Capítulo 4

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- É sério isso?! Seu soldado do caralho!

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- É sério isso?! Seu soldado do caralho!

Ele não reage a minha ofensa e continua andando. Ele abre a porta com a mão que não estava me segurando. Em segundos já estou sendo jogada sem o menor cuidado para dentro de um carro de guerra. Olho pela janela e vejo o soldado dando a volta e sentando do lado do banco do motorista.

Sem trocar uma palavra ou olhar, a motorista com cabelos loiros presos em um coque alto começa a dirigir. Passando 3 minutos nem um dos dois falam nada, aquilo estava ficando constrangedor, quero perguntar quanto tempo vou ficar com eles mas estou com raiva do grandalhão e não conheço a loira.

Em 4 anos que estou isolada do mundo, é a primeira vez que fico mais de 10 minutos fora da minha casa. Já consigo sentir minha pele agradecendo pelo pouco sol que peguei, e foi o suficiente para minha melanina reviver, isso é o mal do pardo, em casa estava parecendo um papel a4, agora que peguei sol, estou bronzeada parecendo que acabei de sai da praia a pouco.

A soldado que está dirigindo, dá duas voltas e para o carro, olho para fora e vejo que estamos estacionado em frente a um supermercado abandonado. Nas portas estam cheios de cartazes um em cima do outro, alguns novos e outros muito velhos.

O primeiro a sair do carro foi o soldado, indo direto para as portas grandes. As portas do supermercado rangem ao serem abertas, revelando um interior escuro e empoeirado. A soldado de cabelos loiros desliga o motor. E fora do carro o grandalhão vira e olha para minha direção.

A loira sai do carro e abre a porta traseira, indicando que devo sair. Respiro fundo, deixando minhas confusões de lado por um momento, e saio do veículo. Enquanto caminhamos em direção ao supermercado, percebo que o grandalhão está sempre a uma distância segura, mantendo-se atento a cada movimento meu.

O que ele pensa que sou? Um ladrão muito habilidoso ou algo assim? Sou sedentária e tenho preguiça de fazer qualquer movimento muito arriscado para minha vida. Quer dizer, hoje passei tanta raiva e quase fui pega pela morte duas vezes, então nem pensei em ter preguiça, hoje foi uma e está sendo uma exceção.

Estou achando isso tudo muito suspeito, se queriam me interrogar não deveriam me levar para uma delegacia? Bem, é assim nos filmes. Nunca pisei em uma delegacia nem pra fazer um boletim, então não sei como funciona.

Ao entrarmos no supermercado, o cheiro de mofo e abandono invade minhas narinas. A soldado loira guia-me pelos corredores vazios, passando por prateleiras vazias e carrinhos de compras abandonados. Pergunto a mim mesma como esse lugar foi parar nesse estado. Esse supermercado é bem grande, parece que quanto mais nós andamos para o fundo, aumenta mais dois metros.

Estou ficando um pouco ansiosa, e estou com medo de ter uma crise no meio dessa poeira. Então para me distrair, tomo coragem e me viro para a soldado e pergunto:

- Q- Qual é-é seu nome? Minha gagueira voltou ao normal.

Não sei se é porque a soldado é muito bonita ou porque estou com medo dela, provavelmente os dois. Ela tem uns lindos olhos com heterocromia. Seu olho esquerdo é um azul claro como o mar e o direito verde bem intenso.

Ela para e me olha. Seus olhos são tão intimidadores que sinto minhas pernas bambearem um pouco. Ela põe mais medo que o grandalhão que está de longe observando a cena. Ainda me olhando, a moça coloca sua mão no bolso de sua calça com estampa do exército e pega alguma coisa.

Do um paço para trás com medo de ser morta pela pergunta que fiz. Quanto ela termina de retirar, era uma cartão preto com alguns detalhes verdes. A soldado coloca na minha cara um cartão de identificação escrito Martina Suíça. Em baixo do seu nome está o seu codinome "Suh".

A Suh, colocou seu cartão no mesmo lugar que tinha pegado. Fico feliz que não era uma arma que foi tirada de seu bolso. Aproveito e pergunto:

- Posso te chamar pelo seu codinome? A soldado levanta suas sobrancelhas mostrando surpresa com minha pergunta. Essa expressão foi tão fofa, mesmo com seu rosto rígido me apaixonaria fácil.

A soldado acende a cabeça e continua caminhando. Dou um sorriso pequeno e vou logo atrás. Sinto como se tivesse um canhão atrás de mim, dou uma virada e nada surpresa, o soldado está bem perto de mim. Isso é tão estranho, só quero ficar bem longe desse gringo.

Logo a frente a Suh para em frente de uma prateleira encostada na parede que ainda contém alguns produtos. Ela olha e trisca em alguns produtos procurando algo. Parecendo não encontrar o que queria, a Suh se afasta da prateleira e olha para o soldado atrás de mim.

Com sua mão grande ele me afasta do caminho sem um pingo de gentileza, e se encontra com a prateleira. Com sua mão ele pega o cartão no bolso de trás, parecido com o da Suh e encosta na parede. É escutado um bip e uma tela com números aparece onde foi encostado o cartão.

Agora é a vez da Suh afastar o soldado. Ela aperta uma sequência de número rapidamente e uma porta se abre. Por esta muito tempo em frente do computador, sou muito boa em digitação, consegui facilmente ver quais números ela digitou: "090104". Acho que vai ser útil guardar essa sequência.

Ao abrir a porta é mostrado um salão enorme cheio de gente fardada, computadores de última linha, equipamentos de guerra e tudo que um exército precisa. Meu Deus, o que está acontecendo? Onde fui parar?

 Meu Deus, o que está acontecendo? Onde fui parar?

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Meu SoldadoOnde histórias criam vida. Descubra agora