entrevista

251 23 3
                                    

— Você está extremamente gostosa, não quero que apareça assim na TV, kkkkk — minha mulher disse, puxando-me pela cintura.

— Você quer que eu apareça feia? É minha reputação? — entrei na onda da brincadeira, colocando meus braços em volta do pescoço dela.

— Eu te acho linda, maravilhosa, gostosa. Eu já sei disso, o resto do mundo não precisa saber — ela falou contra minha boca.

Apenas sorri e beijei a ruiva. Hoje é o dia da entrevista, onde contarei tudo ao vivo para todo o Brasil. Como me sinto com isso? Nervosa, mas sinto que é uma oportunidade incrível para abrir os olhos de outras mulheres.

Enquanto nos preparávamos para o grande momento, os nervos afloravam, mas a certeza de estarmos juntas nessa jornada proporcionava um conforto reconfortante. O turbilhão de emoções era palpável, mas o apoio mútuo era como um farol, guiando-nos através das incertezas que se avizinhavam.

Cada gesto, cada toque, cada palavra trocada entre nós era carregada de significado, reforçando o vínculo que nos unia. O desejo de proteger a intimidade e a imagem uma da outra era evidente, mesmo em meio à empolgação e à expectativa da entrevista iminente.

Enquanto o tempo parecia se arrastar em antecipação, encontrávamos consolo um no outro, compartilhando sorrisos nervosos e abraços reconfortantes. Juntas, estávamos prontas para enfrentar os holofotes e contar nossa história com sinceridade e coragem.

[•••]

— Agora nós vamos falar sobre um assunto sério: violência contra mulher. Isso é um tema muito importante no Brasil, não só no Brasil como no mundo. Hoje trouxemos uma vítima de violência doméstica, com um depoimento da sua história. A mulher empresária, dona da galeria mais visitada de São Paulo, Ana Carolyna Borges Alves, que no futuro voltará a ser Ana Carolyna Borges Ramos. Infelizmente, conhecida por algumas pessoas como "a mulher do governador" — a repórter falou, e chegou a hora.

— Boa noite, senhorita Carolyna. Poderia nos contar desde o começo? — a repórter iniciou.

— Boa noite a todos, e sim, o começo foi quando completei 18 anos, exatamente no mesmo dia.

Flashback on

— Filha, precisamos conversar — meu pai disse, aproximando-se de mim.

— É claro, papai. O que houve? — perguntei, intrigada.

— Me acompanhe até meu escritório.

Flashback off

A sala de entrevistas estava impregnada com uma atmosfera solene, enquanto Ana Carolyna se preparava para compartilhar sua história diante das câmeras. O silêncio pesava no ar, enquanto os olhos do público se fixavam nela, esperando ouvir cada detalhe de sua jornada marcada pela violência e pelo trauma.

_____________________________
Pequeno o EPP, só pra vcs não ficarem sem
Eu volteiiiii pra ficar
Vai demorar pra postar todo dia pq tenho outras fics pra atualizar.

Bjs da mel

A mulher do governador Onde histórias criam vida. Descubra agora