse seu próximo parceiro de missão SEM direito de trocar. Ou Onde Roier - MUITO para seu desgosto - foi designado para uma missão junto de Cellbit. ...