Recapitularam o caso. Um homem em vestes matrimoniais foi encontrado morto em um beco, tendo morrido a uma semana atrás. Uma noiva foi abandonada no altar uma semana atrás. A noiva possui um álibi, o cunhado dela a ama, é um homem agressivo, não gosta do irmão e possui um álibi. A noiva tinha uma amante, que foi vista no casamento e falou com o noivo, pelas descrições de onde esteve e os testemunhos de quem a viu, também possui um álibi, mas também teria força o suficiente para matá-lo, e bons motivos.
— A história montada é que Floren era um péssimo cônjuge, não gostava de fato de Lilyn e ela tinha uma amante — Anila disse, observando o resumo escrito que tinha acabado de fazer em seu caderno. — No fim, Lilyn decidiu terminar com a amante e continuar com o casamento pelo bem da família, dizendo a Dálian que não queria mais nada com ela. Porém, Dálian não pensava que deveria ser assim e acreditava que Lilyn ainda gostava dela, portanto, decidiu informar Floren da traição, na esperança de que ele desse fim ao casamento.
“O que ele não fez, mostrando já saber sobre a traição. Ele a ameaça. Dálian descobre que ele estava envolvido com coisas erradas e fica com medo, sai do casamento vendo apenas que tinham alguns homens lá. Floren deixa Lilyn no altar com uma carta dizendo fugir com uma amante, e uma semana depois é encontrado morto em um beco ainda com as vestes cerimoniais — Anila concluiu.”
— Me parece que estão tentando encobrir o crime com essa história de outros homens — Anila disse. — Não tinha nada nas coisas dele que indicassem isso, e seus pais não pareciam saber de nada.
— Lilyn é a única que parece concisa com suas palavras. Deixou de fora a parte de Dálian ser a sua amante, mas de resto, nada do que ela disse contrária ao que algum outro disse — Oleandro disse.
— Diferente de Nardo e Dálian — Anila concordou. — Ela diz ser amante da Lilyn, ele diz que ela era amante do Nardo, qual dos dois está dizendo a verdade?
Os dois ficam em silêncio, observando os papéis.
— Vamos chamar os dois — Oleandro sugeriu. — Colocá-los cara a cara. Um deles vai falar.
— É uma boa ideia — Anila confirmou, mesmo que já tivesse certeza do que tinha acontecido.
Ela levou a mão a pulseira, pronta para enviar uma mensagem a Nilo, para que ele intimasse os dois, quando a porta se abriu e Nilo entrou com os olhos brilhando e um sorriso de orelha a orelha. Ele riu enquanto fechava a porta e se aproximava com um notebook mágico.
— Vocês não vão acreditar no que eu achei! Simplesmente a maior prova de todas! — Ele colocou o notebook sobre a mesa.
— A maior prova? — Oleandro perguntou erguendo uma sobrancelha. Nilo sorriu ainda mais.
— Parece que um vizinho tinha uma câmera de segurança no beco, queria ver se a mulher estava traindo ele e tals, se alguém saia por ali pela janela quando ele estava chegando.
— E porque ele não entregou antes? — Oleandro perguntou.
— Hoje era o dia que ele teria a certeza, o “cara” só vinha aos fins de semana.
— E ele estava certo? — Anila perguntou, fofoqueira. Nilo riu.
— Não, está lá fora na recepção com uns belos arranhões na cara. — Ele e Anila riram, Oleandro balançou a cabeça em negativa, um pequeno sorriso surgindo nos lábios. — Bem, vamos logo ao vídeo. — E estava pronto para dar play, quando parou e olhou para Anila, seus olhos se estreitando de modo desafiador. — Mas primeiro, minha cara colega, eu quero saber o que você acha que aconteceu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A morte do noivo
FantasyCrimes são comuns na cidade de Luft, por isso, a detetive real, Anila, não se impressiona quando recebe mais um caso para resolver: um homem morto em um beco. Porém, se surpreende ao descobrir que ele vestia roupas matrimoniais e que a pouco tempo h...