•Empatia•

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Em todos os dias da vida do Bakugou, ele já passou por tanta coisa, mas nunca, nunca na vida dele, ele se imaginava cuidar de uma criança de dezoito anos.

— PARE DE SE MEXER, PORRA!!— Retirou um algodão com álcool do rosto da menor.

— M-mas isso doi... — a castanha havia cortado na região ao lado do nariz, seus olhos também estavam um pouco inchados, Katsuki não sabia dizer se era do choro ou da batida que levou.

— ENTÃO PREFERE FICAR ASSIM PARECENDO UM BAIACU??!!

— Pare de gritar comigo! Só vai me fazer chorar mais!! — Era incrível o quanto aquela garota lembrava uma criança de cinco anos. Katsuki não tinha paciência para isso.

— QUER SABER?! Faça você mesmo! Eu não sou nenhum tipo de babá! — Largou o algodão no balcão da cozinha, deixando a menina com cara de choro para ir colocar suas coisas em seu quarto.

— MAS EU NÃO SEI USAR AS COISAS DO KIT DE PRIMEIROS SOCORROS!

- É SÓ COLOCAR UM CURATIVO ONDE ESTIVER DOENDO!! — E deu as costas para a castanha

Sua cabeça estava a mil, como poderia existir uma criatura como aquela? Ela deve ser aquelas meninas sedentárias que passa o dia em uma tela de notebook ou de celular. Sem dúvida, deve ser mimada, como alguém não sabe usar as ferramentas do kit??? Até uma criança pequena sabe usar, agh, Katsuki organizava suas coisas com raiva, resmungando e jogando as coisas com força. Suspirou, e se lembrou do rosto dela antes do incidente acontecer, algo aconteceu na casa dela, deve ser por isso que ela dormiu aqui, seria uma hipótese para o loiro.

Pensando nessa probabilidade, ele resolveu voltar para o ponto de visão da garota.

— Ei, chorona, se alguém aparecer por aqui, diga para não  comprarem nada de lanche que eu vou...— Ele se interrompeu assim que viu a garota colocando muito curativos em todo o rosto. — O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO, SUA MALUCA!!!??. — Gritou, se aproximando da menor.

— VOCÊ DISSE PARA COLOCAR CURATIVO ONDE ESTIVER DOENDO!! MEU ROSTO TODO DOI!!

— NÃO IMAGINAVA QUE VOCÊ IRIA FAZER ALGO ASSIM, SUA DOIDA!!

Foi nesse momento que a porta da frente abriu, saindo dela o ruivo e o cabelo de mostarda.

— Chegamos! Primeira noite dormindo na nossa casa de refugiados e... — Denki havia entrado carregando um colchão de baixo do braço, assim que viu a Hiyuki com o rosto inchado e com o rosto sangrando, rapidamente olhou para o loiro. — Bakugou... eu sabia que você era agressivo, mas não nesse ponto...

— NÃO É NADA DISSO SEU PAU NO CU!!

— Yuki! O que aconteceu?? — Kirishima foi o quem largou as coisas de vez e foi até onde estava a castanha.

— Eu bati a minha cara no trinco da porta, o Bakugou estava tentando me ajudar aqui — Kirishima olhou para ela surpreso e sorriu em um canto do lado.

— Você vai ficar bem, com o tempo seu rosto vai voltar ao normal. — Ele disse enquanto tirava os curativos desnecessários do rosto da menina, deixando apenas um, por cima do corte.

Katsuki olhava a cena intrigado,  imaginando o tipo de relação que ambos teriam.

Denki havia colocado o colchão no quarto onde seria o dele e apareceu onde estava os três —Ae, Bakugou, bora pegar o resto da minha cama no seu carro? A gente aproveita e compra o que fazer para o jantar. — o mostarda disse indo em direção a porta animado.

— Por que diabos você não pediu para um caminhão de mudanças trazer suas tralhas!? — o loiro indiguinado foi em direção ao mesmo.

— Porque é caro! E você faz de graça.

𝐁𝐞 𝐊𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫 - Katsuki BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora