Capítulo 6 - Algumas Horas Atrás

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- Alvo na mira, permissão para atira?

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- Alvo na mira, permissão para atira?

-Espere mais um pouco, minha querida. Está tão sedenta assim? O sujeito não fez nada ainda, só está olhando 'prá' dentro do banco, diz o soldado Cunha com tom risonho através do Walkie Talkie, preso no meu ombro.

O soldado Cunha mais uma vez me provocou, com um dos seus apelidos carinhosos. Às vezes penso que ele sente algo por mim, mas logo identifico que está sendo debochado.

Ainda tenho um pouco de dificuldade em identificar ironia neste idioma. A língua do povo brasileiro é bastante confusa. Mas esse "querida", ele me explicou que é o seu jeito de tratar as pessoas que gosta.

Alguns dias atrás, ficamos horas conversando sobre essa palavra. Concluindo a conversa, posso usá-la para carinho, raiva e até para desprezar, vai depender do tom que você usar. Como uma única palavra pode ter toda essa diversidade de sentidos?

- Para que serve toda essa demora? É mais antes executar esse sujeito agora para que na frente não tenhamos imprevistos! Falo sem muita empatia.

- Já estou cansado de trabalhar nessa missão, Cunha! Não temos nada faz 2 meses e nesse tempo ninguém dorme mais de 3 horas. E provavelmente esse assalto não tem correlação com a missão principal. O que parece, nesse país não é uma surpresa um assalto a banco.

- Sufy, só 'to' seguindo as ordens do Coronel. Ele disse que provavelmente tem alguém lá dentro trabalhando com eles. E que é possível que seja uma das atendentes. E dessa vez, preciso concordar com o Coronel. Mesmo sendo algo tão fácil de deduzir. Não gosto do jeito que ele lida com essa missão. Ai, que saudade da nossa Susu! O Cunha solta uma respiração cansado.

Tento encontrar alguma movimentação estranha entre algum suspeito e uma civil. Movimento minha luneta para dentro do banco para poder identificar algum comportamento irregular entre os 20 civis que estão na fila tentando pagar suas contas. O comportamento de uma me fez ficar alerta. Nem sempre é alguém tão óbvio como uma atendente.

- Faz 10 meses que ele está trabalhando nessa missão e ainda não sabe identificar como esses caras trabalham. Se é assim que é ser Coronel, posso facilmente me candidatar para a Presidência do Brasil. Falo para Cunha e é escutado uma gargalhada vindo do rádio de comunicação.

- Você não consegue nem apresentar um slide para 3 pessoas imagina fazer um discurso na frente de milhares de pessoas, ainda mais brasileiros. Mas foi boa a piada. Aprendeu com o melhor! Mais uma vez é ouvida uma gargalhada.

- Esse é o motivo que prefiro estar em cima de algum lugar alto com meu rifle. Volto minha atenção para o movimento dentro do banco.

Na frente da suspeita tinha dois idosos e o que estava sendo atendido está pegando alguns papéis de uma pasta que está debaixo de suas axilas. O idoso com a blusa social desabotoada está pegando folha por folha. A atendente com o semblante cansado vira os olhos sem paciência e volta a digitar no computador em sua frente.

Olho para suspeita que aparenta ter no mínimo 22 anos, tentando prender o seus longos cachos bagunçados em um coque,mas sua tentativa foi falha.

Parecendo desconfortável com algo, como se fosse uma compulsão a suspeita limpa suas mãos no moletom cinza, aparentando está tentando tirar algo de suas mãos. Ela abaixa a cabeça e enfia suas mãos no bolso da frente do moletom longo. Conheço esse comportamento muito bem! Ela está claramente nervosa. Se for realmente uma suspeita, esse seria seu primeiro assalto.

Volto minha luneta para o suspeito do lado de fora e estranhamente ele coloca suas mãos nos bolsos de sua calça e olha para baixo fazendo o mesmo movimento que a suspeita. Isso foi fodidamente estranho. Ainda com a mira no suspeito encostado no carro, pego ele voltando o olhar para o vidro do banco.

- Cunha, o suspeito parece estar fazendo sinal para a mulher parda na fila. Ela está de moletom cinza, usa óculos e seus cabelos são cacheados longos.

- Como sempre, deduzindo primeiro que o Coronel. Cunha gargalha e continua. - O velho não vai ficar muito feliz de está atrás de você mais uma vez.

Sem dar atenção ao que o soldado diz, volto minha atenção para a moça que agora preste a ser atendida. Ainda parecendo muito nervosa, ela retira um papel pequeno na tentativa de entregar para a mulher em sua frente, o suspeito agora Assaltante definitivamente, entra pela porta e atira para cima.

O caos foi instalado dentro do banco. A suspeita ainda está parada sem fazer qualquer movimento. Um homem branco com colete e uma calça amarela entra no banco e atrás dele uma mulher com os mesmos trajes entra em seguida segurando uma maleta preta com um símbolo estampado em amarelo. Logo reconheci! Esses Hurensohn realmente estão aqui! Shit!

Aperto o comunicador que está em meu ouvido. Escuto a voz do Major ordenar os soldados para se prepararem para encurralar os três na saída. No fundo escuto algum dos soldados falar para comunicar comigo, para que eu fique preparado para qualquer movimento mais arriscado.

Desligo o comunicador e em seguida escuto o walk tok. - Sulfy, você pr.. Eu o interrompo. - Já estou atento desde que subi nesse prédio, Cunha!

- Olha quem ligou o comunicador. Cunha brinca. Estou orgulhoso!

Minha visão estava focada no homem de calça amarela, vibrado em todo o movimento que ele faz. No topo do prédio em frente ao banco, onde eu me mantinha camuflado. Me preparo para atirar em qualquer momento. A respiração estava controlada, os olhos fixos na luneta, aguardando o momento certo. Abaixo, o caos pairava sobre a cena do assalto que se desenrolava no banco. Os gritos da multidão ecoavam pelas ruas estreitas.

O calça amarela se aproxima da mulher suspeita e começa a gritar com ela. A mulher dá um olhar mortal para o homem em sua frente e começa gritar com ele. O assaltante fica parado por alguns segundos e em seguida levanta sua blusa mostrando uma pistola. A Mulher fica em silêncio e ele coloca a mão na pistola.

Volto a olhar para a mulher. Tem alguma coisa nesses olhos...pelas suas ações suspeitas ela pode ser um deles, mas... Provavelmente ela está em perigo.

Antes que o homem pudesse retirar sua pistola, aponto o rifle em sua direção, meus dedos seguravam o rifle com firmeza, e aperto o gatilho. A bala atingiu o assaltante em cheio, perfurando sua cabeça. Tiro meu olho da luneta surpreso pela minha ação e percebo que foi a primeira vez que atiro sem pensar.

"Hurensohn": filho da puta em alemão
"Shit": Merda em inglês

"Hurensohn": filho da puta em alemão"Shit": Merda em inglês

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Oii, mis amores!!!

Me falam o que acharam desse capitulo ai nos comentarios!

♥Obrigado por está acompanhando essa historia!♥

Meu SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora