Anila observou os papéis espalhados pela mesa e pelo quadro em frente a ela, de braços cruzados. Oleandro ao seu lado, apontou para um conjunto deles.
— Peguei testemunho das lojas e pessoas que estavam na área da cerimônia e do desaparecimento. Ele foi visto saindo da cerimônia antes dela terminar e foi visto passando por algumas ruas. Quando chegou nessa área, onde foi encontrado, não se sabe mais o que aconteceu.
— E como o descreveram? — Anila perguntou.
— Alguns disseram que parecia normal, outros que estava triste, outros que estava com raiva. Tanto os que estavam na cerimônia quanto os que estavam na rua, não há um consenso sobre isso.
— Entendo.
De repente, Nilo entrou com mais papéis, e os colocou sobre a mesa junto com uma foto. Era uma mulher bonita, cabelos e olhos castanhos escuros.
— Dálian, vinte e cinco anos, trabalha em uma floricultura na ala sudeste. Não é a dona, apenas uma entregadora junto com mais dois outros Natures. Mora em cima da floricultura. — Nilo colocou alguns outros papéis ao lado. — Peguei também os dados das entregas das flores. As primeiras eram na casa de Lilyn, mas depois passaram a ser na casa de Floren. Tem uns dois anos já.
Anila pegou a ficha dela. Não tinha nenhum antecedente criminal, terminou a escola, a Caçada, tudo de forma correta. Parecia uma Natur tranquila.
— Acho que ela é a suspeita mais provável — Oleandro disse de repente.
— Será? — Nilo perguntou. — Ela era amante dele, afinal, se ele deixou Lilyn por ela, porque o mataria?
Oleandro semicerrou os olhos, batucando os dedos nos braços cruzados pensativo.
— Nardo disse que ele deixou Lilyn antes do casamento, se isso for verdade, seria motivo o suficiente para Dálian, ou qualquer outra amante, querer matá-lo. Além de que há provas de que ela foi vista no casamento — disse puxando uma foto em que Dálian aparecia de relance, parecia um pouco assustada, como se não quisesse ser vista. — Ela não foi convidada, o que estava fazendo lá?
— Pode ter ido com a equipe de floristas contratada para decorar a festa — Nilo sugeriu, pegando um outro papel com os nomes dos serviços contratados e das equipes. — Apesar de não ter sido escalada para o trabalho.
— Viu?
— Eu aposto em Nardo — Nilo disse. — Ele a ama, odiava o irmão, e sabia da “amante” do irmão. Me desculpe, mas se eu amasse uma pessoa, ela amasse outra pessoa e essa pessoa a traísse, eu contaria. Achei muito “simples” ele simplesmente aceitar. Ele parece confiável mas já foi um Guarda, já esteve em um nível mais alto que o meu e o seu, ele sabe como tudo isso funciona, seria mais “fácil” a gente deixar algo passar.
Oleandro não disse nada, mas parecia dividido entre acreditar ou não. Eles olharam para Anila, em busca de saber o que ela pensava.
— E depois? — Anila perguntou olhando para Oleandro. — Dálian não o sequestrou, ele foi visto saindo da cerimônia.
— Ela queria falar com ele, ele não queria conversar lá e decidiu sair, ela acabou atraindo ele para o beco e o matou.
— Como ela o matou?
— Com a barra de ferro. — Anila lhe deu um sorrisinho debochado.
— Pensei que tinha dito que não teria como alguém fazer aquilo. — Ele revirou os olhos, e pensou um pouco.
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A morte do noivo
FantasyCrimes são comuns na cidade de Luft, por isso, a detetive real, Anila, não se impressiona quando recebe mais um caso para resolver: um homem morto em um beco. Porém, se surpreende ao descobrir que ele vestia roupas matrimoniais e que a pouco tempo h...