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Somos criaturas simplórias, satisfeitas com o que nos é dado de maneira superficial, mau grado. Simples, como o sol ao nascer, as estrelas a ascenderem no céu noturno, as flores desabrocharem e o vento andarilho, ao mesmo que tal como todas estas coisas, também somos deslumbrantes ao olhos. O cheiro, sabor, tato, visão e audição, todos estes sentidos quais possuímos nos fazem desejar, querer. É de nossa natureza, nossos instintos no dizem isto. O que seria dos pobres humanos se não tivessem algo a desejar? Sem um prosaico motivo que nos desperta o pior de nós mesmos, a face oculta que esconde nossa metade hedionda? Nada, de fato. Mas também há neste mundo, coisas que repudiamos, desinteressantes e dignas de aversão. Tão desprezíveis que não nos moldam a nada, indesejáveis aos nossos instintos primitivos de avareza. A guerra e submissão alheia sob nossa autoridade, com toda a certeza, não é uma delas. Quanto maior poder, mais indesejável é a derrota.
