Giulia's point of view
Cinco dias se passaram desde aquela noite no restaurante, e a atmosfera entre Cris e eu tornou-se um labirinto de emoções. Cada momento compartilhado parecia carregar um peso que as palavras mal conseguem expressar.
O sábado se desdobrava em uma serenidade acolhedora, um alívio dos treinos que costumavam dominar nossos dias. Cris propôs um passeio casual pelo condomínio, e assim começamos uma jornada despretensiosa pelas ruas tranquilas.
Sentados em um banco do parque, nossas conversas flutuavam entre trivialidades e profundidades, como se estivéssemos explorando um território recém-descoberto. Cada riso compartilhado era uma nota suave em uma melodia única.
Cris observava-me com olhos que pareciam desvendar segredos escondidos. A proximidade entre nós crescia, uma tensão sutil que enchia os espaços entre palavras não ditas e gestos delicados.No entanto, uma sombra pairava sobre nossos momentos. Apenas mais uma semana aqui antes de minha mãe voltar da viagem, antes de voltar à minha vida cotidiana. O relógio implacável parecia sussurrar sobre a fugacidade do tempo.
Decidi mergulhar no presente, mesmo que este estivesse cercado pela incerteza do amanhã. Sob a sombra de uma árvore antiga, Cris segurou minha mão, e senti a delicadeza e a complexidade do agora nos envolverem.
A cada respiração compartilhada, trocávamos promessas silenciosas de um vínculo amigável que, embora breve, era carregado de intensidade. O adeus futuro aguardava nas entrelinhas, mas por agora, permitíamo-nos viver a beleza fugaz do presente.
Caminhamos de volta para casa, nossos passos ecoando em sintonia com as conversas que se desdobravam entre nós. Cada palavra trocada era como uma peça do quebra-cabeça que estávamos construindo, e eu me pegava querendo encaixar cada uma com cuidado para entender a imagem completa.
As palavras fluíam de maneira orgânica, como se as barreiras que nos separavam estivessem se dissolvendo. Falamos sobre sonhos, medos, e até mesmo sobre as cicatrizes que escondíamos sob as superfícies. Era uma dança delicada de revelações, e eu me via mergulhando nas profundezas da sua alma.
O riso se tornou uma trilha sonora constante, como se cada expressão de alegria dissolvesse um pouco mais da tensão que nos rodeava. Cris tinha o dom de arrancar risadas sinceras, e cada momento compartilhado se tornava um tijolo na construção de uma cumplicidade que não podia ser ignorada.
Ao atravessarmos a porta da casa, a familiaridade do ambiente parecia intensificar a conexão que estava se formando entre nós. As paredes testemunhavam a crescente intimidade, enquanto os espaços entre nossos gestos denunciavam uma busca mútua por algo que ainda não conseguíamos definir.
O silêncio se tornou nosso aliado, uma linguagem que transcendia as palavras. Cada olhar trocado continha uma narrativa própria, uma história que se desenrolava nas entrelinhas do que não era dito.
Enquanto a noite caía lá fora, nos encontramos em uma encruzilhada de emoções. A temporalidade da minha estadia naquela casa tornava-se mais evidente, mas, por enquanto, decidimos dançar nas sombras das incertezas, nos permitindo explorar as nuances de um vínculo que se tornava mais complexo a cada momento compartilhado.
Ao entrarmos em casa, os aromas acolhedores da janta preparada por Dona Flor nos envolveram como um abraço caloroso. A mesa estava posta com cuidado, e eu não pude deixar de admirar a obra-prima culinária diante de nós.
O vapor da comida que parecia saborosa pairava sobre as panelas, revelando um banquete de cores e sabores. Dona Flor havia criado uma sinfonia gastronômica, onde os ingredientes se harmonizavam em cada garfada. Os tons vibrantes dos vegetais frescos dançavam ao lado das texturas reconfortantes dos grãos e carnes cuidadosamente preparadas.
Fazemos nossos pratos e nos sentamos na mesa. Cris e eu nos entregamos ao deleite sensorial, provando cada pedaço como se fosse uma descoberta inédita. Os sabores se desdobravam, uma sinfonia de delícias que ressoava em nossos paladares e se transformava em cumplicidade silenciosa.
