Capítulo 12 - Psicose

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Capítulo 12 – Psicose

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Capítulo 12 – Psicose

Dizem que a psicose começa quando perdemos o senso da realidade. Começamos a nos desligar da realidade e ter alucinações, acredito que eu nunca tenha realmente me desligado por completo da realidade.

Minha alma estava em transe. Perdida em algum lugar paranoico onde estaria a minha amada musa, minha deusa e minha glória. Ela era a razão por toda essa confusão mental que existia em mim; as pessoas diziam que eu era louco quando criança. Um monstro com uma besta de caudas que devastou a aldeia anos atrás.

Todos me evitavam pelo que eu era. Menos ela, ela sempre estava ao meu lado e brincava comigo. Eu estive obcecado por ela. Não me importava em segui-la pela aldeia ou ver como seus pais eram doces com ela — mesmo que sua mãe não tolerasse a ideia de me ver perto de você. Ela se tornou tudo para mim e eu queria ocupar cada espaço de sua mente.

Sempre a acompanhava para a academia e ríamos juntos de minhas palhaçadas. Eu adorava ouvi-la rir. Adorava ver seus dentes alinhados e brilhantes. Adorava ver seus lábios sempre rosados curvados para cima em um sorriso estonteante.

Minha obsessão crescia. Meu ciúme se tornou evidente naquele dia do exame; eu não aguentava a forma que seu irmão mais velho tocava no ombro e bagunçava seus cabelos perfeitos. Odiaria que alguém tocasse tão intimamente em você que não fosse eu.

Eu fiquei a noite inteira acordado pensando em você. Me imaginando sendo seu amparo em momentos difíceis como a perda de sua família. Eu quis... eu fiz.

Você chorou em meus braços infantis enquanto lamentava a morte de seus pais. A perda de seu irmão mais velho... você estava como um cristal prestes a cair no chão e se despedaçar. Eu estava ali para ela e ficaria até o fim.

Os anos passaram nitidamente como planejado. Eu precisei me ausentar da vila por meses até que eu me tornasse alguém forte para proteger quem tanto amo; suas cartas um dia pararam de chegar e aquele sentimento me irritou.

Onde estava você? Por que não me respondia ou me mandava mais nenhuma notícia?

Jiraya dizia que eu estava fora de foco. Mas quando e como eu poderia ter quando me via fora da realidade pensando que algo ou alguém tinha conseguido me roubar você?

A raiva é um sentimento estranho e borbulhante.

Todos sempre querem tirar a felicidade. Primeiro foram seus pais quando ainda éramos crianças, logo após foi essa guerra inútil que te fez ficar perto de outros homens que almejavam te tocar como eu.

A vida adulta também.

Todos queriam te contar meus segredos profanos que eu realizava. Seus amigos desapareceram um por um. Todos aqueles que pensaram em te levar para longe de mim.

Passar pelos portões de Konoha coberto por sangue dos pés a cabeça me lembrou que eu tinha um lar. Um lar que eu poderia ditar as regras e ninguém me tiraria do poder.

Cheguei em nossa casa animado, extasiado pensando no cheiro de sua comida.

Mas o ar frio e cortante da casa me deixou em pânico. Não me importei se sujei o chão com minhas botas cobertas de sangue ou quebrei muitos dos seus vasos favoritos.

Precisava te encontrar... ter um momento com você ou pelo menos... sentir teu cheiro.

Meus olhos tremeram quando encontrou suas roupas intactas em nosso armário. A cama estava arrumada da mesma maneira daquele dia, os lençóis pareciam nem terem sido tocados por seus dedos ou seu corpo.

Corri para o quarto de nossa filha. Nossa preciosa filha... Himawari. Seus pertences haviam desaparecido assim como seu brinquedo favorito. A pelúcia de Kurama que havia comprado a ela tinha sumido.

Meu coração acelerou quando as falas de Boruto ecoavam em minha mente. Ele tinha as levado.

Meu próprio filho havia arrancado de mim meus maiores tesouros. Fechei os olhos na tentativa de fingir que nada estava acontecendo. Minha mente estava me pregando peças, aquilo não poderia estar acontecendo.

Nossos filhos levaram você de mim.

Ele, aquele garoto. Ele deveria pagar.

Eu já imaginava seu corpo estirado no centro da vila. Você choraria pela perda de seu primogênito. Eu cuidaria de você... como fiz quando matei sua família.

Isso... destruir. Aniquilar.

Começaria por nosso filho mais velho, depois iria para nossa filha. Nem mesmo nossos filhos mereciam você como eu merecia.

Eu te acharia. Eu vou te achar.

E você será apenas minha.

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Desculpem a demora e espero que aproveitem atualização. Até a próxima!

Até que a morte nos separe [Yandere! Naruto x Leitora]Onde histórias criam vida. Descubra agora