Os olhos de Jungkook estavam ficando pesados quando ele estava com a fralda, mas não parecia pronto para dormir. ‒ Podemos ler o livro que você comprou?
‒ Claro, menino doce. ‒ Antes de pegar o livro da mesa de cabeceira, puxei o trilho para o lado dele da cama. Não importava que ele só tivesse dormido na minha cama duas vezes, já era seu lado.
Com o livro na mão, subi na cama e apoiei o travesseiro atrás de mim. Assim que eu estendi meu braço, Jungkook se aconchegou perto e soltou um suspiro de satisfação. Ele tinha seu urso em um braço e a coruja no outro. Eu não tinha certeza de onde encontrou o seu dodi, mas estava em sua mão.
‒ Wooww, eu esqueci uma mamadeira. Jungkook sacudiu a cabeça. ‒ Está bem. Só preciso de você.
Eu beijei sua testa e abri o livro sobre dragões. Eu só li algumas páginas quando Jungkook se arrastou para que estivesse no meu colo, sua cabeça no meu peito enquanto observava as páginas. No momento em que li ‒ Fim ‒ Ele ficou quieto e não se moveu por alguns minutos. Pensei que ele tinha adormecido cerca de quatro páginas atrás, e estava me resignando a ficar preso meio sentado na cama enquanto ele dormia.
Fiquei surpreso quando sua cabeça saiu do meu peito e ele me deu um pequeno beijo na bochecha. Mas quando falou, fiquei quase sem fala. ‒ Obrigado, papai.
Minha visão ficou turva quando lágrimas brotaram dos meus olhos e eu lutei para mantê-las de volta. Aquela palavra continha tanto amor e confiança que era difícil explicar como ouvi-la do meu doce garoto me fez sentir. Com grande dificuldade, consegui soltar as palavras em volta do nó na garganta. ‒ Oh, Kookie. Seja bem-vindo. ‒ Não falei mais porque sabia que minhas palavras seriam quebradas e interrompidas.
Com uma palavra, tudo na minha vida mudou. Eu esperava poder sempre fazer meu menino se sentir tão especial quanto ele me fazia sentir, e estava mais determinado do que nunca a não fazer nada para estragar tudo.
Quando afrouxei meu aperto em Jungkook e puxei de volta para que pudesse vê-lo mais claramente, notei a surpresa em seus olhos. Ele me deu um sorriso tímido e um sussurro quase reverente. ‒ Papai. ‒ Escapou de seus lábios.
Eu não queria que ele pensasse nem por um segundo que não amava a palavra e que ele finalmente encontrou coragem para me dizer. ‒ Sim, Kookie, papai tem você. ‒ Ele inclinou a cabeça para trás contra o meu ombro e respirou profundamente. Enquanto relaxava em mim, deixei nós dois ficarmos assim por alguns minutos, enquanto minha mão corria pelo cabelo dele e pelas costas dele. Ele não parecia estar com pressa de se afastar, e eu também não estava com pressa.
Quando finalmente se afastou, ele sorriu e riu levemente. ‒ Jimim vai ficar tão orgulhoso de mim.
Eu lutei uma risada minha. ‒ Sim, ele vai.
Jungkook adormeceu rapidamente depois disso. Eu não tinha tido o coração frio para movê-lo, mas pelo menos nós deslizamos um pouco para baixo na cama, então não estava mais sentada e muito mais confortável enquanto ele dormia principalmente no meu peito. Realmente não me importava se nós conseguíssemos ou não. Eu tinha meu filho em meus braços e nada mais importava para mim.
Infelizmente, o que pareceu muito em breve, Jungkook começou a despertar. Sua cabeça inclinou para cima e seus olhos se abriram ligeiramente. Ele sorriu preguiçosamente então pareceu tenso.
Eu passei meus braços firmemente ao redor dele. ‒ Whoa, bebê, diga ao papai o que está passando por sua cabeça.
Ele enterrou a cabeça no meu peito. ‒ Isso não foi um sonho, foi?
Tive a sensação de que sabia do que ele estava falando, mas não ia lhe dar uma saída fácil. Jungkook precisava ouvir-se dizer o suficiente para entender que eu amava a palavra. ‒ Não há palavras suficientes. Quer tentar isso de novo?
Ele bufou, mas moveu a cabeça para poder falar claramente. ‒ Eu realmente te chamei de papai, não é?
Eu balancei a cabeça. ‒ Você fez. E soa ainda melhor quando diz isso e não está meio dormindo.
Eu nem sequer tive que ver o rosto do meu filho para saber que ele estava corando, podia sentir o rubor no meu peito. Ele respirou devagar algumas vezes antes de dizer a próxima coisa em sua mente. ‒ Você não se importa?
Era difícil sufocar a risada que queria fugir, mas sabia que faria muito mais mal do que bem. ‒ Não, menino doce. Muito pelo contrário. Eu adoro ouvir você me chamar de papai. É uma palavra tão especial, especialmente de você, e vou adorar cada vez que diz isso.
Jungkook inclinou o queixo acima, para que ele pudesse me olhar nos olhos. Quando ele falou, sua voz estava mais confiante do que tinha sido. ‒ Eu gosto de dizer isso. ‒ Ele fez uma breve pausa antes de adicionar um silencioso. ‒ Papai.
Eu não pude deixar de beijá-lo. Estava feliz de ficar onde estávamos pelo resto da noite. Eu tinha meu filho na minha cama. Não havia mais nada que precisava na minha vida. Claro, Jungkook levantou a cabeça e olhou para o relógio. ‒ Precisamos nos preparar para ir. Está ficando tarde.
Resmunguei e relutantemente deixei-o fora dos meus braços, mas não antes de plantar mais alguns beijos nele que prometiam mais.
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Alguém Para Chamar de Seu
FanfictionAdaptação para Jinkook Essa história não me pertence, todos os créditos vão para seu autor. História baseada no universo Kink, se não é do seu gosto, não leia. Adaptação sem fins lucrativos