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━━━ ⚜︎ ✶✴༼ 𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐫𝐞𝐦𝐨𝐧𝐢𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐨𝐟 𝐃𝐢𝐬𝐚𝐬𝐭𝐞𝐫༽✴✶ ⚜︎ ━━━
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𝕬 bela criatura alada repousava tranquila sobre o mármore frio da grande fonte, distante em pensamentos e ao mesmo, próxima das figuras que seus olhos admiravam sob à luz calorosa do nascer do sol, vagamente libertina. Era raro ter momentos assim, calmos e silenciosos, deixando o barulho de batalha ao fundo, uma gravura detalhada dos desejos mais pacíficos. A deusa apreciava o passar das horas, o deleite de parar e apenas observar, analisar minuciosamente as pequenas belezas mundanas, pois os humanos podiam fazê-lo. Genevieve era uma deusa alada, princesa e herdeira do trono celestial, nascida para glorificar o nome de sua divindade e dedicar à ela, sua existência santa. Uma serva fiel à sua criadora e mãe, uma guerreira que derramava o sangue dos inimigos impuros sobre o altar sagrado em preces no nome da grande rainha dos Anjos. Ela sentia inveja dos humanos. Seres tão simples, medíocres, fracos e frágeis, porém era isso que os fazia ser tão privilegiados. Humanos demonstravam simplicidade, tudo o que as outras espécies jamais poderiam possuir em seus meios. O pouco tempo de vida, a baixa resistência, a falta de poder ou habilidades sobressalentes, traziam um ar de pureza mesmo em meio aos pecados incontáveis cometidos por eles.
A graça da vida humana era o limite imposto em quase tudo que os envolvia, tal que o valor das coisas consideradas banais para seres de grande longevidade, para eles eram preciosas o suficiente para ser aproveitar cada resquício, temerosos de não ter valido a pena, de não ser o bastante.
Sendo quem é, ela sabia disto, seria impossível para a deusa viver dessa forma, era o que ela invejava. Genevieve não tinha um porquê, um algo para dar sentido a sua existência tão poderosa. Viver somente para lutar em nome de alguém? Ou só cumprir ordens como uma boa serva faz ao seu mestre? Ela não sabia. Pois quaisquer das respostas fosse, ela ainda seria apenas um fantoche nas garras afiadas de sua mãe, a Suprema Divindade não tinha filhos, ela tinha posse de cascas vazias preenchidas por seu ódio e ambições erróneas e impróprias, assim era com as duas filhas, Genevieve e Elisabeth. Não mudaria, era de um deus a ser falado e não meros mortais que poderiam mudar quem foram, são e serão.
