Destiny? - Gabigol

08.

*Ps: A partir de agora, o Gael já tem 5 meses!

Se vocês querem que os capítulos não demorem para sair, votem e comentem na história!!

Espero que gostem, boa leitura!

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"Anna Estrella"

Eu tentei de tudo, nem na cama ele queria ficar. A única coisa que o deixava mais tranquilo, era colo. Por milésimos de segundos, consegui trocar de roupa, pois Gael tirou um cochilo de dois minutos, no máximo. Coloquei um vestido braco, florido, e uma rasteirinha. Prendi o cabelo em um coque frouxo e desci as escadas, indo até a cozinha. E para a minha felicidade, quem estava lá? Ele mesmo, Gabriel Barbosa.

Passei direto por ele, indo até a geladeira, pegar um pedaço de bolo para comer. Mal sentei na cadeira, e Gael já começou a resmungar. Coloquei a mão em sua testa, percebendo que a febre tinha voltado. Suspirei, levantando da mesa e pegando um remédio no armário.

— Tá tudo bem com ele? – Gabriel pega um copo de água, virando em nossa direção.

— Não muito.. – Guardei o remédio, balançando Gael.

— O que ele tem? Vocês precisam de alguma coisa? Se quiser, podemos ir no médico.. – Gabriel diz rápido, sem fazer uma pausa.

— Não precisa, obrigada, já falei com a pediatra dele. – Não quero estender um diálogo com ele, ainda estou brava com o último acontecimento.

— Porque está agindo dessa maneira? – Cruza os braços na frente do peito, me encarando.

— Você quer mesmo que eu responda Gabriel? – Levantei meu rosto, e ele balança a cabeça em sinal de confirmação. – Não podemos continuar "juntos", se essa mulher não supera que vocês terminaram. Isso vai atrapalhar o contrato.. – Falei cabisbaixa, não sei porque estou deixando isso me abalar tanto.

— Ontem, conversei com ela e disse para não se meter na minha vida mais. Foi difícil, mas, depois de muito insistir, ela concordou. – Gabriel se aproxima e puxa uma cadeira do meu lado. – Olha, eu sei que pode parecer estranho, mas, não quero me afastar de você-... – Gabriel arregala os olhos, se corrigindo na mesma hora. – Digo, do Gael.. – Ele segura minha mão, me deixando surpresa. – Desde o momento em que nos conhecemos, senti um carinho enorme por ele, coisa que nunca senti antes.. – Fala a última frase baixo, coçando a nuca.

Por um momento, senti o meu mundo parar, e o oxigênio faltar em meus pulmões. A fala de Gabriel, me deixou um tanto quanto surpresa, isso mexeu comigo..

— Esquece o que eu disse, ok? – Ele levanta da mesa e abaixa a cabeça.

— Obrigado.. – Segurei seu pulso, impedindo-o de sair da cozinha. – É difícil me acostumar com a nova rotina. Muitas vezes, eu me sinto perdida no meio de vocês, mesmo com todo apoio que recebo, não é algo que eu esteja acostumada. – Respiro fundo. – Outra coisa, não recebi nenhum apoio ou ajuda, quando meu filho nasceu. É impossível descrever o quão difícil foi, passar 3 meses em casa, com um bebê recém-nascido e sozinha. E não contei para a minha mãe, pois não quis preocupar ela.. – Senti um nó se formar em minha garganta, lembrando de todas as coisas que eu passei. – Gael é um milagre na minha vida, não sei o que seria de mim sem ele... – Uma lágrima solitária escorre no canto do meu olho.

Sinto os braços de Gabriel rodearem minha cintura, e uma de suas mãos, acariciando meu cabelo. Meu coração erra as batidas, causando sensações estranhas no meu estômago.. Nos afastamos envergonhados, e um silêncio se instala na cozinha.

— Anna? – Gabriel quebra o silêncio. – Desculpa, por deixar vocês dormirem no sofá, me senti horrível com isso depois...

— Já passou.. – Foi a única coisa que eu consegui responder.

Nossa atenção vai para o bebê em meu colo, que parecia inquieto, mexendo na corrente de Gabriel.

— Posso segurar? – Aponta para mim, se referindo a Gael, e eu concordo. – O que você tem garotão? Está dodói? – Gabriel pergunta acariciando as costas do bebê, que se aconchega em seus braços.

Gabriel não tinha vergonha de demonstrar o carinho que sentia por Gael, este, que também não escondia que o carinho era recíproco.

[...]

Estávamos reunidos na sala, pois Gabriel contou que seu amigo e companheiro de time, Everton Ribeiro, estava chegando para passar o final de semana com nós. Ele também comentou, que a noiva, Marília, e os filhos do amigo, também viriam.

E os filhos do casal, eram afilhados de Gabriel, o que deixou o jogador ainda mais ansioso para apresentar Gael a eles.

Escutamos a campainha tocar, e Gabriel levanta do sofá animado, caminhando até a porta, para recebê-los.

— E aí Gabi, como você tá? – Everton e Marília cumprimentam ele.

— Tio Gabi! – Duas figuras infantis entram correndo pela sala, abraçando o jogador.

— Esses dois ficaram o caminho inteiro perguntando sobre a surpresa que você tinha para eles.. – Everton ri, acompanhando Gabriel até a sala.

A família de Gabriel levantou do sofá e os cumprimentou, enquanto eu, permaneci na mesma posição, balançando as pernas, nervosa.

— Anna, quero apresentá-los a você.. – Gabriel repouso a mão em meu ombro, despertando minha atenção.

Gabriel disse que o nome dos afilhados era Antônio e Augusto. Eles pareciam envergonhados, mas, acenaram para mim.

— Oi.. – Sorri, abraçando eles.

— Tio Gabi, quem são eles? – Totói perguntou, apontando para mim e Gael.

— Ela é minha noiva e namorada.. – Gabriel sorriu, mas, seu rosto demonstrava nervoso. – E esse aqui, é o filho dela.

— Essa é a nossa surpresa? – Guto parecia animado, olhando para Gael.

— Sim, vocês gostaram? – Gabriel sorriu.

— Sim! Agora nós temos um amiguinho! – Os dois abraçaram Gabriel.

Sentei no sofá, e os dois me acompanharam, ficando um de cada lado, olhando para Gael.

— Não precisa ter vergonha, podem brincar com ele.. – Sorri, colocando Gael sentado.

— Tio, qual é o nome dele? – Olhou para Gabriel, esperando uma resposta.

— Gael! – Ele responde.

Depois disso, todos se dirigiram para a cozinha, deixando apenas eu e as crianças na sala. Não confio em deixar Gael brincando sozinho com eles, meu filho é muito pequeno ainda.

— Tia, posso te perguntar uma coisa? – Guto deixa o brinquedo de lado, olhando para mim. — Ele é filho do Tio Gabi?

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