How to Survive My Cruel Husband's Family

09.

— Senhorita. – O homem simpático de cabelos loiros, Hael, ergueu a mão em minha direção assim que haviam me libertado daquela carruagem. Segurei a mão que estava erguida para mim e sem esforço nenhum, desci da carruagem.

Ceci já estava me esperando com um sorriso neutro e cansado. É verdade, essa viagem foi longa e cansativa e por que esse lugar é tão frio?

Balancei meus pensamentos para outro lugar e voltei a encarar o homem em minha frente. Por mais que não fosse sua intenção, ele transparecia uma energia vibrante e clara, seu sorriso estava sempre em seu rosto e eu nunca o vi sério demais. — Obrigada. – Agradeço, com um leve cumprimento de cabeça.

Ao contrário deste homem caloroso estava aquele homem de olhar gelado, tanto quanto o clima desse lugar, que havia lavado meus pés e me ignorado a viagem inteira. Não é possível que seja os costumes daqui. Eles são tão gentis ao ponto de ultrapassarem os limites do toque que impõe em Hillsville? Emirate é definitivamente diferente de Hillsville. Não é surpresa que ambos se odeiam.

Nossos olhares se cruzaram por um breve momento, seus olhos me avaliaram por um curto período de tempo antes de se voltarem para algo que parecia mais importante, dignos de sua atenção imediata.

Eu apenas não entendia que sentimentos conflitantes eram esses que inclinavam meus pensamentos a seguirem por uma direção irônica ao extremo e faziam minha barriga murmurar como se eu estivesse de volta à adolescência, em minha fase assustadora, tenebrosa e algo que nem deveria mencionar. Renese, você está noiva. Para de graça.

Uma curta rajada de vento foi o suficiente para meu corpo estremecer. Meus vestidos eram apertados e grossos, mas não cobriam esse frio congelante. Sentir algo diferente do que calor escaldante pode ser uma boa experiência.

Pela minha felicidade, não demoraram muito para me escoltar até a entrada da mansão. Conclui que seria minha nova casa. E uau, certamente é muito maior que minha antiga casa, se é que eu poderia chamá-la assim. Posso confundi-lá com uma prisão de princesas ou um hospício, já que meu querido irmão reside lá.

Ceci e eu tivemos a mesma reação, e encaramos a mansão com nossos queixos caídos. Não tivemos tempo para mais reações inesperadas, porque aqueles homens quase que nos empurraram para dentro, a paciência daqueles guardas eram minúsculas assim como seus...

A porta foi aberta sem cerimônia e então, entramos juntas.

Me virei em direção à porta que havia entrado apenas para notar o restante dos guardas se dissipando do lado de fora após uma curta saudação, seguindo suas vidas, pois todos estavam cansados da viagem. Suspirei o ar gelado mais uma última vez antes que a porta fosse fechada, aumentando um pouco o calor do meu corpo que já era quase nula.

Apenas Hael e Kai permaneceram, o que me trouxe um pingo de curiosidade. O homem de cabelos escuros virou-se em direção a um corredor, retirando seu capacete enquanto caminhava em direção a ele. Sua postura era tão arrogante que me trouxe arrepios, e me neguei a acreditar que estava encarando um pouco mais suas costas até que elas desaparecessem.

Não pude ver o seu rosto, ele havia sumido sem nenhuma comunhão. Hael parecia irritado, depois de um 'tsk', ele apertou a ponte do nariz, e então se recompôs, como se estivesse se recuperando da má educação de um dos seus soldados e se lembrando que a princesa estava no local.

Ceci estava ao meu lado, tão perto que nossos ombros estavam grudados e eu conseguia sentir o calor reconfortante do seu corpo.

Fiquei em silêncio até que ele limpasse a garganta, sem jeito. — Me perdoem por isso. Por favor, senhorita. Se acomode, as empregadas irão escoltá-la até seus aposentos e sua dama de companhia também terá um quarto concedido. – Ceci corou ao ser confundida com uma dama de companhia, apesar de eu estar constantemente a comparando com uma princesa.