Independentemente da preocupação excessiva que eu tinha feito naquela manhã, meu dia voou e, antes que percebesse, eu estava do lado de fora do escritório de Seokjin, tentando convencer-me a entrar. Não havia nenhuma razão real pela qual estivesse desconfortável com a noite à frente. Logicamente, eu sabia que era porque a família e os amigos de Seokjin se importavam com ele e sua felicidade muito mais do que minha própria família se importava com a minha. Havia algo de intimidante em entrar numa situação em que eu sabia que as pessoas iriam estar genuinamente interessadas no homem que eu era e me julgar como o namorado de seu amigo.
Os pais de Seokjin foram outro obstáculo. Eles aceitavam Seokjin. Pelo que disse, eles não se importavam que fosse gay. Tudo o que queriam para ele era felicidade. Eu nunca tive a chance de sair para a minha mãe antes que ela morresse, mas dizer que meu pai não tinha tomado a descoberta bem era um eufemismo.
Os pais me deixaram nervoso.
Enquanto estava encostado no capô do meu carro e olhando para o prédio, um jovem saltou ao meu lado, praticamente pulando. Ele mal parecia velho o suficiente para estar fora do ensino médio, mas estava sorrindo de orelha a orelha. Ele parou e inclinou a cabeça para o lado, me estudando como um cachorrinho curioso. Era difícil sentir-se desconfortável sob o escrutínio, porque ele parecia Jimim quando estava tendo uma ideia.
‒ Você está chegando? ‒ O cara finalmente perguntou.
Suspirei. ‒ Trabalhando nisso.
Ele franziu o rosto, não ajudando a apagar a imagem do filhote de cachorro que eu tinha em mente. ‒ Está tudo bem?
Eu devo ter parecido um idiota olhando para o prédio como se fosse entrar em combustão espontânea a qualquer momento. Se eu pudesse dizer a qualquer estranho que estava tentando trabalhar a coragem de ir ao encontro do meu namorado, seria este. Ele praticamente tinha arco-íris dançando ao redor dele e os tênis azuis claros e brilhantes que usava eram como um outdoor anunciando sua sexualidade para o mundo. ‒ Estou encontrando meu namorado para o jantar.
‒ Oh? Ele trabalha aqui também? ‒ Então os rapazes se arregalaram como se ele estivesse juntando pedaços de um quebra-cabeça. ‒ Você é o namorado de Seokjin?
Eu balancei a cabeça. ‒ Hum sim?
O garoto saltou ligeiramente. ‒ Oh! Ben falou sobre o quanto mais feliz Seokjin tem sido ultimamente! Vamos. Vamos lá!
Ben era o braço direito de Seokjin. Seokjin havia conversado frequentemente sobre o quão indispensável o cara era para ele. Todas as reservas restantes que eu tinha sobre o cara começaram a derreter. Ele conhecia Ben bem o suficiente, para que Ben estivesse conversando com ele sobre Seokjin.
‒ Oh! ‒ O cara exclamou um segundo depois. ‒ Eu sou Asher, o namorado de Ben.
Eu me senti sorrindo. Ele era como um Jimim mais jovem e moreno. ‒ Jungkook.
‒ Prazer em conhecê-lo! ‒ Asher começou a se dirigir para a porta e eu o segui. ‒ Espere, você vai sair com o Seokjin para o jantar? Vocês estão indo para o Steve's também? Pensei que Ben disse que Seokjin estava saindo com a gente.
‒ Sim. Estamos saindo com alguns de seus amigos.
‒ Impressionante. ‒ Parecia que eu já tinha feito um amigo. Mais precisamente, parecia que Asher me adotara como amigo, eu aceitava. ‒ Pelo menos agora eu vou conhecer alguém lá. Estou meio enlouquecido.
Asher riu. ‒ O jeito que você estava olhando para o prédio como se fosse te engolir, eu meio que imaginei que você estava nervoso sobre alguma coisa.
‒ Isso é óbvio, hein?
Ele riu. ‒ Só um pouco. Ei Ben! ‒ Ele disse quando a porta se fechou.
Ben era mais velho que Asher, mas não muito. Ben era, no entanto, muito mais corpulento e parecia cético sobre alguma coisa.
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Alguém Para Chamar de Seu
FanfictionAdaptação para Jinkook Essa história não me pertence, todos os créditos vão para seu autor. História baseada no universo Kink, se não é do seu gosto, não leia. Adaptação sem fins lucrativos