Após a refeição, senti a necessidade de desfrutar da simplicidade de um banho revigorante. Enquanto a água quente caía sobre mim, deixei que as preocupações escorressem pelo ralo, mergulhando na tranquilidade que o momento proporcionava.
Após o banho, vesti uma roupa confortável, abraçando a sensação de relaxamento que a mesma proporcionava. Aconchegada em tecidos familiares, me encaminhei para o quarto de Cris, onde a atmosfera parecia carregada de expectativas e incertezas.
Ao bater na porta e ouvir um "Entra!" de dentro, girei a maçaneta e senti borboletas inquietas no estômago. Adentrei o espaço que se tornara um refúgio peculiar, onde as paredes pareciam testemunhar o desenrolar de algo que escapava à lógica do cotidiano.
Entrei no quarto, e me encontrava na encruzilhada de escolhas que podiam mudar tudo. A expectativa e a realidade se desenhavam diante de mim, e, por hora, eu decidia deixar que o tempo ditasse os passos desse encontro.
Cris sorriu, sugerindo com entusiasmo:
— Que tal uma partida de videogame? 'Tava morrendo de vontade de jogar com alguém. – Cris diz com entusiasmo, acompanhado de um sorriso maroto.
Empolgada, aceitei o convite, e nos acomodamos diante da tela. Os controles nas mãos, Cris explicou as regras do jogo enquanto trocávamos olhares travessos.
— Bora, Giu, prepare-se 'pra perder! – Ele diz com um sorriso travesso, e eu devolvo com um também.
Os dedos ágeis pressionaram os botões, mergulhando-nos em um universo digital repleto de adrenalina. Os tiros ecoavam pelos alto-falantes, enquanto nós dois nos esquivávamos habilmente de nós mesmos.
— 'Cê não vai escapar! – Eu digo zuando.
Cris riu, seus olhos refletindo a intensidade da competição. No meio da ação, nossos ombros se tocavam ocasionalmente, criando uma proximidade que escapava aos limites do jogo.
— Você é uma boa adversária, Giulia, mas não é melhor que eu. – Ele estava quase me matando ao dizer isso.
— É o treino de vôlei me dando reflexos rápidos! E por eu ser boa no vôlei, você não vai ganhar de mim. Anota. – Eu digo sem tirar os olhos da televisão, empenhada a não morrer por sua causa.
A atmosfera descontraída era pontuada por risadas e desafios provocativos.
— Aposto que não consegue me vencer no próximo round. – Ele diz após eu conseguir escapar da morte.
— Aceito a aposta! Prepare-se para perder. – Eu digo dando uma sequência de tiros em seu personagem, que tentava a todo custo se esquivar e fugir.
O jogo prosseguiu, e entre tiros digitais e risos reais, percebi que as faíscas de flerte se entrelaçavam com a diversão. No universo virtual, Cris e eu éramos rivais, mas fora da tela, a dança delicada entre a amizade e o desconhecido continuava a se desenrolar.
Quando eu finalmente consigo o matar, o humilho de diversas formas diferentes, até que ele perde a paciência e joga um travesseiro em mim: assim começou nossa guerra de travesseiros, que terminou com nós dois. na cama. rindo.
Até que eu caio.
Nem chuva forte me derrubou, mesmo no chão, minha crise de risos se intensificou. Ele apenas me observava caída rindo.
Foi assim que percebi que estava perdidamente apaixonada por ele - feliz.. ou mente?
×××××
Viish galera, no que vai dar isso? 👀
Gostam da minha forma de escrever? Às vezes acho que sou meio intensa na minha escrita, e excessivamente formal. Acham isso? Me digam!
Capítulo menor que o outro.
Estou tentando manter frequência por aqui.Votem e comentem, amo vocês.
Kisses.
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𝐂𝐀𝐌𝐈𝐒𝐀 𝟐𝟒 - cris jr.
Fanfic𝘌𝘴𝘴𝘢 𝘩𝘪𝘴𝘵ó𝘳𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘦ç𝘢 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘭𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘤𝘦𝘣𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘢 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘴𝘵𝘦 𝘥𝘢 𝘢𝘳𝘲𝘶𝘪𝘣𝘢𝘯𝘤𝘢𝘥𝘢. 🥈 - #cristiano 🥇 - #crisjr 🥉 - #cristianojr 🥈 - #cris © Todos os Direitos Re...