Eu tive que me forçar a me concentrar em Jungkook e seu dodi, não a camisa muito folgada ou a tatuagem que ele sempre tinha coberto por suas mangas de camisa. Mesmo naquela tarde, nunca imaginei que ele tivesse uma tatuagem, muito menos uma cor de arco-íris brilhante. Pelo que pude ver, parecia ser um hibisco que ocupava toda a pele que eu via acima do cotovelo.
Além disso, as tatuagens não eram incomuns. Dodis foram, e toda vez que eu ouvia a palavra queria rir. Eu tinha ouvido 'betor', 'pepeta', chupeta, até mesmo cheirinho, mas dodi era novo. O jeito que Jungkook me corrigiu tão automaticamente, eu sabia que teria que me acostumar a ouvir um dodi enquanto estivéssemos juntos. Não havia uma pergunta em minha mente que estivéssemos juntos - eu precisava descobrir se ele se sentia da mesma maneira - e os próximos minutos poderiam fazer dar certo ou quebrar nosso relacionamento em potencial.
A sombra rosa que Jungkook tinha se voltado quando lhe pedi para explicar de onde o nome vinha era adorável. ‒ Jimim. ‒ Ele disse com um suspiro e não pude deixar de rir. Não conhecia bem nenhum deles. Eu conhecia Jimim ainda menos do que conhecia Jungkook, mas por alguma razão, a palavra dodi parecia que teria vindo de seu melhor amigo ruivo.
‒ Eu não sei porque os irlandeses os chamam de dodis. ‒ Disse Jungkook, sua voz baixa e tímida. ‒ Mas aparentemente, eles têm essas árvores chamadas dodi trees e quando as crianças ficam muito velhas, elas as amarram na árvore para as fadas pegarem. É algum conto antigo ou algo assim. Acho que devo lhe dizer que, surpresa, Jimim é irlandês. Seus pais são da Irlanda, mas ele nasceu aqui, então ele não tem muito sotaque. Porém, tentar conversar com sua mãe e seu pai pode ser uma boa viagem! Ok, entendi que os irlandeses os chamavam de dodis e eu sabia por que Jimim a chamava de dodi. O que eu não entendi completamente foi porque Jungkook também chamou isso de dodi. O relacionamento deles era fascinante. Não parecia que eles mantinham qualquer coisa um do outro, inferno eles viviam ao lado um do outro. Eu não conseguia descobrir como perguntar por que Jungkook usou a mesma palavra para chupeta, que Jimim lhe deu. Felizmente, não precisei, porque Jungkook começou a falar de novo antes que eu pudesse descobrir a melhor maneira de fazer a pergunta.
‒ Quando Jimim encontrou minha... chupeta. ‒ Ele engasgou, claramente envergonhado por ter essa conversa. ‒ Ele me disse que eu deveria ter pendurado meu dodi da árvore algumas décadas antes, e isso me surpreendeu tanto, que me fez esquecer de estar horrorizada por ele tê-la encontrado. Ele já havia descoberto meus... interesses... antes disso, então não foi uma grande surpresa. Acho que ele ficou mais surpreso que fosse para um adulto. Desde então, é apenas conhecido como meu dodi. ‒ Assim que a admissão saiu, Jungkook suspirou e bocejou.
Estendi a mão e passei minhas mãos pelo seu cabelo curto. ‒ Eu gosto dessa história, e seu dodi é perfeito para você. ‒ Eu apontei para o dragão e sorri. ‒ E amo o brilho. É uma pitada de surpresa, como a tatuagem brilhante que mantém escondida sob as mangas longas.
Senti Jungkook se inclinar em meu toque enquanto eu falava, e queria envolvê-lo em meus braços e segurá-lo a noite toda. Ele não estava pronto para isso. Ele estava apenas pronto para eu vê-lo em sua cama com lençóis coloridos e a pilha de bichos de pelúcia ao lado. No travesseiro ao lado dele havia um copinho azul brilhante, com tema de jardim zoológico. Eu peguei e notei o peso - havia muita água para atravessar a noite sem um reabastecimento.
‒ Tudo bem, você está pronto para dormir. Nós podemos conversar mais depois. Por favor, mande um texto para mim de manhã quando acordar.
Ele assentiu devagar. ‒ Mm-hmm. Estou cansado.
Eu coloquei um beijo gentil no topo de sua cabeça e o ouvi suspirar. ‒ Eu sei que você está. Deixe-me te colocar na cama, para que você possa dormir um pouco. Eu vou sair daqui.
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Alguém Para Chamar de Seu
FanfictionAdaptação para Jinkook Essa história não me pertence, todos os créditos vão para seu autor. História baseada no universo Kink, se não é do seu gosto, não leia. Adaptação sem fins lucrativos