Você tem o sonho de ser mãe? E se esse sonho fosse impossível para você depois de descobrir ser estéril? E quando você encontra um cara que sonha em ser pai mas a namorada dele não quer ter um filho? E se esse cara for o companheiro da sua melhor am...
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Se tinha uma coisa que eu odiava mais que tudo nessa vida, era ingratidão.
E isso tudo por conta de um post na internet. Minha intenção com a foto do Raphael publicada no meu perfil do Instagram, que vale lembrar, é fechado e tem menos de 500 seguidores, era simplesmente aliviar a nossa relação.
Quero conversar com ele, colocar o pingo nos is e ouvir também o que ele tá sentindo.
Mas, eu esqueci de retirar a Bruna dos meus seguidores. Luan e Bruna curtiram o meu post e agora Bruna postou um print no storie dela e começou a difamar meu nome como se eu fosse uma traidora.
Como se o Raphael fosse um traidor, deu a entender que estávamos tendo um caso por debaixo dos panos e pior ainda, falou da minha infertilidade e usou isso como se fosse piada.
Que raiva.
Minhas mãos tremiam mas nem isso me fez parar de digitar o maior texto que eu escrevi por alguém. Eu não ia falar nada da Bruna, nem citaria o nome dela mas também não deixaria barato o papelão que ela tá me fazendo passar.
Já recebi milhares de ligações da Laís, do Gabriel e da Duda. Desliguei meu Wi-Fi e coloquei meu celular em modo avião enquanto escolhia as fotos para postar no feed.
Depois, fiz o post e desliguei o celular. Aí sim me permiti chorar. O que se tornou minha vida desde que Raphael entrou nela? Uma mistura de sonho e pesadelo.
Eu queria poder viver numa bolha. Eu, Raphael, Davi, minha família e a família dele, além dos nossos amigos. Numa bolha, longe de qualquer realidade.
Infelizmente isso não foi possível.
Senti minha garganta fechar o mais rápido possível e eu tentei puxar o máximo de ar que pude. A sala pareceu pequena demais e eu escutei batidas na porta. Isso me fez soluçar.
— Louise? — Escutei o grito de Laís e fechei os olhos. — Amiga, você tá aí? Amiga, abre a porta! Lou, eu tô aqui. Louise, abre a porta pra' mim. — Escutei seus gritos e seus murros na porta.
— Vai embora, Laís! Me deixa sozinha, por favor. — Caminhei até a porta e pedi para minha melhor amiga me deixar.
— Abre a porta, Lou! Você tá chorando? Me deixa entrar. — Ela se desesperou do outro lado e isso me fez soluçar aqui do lado de dentro. Eu não queria ninguém aqui.
— Vai embora, amiga! Por favor, me deixa aqui, eu vou ficar bem. — Pedi em súplica e ela bateu na porta uma última vez.
— Lou, me liga quando quiser que eu venha, eu vou esperar você me ligar, tá? Eu vou ficar la em casa esperando. — Ela falou e eu não respondi, entendi que ela tinha ido embora.