[16] Em casa novamente.

212 24 121
                                    

O corpo fraco e sujo de Han, andava em passos lentos até a porta de sua casa, parando em frente a mesma e suspirando pesadamente, observando o lugar que transmitia vazio.

Seu braço lentamente se esticou em direção a porta, engolindo seco e batendo três vezes no lugar, não tendo nenhuma resposta.

O garoto já preocupado e criando quinhentas possibilidades ruins de terem acontecido, bate na porta repetidas vezes, rezando para que alguém a abrisse, sentindo a esperança voltar a seu corpo quando escuta a mesma ser destrancada.

-Já falei com os repórteres, podem me deixar em...-A mulher que tinha o rosto descrito com olheiras profundas, para de falar quando seus olhos cansados caíram sobre o garoto que criou a vida inteira.

-M-mãe -Murmurou com os olhos cheios de lágrimas, vendo os olhos da mulher a sua frente brilharem.

A mulher sem nem esperar mais nenhum segundo sequer, vai rapidamente até o filho, o abraçando com toda a força que conseguia.

Os soluços logo começaram, a felicidade de ver o filho vivo ali, em sua frente, era indescritível.

-M-MEU FILHO, M-MEU MENINO -Diz entre o choro, apertando mais o garoto em seus braços- Por onde você esteve querido, e-eu estava a ponto de enlouquecer, Han -O Alívio possuiu ambos corpos, Han, se sentindo como um bebe novamente nos braços da mãe que sentia tanta falta, e a mãe, aliviada em ter seu bebe em seus braços novamente.-JISUNG! Meu bem, onde você esteve? E-eu fiquei tão preocupada, tão desesperada -Se afasta segurando o rosto molhado de Han, que chorava feito um bebe.

-M-me desculpa, m-me perdoa -Fala com a voz trêmula, sendo puxado para um abraço novamente.

-Shhh, tá tudo bem, tá tudo bem, agora você tá aqui, você tá aqui comigo. -Faz um carinho nos cabelos escuros do moreno.

-S-sim, mãe, eu to aqui, e não pretendo sair nunca mais -Se aconchega nos braços da mais velha, se sentindo seguro novamente.

(...)

Era inimaginável e inexplicável tudo que passou naquele acampamento, se perguntava que, se falasse para alguém tudo que viu e viveu, alguém acreditaria nisso. Mas é claro que sim, aliás uma passadinha no próprio inferno é a coisa mais normal que seres humanos fazem.

Um dia cansativo e pensativo resumia tudo desde que chegou até a casa de sua mãe, não teve tempo para descansar, pois foi levado para delegacia, sendo interrogado por policiais impacientes.

Descobriu até que seu pai havia saído de casa; Sua relação com o mesmo não era nada boa, isso porque o moreno sempre defendia sua mãe nas brigas que ambos tinham, não era nem apenas isso, sentia raiva de Han desde que o mesmo nasceu.

-Tem certeza querido? -Sua mãe segue o moreno até seu quarto, preocupada com o moreno.

-Tenho, mãe. Eu estou bem, apenas quero descansar, falar com os policiais foi cansativo. -Murmurou exausto, entrando em seu quarto e se virando para sua mae.

De fato, o garoto não teve paz desde que voltou, eram repórteres e policiais em seu pé, a história que Lee Know havia falado, funcionou perfeitamente, isso por que o falso velhinho confirmou toda a história. Han não tinha nem ideia de quem o mesmo era, apenas disse o que Know havia mandado falar.

-Tá bom, qualquer coisa me chame, está entendendo? -Indagou e o moreno assentiu, vendo sua mãe sair do quarto em seguida, o garoto vai até a porta e tranca.

Um suspiro pesado sai de seus lábios, vai até sua cama se jogando no colchão macio e confortável, um conforto que sentia tanta saudade, suas costas estavam o matando, não estava aguentando nem a si mesmo, suas roupas estavam sujas e seus cabelos oleosos.

Welcome To Hell ||MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora