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━ Ele fez o quê?
A voz de Christian Horner ecoou alta e clara por todo o local, o homem arregalou os olhos, o rosto vermelho em irritação, enquanto encarava a garota, que pressionou os lábios, encarando o pai.
O homem piscou devagar, sentindo a garganta secar e a estranha sensação de que sua pressão devia estar subindo.
━ Você quer um pouco de água? Talvez se sentar? ━ Anna sugeriu relutante.
━ Água? Eu quero a porra de um carro para poder atropelar esse imbecil!
Anna piscou devagar, correndo os dedos pelos fios de cabelo para afastar alguns que insistiam em cair em seu rosto. Ela não sabia como o pai reagiria à notícia, mas imaginou que ele fosse querer atropelar seu ex-noivo. Ela faria o mesmo se colocassem um carro nas mãos dela.
━ Eu vou falar com o advogado. ━ O homem exclamou, deixando finalmente o corpo cair no pequeno sofá de seu escritório. ━ Ele não vai nem sonhar em colocar as mãos em Angie. Que porra ele está pensando?
A Horner encolheu os ombros, soltando o ar. Também estava sendo difícil para ela, a ideia de que aquele cara pudesse conseguir tirar sua garotinha de si a assustava. Não se via em um mundo sem Angie ao seu lado em cada segundo.
━ Desculpe te trazer a notícia assim, eu não sabia o que fazer... ━ falou baixinho. ━ Já comuniquei nosso advogado sobre isso e ele está correndo atrás.
━ Você sabe que não tem que se desculpar, meu bem. Eu sou seu pai, é claro que você deveria vir correndo para mim.
Christian correu as mãos pelo rosto, soltando o ar de forma pesada e negando suavemente com a cabeça. Ele ouviu as batidas fracas na porta e levantou o olhar assim que um dos engenheiros o chamou.
━ Vamos conversar sobre isso mais tarde, tudo bem? ━ falou suavemente, se aproximando da garota e deixando um leve selar em sua testa. ━ Nós vamos dar um jeito.
Anna assentiu de forma leve, seguindo o pai para fora da sala pequena, sabia que não era um bom momento para encher a cabeça dele com tantos problemas, não quando ele precisava se concentrar nas corridas, no entanto, a intimação de que seu ex-noivo queria a guarda da filha tinha a assustado e o pai era a única pessoa a quem ela tinha para correr e pedir ajuda.
━ Oh, céus.
A voz do pai soou baixinha e Anna se aproximou com curiosidade, arregalando os olhos ao encarar o carro e o estrago feito ali. Havia diversos adesivos colados, de todos os tamanhos, cores e formatos e se espalhavam por todo o carro, causando um contraste bem evidente de cores ali.
A mulher rapidamente olhou ao redor, procurando a culpada daquilo, no entanto, não a avistou em lugar nenhum, em vez disso, viu quando o piloto parou na porta de entrada, os olhos se arregalando em descrença enquanto a boca se abria em um círculo perfeito.
