Dark Red - [ Itadori ]

𝟐𝟖.

CAPÍTULO XXVIII. HOPLOFOBIA
Aviso: sequestro e manipulação

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Acho que nunca tive uma dor de cabeça que doía assim. Minha cabeça estava batendo, fazendo minha visão embaçar com a dor pulsante. Eu não conseguia focar minha visão, me fazendo piscar com força para tentar restaurá-la. Eu lentamente trouxe minha mão debaixo de mim, empurrando-me do chão. Eu podia ver sangue debaixo de mim, e só podia presumir que tinha saído da minha cabeça.

Eu puxei meu joelho debaixo de mim, usando-o como alavanca enquanto me sentava, ajoelhando-me no concreto frio. Levantei a cabeça até a testa, tocando a ferida curada. Eu puxei minha mão para longe, o sangue seco descamando nas pontas dos meus dedos. Sentei-me lá por um momento, tentando me recompor.

Quando virei a cabeça para o lado, senti meus olhos se arregados. Eu imediatamente me enfrentei, mas gritei e caí para a frente como eu fiz. Olhei para trás, a corrente batendo enquanto levantava minha perna. Eu puxei meu tornozelo, mas não importa o quanto eu puxasse, isso só fez meu tornozelo doer.

"Y-Yuuji!" Eu sussurrei, com medo de levantar a voz. "Yuuji, acorde!"

Ele permaneceu imóvel do outro lado da sala. Ele estava deitado de lado, de costas para mim. Estava muito escuro para ver se ele estava respirando, mas pensei que podia ouvir sua respiração irregular. Pelo menos, eu esperava que fosse dele. Eu também pude ver que ele também estava acorrentado.

Eu me virei, agarrando a corrente de metal frio. Eu enrolei parte dele em volta da minha mão e pulei o mais forte que pude. A corrente escorregou, me fazendo amaldiçoar. Eu tentei mais algumas vezes, mas era muito forte para puxar da parede. Eu desisti depois de cerca de uma hora, embaralhando para pressionar minhas costas para a parede. Eu trouxe minhas pernas para o peito, descansando meu queixo de joelhos.

Eu estava preocupado. Mesmo com todo o metal da corrente e minha maldição, Yuuji ainda não tinha se movido. Eu estava começando a pensar o pior. Eu continuei chamando para ele, mas minha voz foi a única resposta na sala de ecos.

...

Quase seis horas se passaram. Por tédio, e para evitar perder a cabeça no silêncio, contei os segundos, depois os minutos, depois as horas. 21.600 segundos. Depois desses 21.600 segundos, Yuuji começou a se mexer.

Eu imediatamente me sentei para a frente, piscando na maçanilha do meu tornozelo cortando minha pele. Eu olhei para ele, esperando ansiosamente que ele rolasse e me encarasse. Ele levou um segundo para entender o que estava acontecendo quando chegou, mas ele se conscientizou mais rápido do que eu. Ele disparou em alarme.

"Y/n!"

"Shh! Yuuji, estou bem aqui!"

Ele se chicoteou. Eu vi os ombros dele caírem de alívio. Quando ele seguiu em frente, eu esperava que ele fosse acorrentado, assim como eu. No entanto, eu estava errado quando ele embaralhava em minha direção, agarrando meu rosto em suas mãos.

"Você está bem?" Ele perguntou, esfregando o sangue seco da minha testa.

"Estou bem", eu disse, agarrando os pulsos dele. "Eu estou acordado há horas. E você? Você está bem?"

Ele acenou com a cabeça. "Apenas uma dor de cabeça por ter explodido meus cérebros,"

Eu sorri um pouco. "Bem-vindo ao clube invivo, mas ainda vivo, Yuuji."

"Eu fundei", disse ele, fazendo os dois rirem.

Uma vez que nós dois nos acalmamos e nos certificamos de que o outro estava bem, comecei a me sentir um pouco melhor. Não me entenda mal, eu ainda estava com medo do que tinha acontecido e do que ia acontecer a seguir, mas não estava com tanto medo agora que Yuuji estava acordado.

"Tenho a sensação de que vou ter um medo irracional de armas depois disso", murmurei, escolhendo nas pontas dos meus sapatos. "E espaços apertados."

"Eu realmente sinto muito que tudo isso esteja acontecendo", disse Yuuji.

"Não é sua culpa", eu respondi, virando a cabeça para olhar para ele. "A única pessoa culpada é a porra de Kazuhiro. Mal posso esperar para que o filho doente seja uma vadia para conseguir o que está vindo para ele."

"Ei... Y/n... Eu não quero... interromper... mas—"

"Yuuji?!" Eu exclamei de surpresa, pegando-o enquanto ele descedia para a frente. Eu o empurrei de volta contra a parede, as correntes ao redor dos meus tornozelos se juntando enquanto eu me mudava na frente dele. Eu agarrei seus ombros e depois seu pescoço, estabilizando sua cabeça.

"H-Hey!" Eu gritei, com medo de me consumir quando vi os olhos dele rolarem para trás. "Y-Yuuji! H-Ei, acorde! Saia disso, seu idiota! Isso não é engraçado!"

Eu pulei quando a porta se abriu. Meus olhos se alargaram enquanto Kazuhiro abriu a porta de metal pesado, permitindo que alguma luz de fora entrasse na sala. Meu peito subiu e caiu rapidamente quando ele começou a caminhar em minha direção. Eu segurei Yuuji em meus braços.

"N-Não, não! O que você está fazendo?!" Eu gritei, me afastando dele, puxando Yuuji comigo. "Afaste-se de mim!"

"Não seja um idiota, Y/n", disse Ele, quebrando meu aperto enquanto puxava Yuuji das minhas mãos.

"Pare! Para onde você vai levá-lo?!" Eu gritei, me esforçando para os meus pés. "Kazuhiro, pare!"

Ele se virou, chutando sua bota no meu estômago. Eu dobrei no chão, tossindo com a força repentina. Foi apenas o suficiente para tirar o vento dos meus pulmões.

"Eu volto para você mais tarde", disse ele.

"Pare! Não se atreva a machucá-lo! Kazuhiro!"

Voltei aos meus pés e, quando me estendi para pegar a parte de trás da camisa dele, cheguei ao fim da minha corrente. Eu senti meu tornozelo estourar como o puxão duro, me fazendo chorar de dor e cair de volta ao chão. Kazuhiro apenas olhou para mim, o canto de seu lábio se contorcendo antes de sair da sala, deixando a porta aberta.

Estava tão perto de mim, mas eu não podia ir mais longe. A dor subiu pela minha perna do meu tornozelo, e só continuou a piorar enquanto eu continuava tentando me puxar para frente, fazendo com que a manilha puxasse para trás no meu tornozelo. Minha mão estava tremendo, lágrimas picando os cantos dos meus olhos enquanto observava a porta começar a fechar lentamente, antes de fechar com um estrondo alto.

No começo, não se registrou completamente na minha mente. Ele levou Yuuji. Deus, o que ele ia fazer com ele? Ele ia matá-lo? Ou ele o levou embora para me matar? Eu não sabia o que estava acontecendo.

Para aliviar um pouco da dor, eu voltei para a corrente que não estava mais tensa. Eu me enrolei de lado, fechando os olhos enquanto segurava meu tornozelo.

Eu nunca fiquei tão aterrorizado antes.

[Capítulo XXVIII. Fim