Bonnie Tyler

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Oii, povinho.
Kimmy aqui.
Não sei se já podemos escolher um fandom, mas o meu será Candies e eu espero que vocês sejam tão doces com nosso Prólogo e nossa história quanto o nome de vocês!
Não vimos necessidades de avisos de gatilho no prólogo, mas caso achem que precise, nos avisem nos comentários!
Se acomodem em uma mesa, façam seu pedido e aproveitem nossa humilde cafeteria!
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04 de novembro de 2017
Bella Vista - 12:45h.

— Quanto tempo internada dessa vez, mãe? — perguntou preocupado.

— Só alguns dias, querido. — sorriu fraco por baixo da máscara de oxigênio.

— O médico disse que a saturação da sua mãe é muito baixa. — explicou o pai. — Ele só vai dar alta quando ela conseguir respirar melhor.

— Eu vou… — Pausou para puxar um montante de ar. — Ficar bem, filho. — Tentou tranquilizá-lo. — Agora saiam daqui… vocês tem uma cafeteria para cuidar! — Riu baixo e sentiu o ar falta mais uma vez. — Não esqueça de cuidar dos seus irmãos, querido!

Mesmo contrariado, Jimin saiu do quarto da mãe no hospital. Não era a primeira vez que ela estava internada com bronquite, mas sempre se preocupava com a mulher. Seu quadro, segundo os médicos, poderia agravar e virar uma pneumonia, como já aconteceu algum tempo atrás.

Saiu do hospital olhando para os pés, tentando pisar sempre dentro dos azulejos, querendo distrair a cabeça e não pensar em quantas pessoas estavam esperando atendimento na entrada do local – este que era sempre lotado –,  passou o  álcool em gel que sempre leva consigo nas mãos e contou de um a dez três vezes para relaxar, o que foi interrompido por um homem que lhe esbarrou na saída do hospital, o deixando frustrado com seu ritual de higienização das mãos, que começou de novo. Não retirou a máscara que usou para entrar no local e colocou um gorro, mais para cobrir as orelhas e protegê-las do vento frio.

O hospital era relativamente próximo à cafeteria, então foram a pé para visitar a matriarca da família. Apesar de odiar andar muito, preferia isso a pegar um ônibus ou metrô, ainda mais no horário que estavam: o horário de almoço, onde muitos saiam ou entravam no trabalho ou almoçavam fora das empresas. Park Jimin preferia morrer a pegar uma condução lotada assim.

[…]

07h30

Jeon acordou cedo para trabalhar no semáforo da avenida principal. Não se sabe o que aconteceu, mas naquele dia – seu aniversário –, achou que as pessoas pareciam mais  generosas. Já tinha faturado mais de quatrocentos e cinquenta reais somente no período da manhã. Normalmente as pessoas não confiavam muito por nunca ver seu rosto embaixo da máscara cirúrgica. Cobrir o rosto lhe dava mais confiança para falar com os outros, caso necessário.

Quando finalmente vendeu tudo o que tinha no trânsito, foi para a praça mais movimentada que conhecia naquele bairro. Estava empenhado em trabalhar, então foi cantar ali. Normalmente canta diversas músicas, e a da vez foi “Holding Out for a Hero”, de Bonnie Tyler.

13h05

Apesar de ser sua música favorita, não a cantava muito, pois poucos a conhecem. Quando chegou em seu refrão, o moreno não se aguentou e se levantou para dançar. Algumas pessoas que passavam também se empolgavam com sua energia, achando muito divertido, o que lhe rendeu um boné cheio de notas de cinco e dez – até algumas poucas de vinte também marcaram presença ali.

Quando finalmente acabou a letra e se sentou para recuperar o fôlego, notou um garoto alto o olhando, cabelos aparentemente coloridos escapando pelo gorro, olhos verdes, o rosto aparente fora da máscara branca salpicado pelo universo em pintas avermelhadas – cobertas por maquiagem, mas ainda sim visíveis –, eram sardas, muitas sardas, sardas em abundância.

Laços no Latte | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora