[17] War of paradise.

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O sol realçava seus traços admiraveis, batento em seu rosto branquinho que possuía um biquinho enquanto dormia.

Vendo assim, ninguém imaginária que esse pobre humano, ficou quase a noite
inteira nervoso pelo demônio estar dormindo ao seu lado. Ou, pelas inúmeras vezes que lembrou daquele beijo, daquelas grandes mãos passando por seu corpo que parecia minúsculo perto daquele ser.

Acordou lentamente, piscou os olhos e se virou, vendo que sua cama estava vazia, e que o sol já estava la fora. Sentia alívio de ter conseguido dormir e descansar um pouco.

A manhã passou calma, ou pelo menos, Han Jisung pareceu calmo, pois sua mente estava uma bagunça.

Seu coração acelerava quando aquelas lembranças apareciam. Tanto que sua mãe teve que chamar sua atenção durante o almoço, questionando sobre o corte em sua boca, e do por que estava tão distraido.

Por sorte, conseguiu arrumar uma desculpa, tentando esquecer as borboletas na sua barriga que o deixavam bobo.

Sentiu alivio quando ficou sozinho em casa, seu pai até agora, não deu sinais de vida.

Séria errado se dissesse que esperava pelo demônio?

Isso é louco de se dizer, saudades de um ser que poderia o matar em apenas um estalo, mas não poderia negar isso, não poderia mentir sobre o que sente.

Seus olhos finalmente abandonaram os pratos sujos que lavava, e se focaram a janela logo a sua frente, se deparando com um céu escuro e feio, poderia dizer que era apenas um dia que teria uma tempestade normalmente, mas, aquele estava muito pior.

Secou e guardou os pratos, correndo até seu quarto e indo até o sua janela, observando aquele céu que o dava arrepios, percebendo uma parte vermelha nele. Uma sobrancelha se ergueu, olhando para a rua e vendo as folhas das árvores se movendo rapidamente, e os lixos sendo levados para longe.

Ficaria ali tentando entender o que acontecia do lado de fora, mas foi interrompido quando escutou um estrondo do lado de baixo.

Deu um pulo pelo susto, olhando para a porta do seu quarto, ainda escutando barulhos do lado de baixo.

Não poderia ser a sua mãe, a mesma voltaria tarde por que voltou a trabalhar.

Andou em passos lentos até a porta, mas antes que pudesse abri-lá, a mesma foi aberta com tudo, dando de cara com...

-BANGCHAN? -Gritou assustado, vendo o garoto de olhos vermelhos e boca preta.

Um sorriso sínico surgiu nos lábios do rapaz, jogando o moreno em direção a sua escrivaninha, o fazendo gemer pela dor da batida.

-CADÊ ELE? -Gritou cara a cara com o garoto, o segurando pela gola novamente.

-E-eu não sei. -Explicou desesperado, sentindo seus olhos marejarem.

-Mentiroso de merda. -Disse entredentes, e então, pegou um pote onde Han guardava seus lápis na escrivaninha, acertando em cheio na cabeça do garoto, o puxando pelos cabelos e encarando seus olhos- ONDE ELE ESTA?

-De q-quem você esta falando? E-eu não sei de nada! -A primeira lágrimas escorreu por suas bocechas, sentindo um soco ser acertado no local.

Seu corpo foi jogado no chão, vendo Bangchan subir por cima de si, segurando seu pescoço enquanto se debatia em baixo do corpo forte do amigo.

Arranhava e tentava bater na cara do mais velho, mas o mesmo sorria loucamente, parecendo um maniaco louco para matar.

-ONDE LUCIFER ESTA? -Questionou, enquanto esmagava o pescoço do garoto- VOCÊ SABE, VOCÊ SABE! -Gritou furiosamente, enquanto os olhos do moreno piscavam pesadamente algumas vezes.

A única coisa que passava em sua cabeça, era o nome de Lee Know, pedia incessantemente para que o rapaz o salvasse, sem saber se isso adiantaria.

No segundo em que sentiu que desmaiaria, o corpo de Bangchan foi arremessado para longe, tossindo e se levantando do chão, tendo seus olhos cruzando com o dos demônio, que o olhava com preocupação.

-L-Linou? -Chamou pelo mais velho que o encarava, sendo olhado diferente pelo apelido.

O mais velho olhou para Bangchan que estava caindo no chão, puxando Han pelo pulso e o ajudando a levantar.

-E-espera! A minha mãe. -Exclamou, fazendo o demônio parar de andar e o olhar.

-Ela vai ficar bem -Falou simples, se virando e voltando a andar.

Iria questionar mais, mas o demônio simplesmente o puxava sem o dar escolhas.

Sairam da casa as pressas, encontrando um carro parado na frente da mesma.

O Lee abriu a porta de trás, guiando o garoto para dentro do veículo, e entrando logo em seguida.

-Changbin, pode ir -O demônio ordenou, tendo olhares confusos do moreno.-RAPIDO! -Gritou.

-O que esta acontecendo? Porra. -Colocou as mãos no pescoço sentindo uma dor pelo aperto de antes.

-Esta bem? -Indagou tirando as mãos pequenas do mais novo, apenas para poder checar seu pescoço.

As mãos do demônio tocaram em sua pele clara, enquanto o menor encarava seus lábios rosados, sentindo suas bocechas esquentarem quando percebeu o olhar do mais velho em cima de si.

-E-eu estou bem -Se afastou- Para onde estamos indo? E a minha mãe? -Escutou um suspiro como resposta.

-Sua mãe ficara presa no trabalho, a cidade inteira ficará trancados em lugares seguros, para ser mais específico, o mundo inteiro.

-O que?? -Indagou desesperado.

-Você olhou para o céu hoje? -Disse olhando para Han e logo depois para o céu escuro- Os céus e o inferno estão entrando em guerra. -Viu os olhos do garoto arregalarem imediatamente.

-O que? Como isso tudo aconteceu?

-Culpe o Hyunjin, esse filho da puta contou para os Deuses que Felix me ajudou novamente, todos eles jogaram a culpa para Lucifer e para os outros demônios, obrigando ele a criar uma guerra. E para piorar, eu estou sendo procurado. -Han escutava atentamente tudo que acontecia, ficando sem palavras e apenas deixando sua boca aberta procurando por respostas.

-Estamos indo para aonde agora? -Indagou observando a janela do carro.

-Para o hospital, buscar Jeongin, os demônios já sabem quem estava comigo, incluindo você, Jeongin e Changbin. Se pegarem ele, irão o torturar e o matar para descobrir informações. -Suspirou, mantendo sua expressão séria.

O moreno se ajeitou no banco, tentando raciocinar tudo que acontecia, sentindo a mão do demônio tocar sua coxa.

Não via nenhuma malicia, mas não entendia o por desse toque, apenas sabia, que aquilo o acalmava.

Quando pensou que isso acabaria rapido, se apressou e caiu em um buraco, encontrando uma nova armadilha e um novo caminho cheio de obstáculos para ultrapassar.

"A pergunta que não quer calar:
Quem vai agradecer por morrer? E quem vai chorar por estar vivendo no lugar do outro?"



Oi.

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⏰ Última atualização: Aug 06 ⏰

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