ENCHANTED|harry hook

Prólogo II.

ENCHANTED 2 | FILME 2

PRÓLOGO
II.

🏔️WELCOME A
ENCHANTED WORLD

—Há memórias no lugar.

O pequeno bebê se remexe nos braços da mulher de cabelos brancos,os olhos azuis brilhando de forma intensa.Ela sentia que poderia chorar por vê-la a encarar como se fosse seu porto seguro,como se fosse sua casa.

—Onde o vento encontrar o mar— Os dedos finos e pálidos passam pelas bochechas gorduchas e rosadas da bebê—
Durma logo e verá.O rio te leva a se encontrar.

— Elsa?— A loura se vira para encontrar a irmã parada no batente da porta.

— Só me de um segundo.— Ela responde rápido,não se dando o trabalho de parar de olhar a bebê.— Só preciso me despedir.

— Isso pode não precisar ser uma despedida. — Ela rebate a irmã — Vocês podem negociar.

— Você sabe que não é assim.

Com um suspiro a ruiva virou-se em direção ao longo corredor,que antes era cheio de vida e alegria,mais agora parecia sombrio.

—Há memórias no lugar— A melodia ecoou em um sopro—Onde a mãe sempre vai lembrar.— A mulher apertou o bebê contra si de forma chorosa— Lembre disso ao me chamar

Analisou a criança que agora dormia serenamente sob seu peito e estremeceu pela dor avassaladora que lhe atingiu,mais ainda sim caminhou até o lado do berço dourado que um dia foi seu,e de Anna,sua irmã e agora era de sua filha.

—E ao se perder, vai se encontrar.

A antiga rainha se sentiu destruída,ela quebrou enquanto deu as costas para o berço em que sua menina estava,sua Alba. Engoliu seco e caminhou,sentindo que estava deixando uma parte de si,ela se sentia quebrando.Fechou a porta branca com espirais de gelo desenhadas e encostou a testa,limpando as lágrimas e logo dando as costas pro quarto enquanto caminhava pelos corredores que agora estavam sombrios e gélidos diferentemente do lugar onde crescerá. Elsa sabia que seria difícil enfrentar uma gravidez como a sua,mais ela não podia desistir de seu bebê,de seu sangue. Quando chegou na sala da família seus ombros se ergueram automaticamente pela áurea negra e densa que se formou no ambiente,ela sabia que ela saia do homem sentado no seu sofá,tudo nele parecia assim.

— Você me disse que demoraria mais!— Ela disse friamente,enquanto anunciava sua presença na sala— Disse que eu conseguiria vê-la crescer,que demoraria quase quatro anos para que isso acontecesse!

— Parece que ela herdou mais poder do que devia.— Ele resmungou— Igualzinho a você!

Um grunhido da loura preencheu o ambiente,que rapidamente se tornou frio.

— Você sabe que não estou mentindo!Sabia do risco quando decidiu continuar com isso tudo! Sabe que ela puxou os meus poderes e os seus.— Ele exclamou de forma irritada enquanto se levantava com as correntes se arrastando no chão.

— Você me deu quatro anos.

— Se ela não fosse a herança do quinto espírito junto com toda minha essência,Hã!— Ele riu— Poderia desfrutar o tempo do mundo com a menina.

— Ela é só uma bebê,não há mal algum em deixa-lá como está.— A ruiva se intrometeu na conversa,apoiando a irmã.

— Exatamente por isso é perigoso.— Ele alerta— Vocês estão falando sobre a essência primitiva desse mundo,algo que nunca foi destruído por nada,e nem pode ser,e se não estiver em um portador estável vocês sabem o que poderia acontecer.— A voz baixa e lenta como a própria morte ecoava na sala escura.

— Eu..—Elsa abre e fecha a boca sem ter o que dizer.

O ambiente se pesou ainda mais e cada um dos adultos ficou pensativo,os olhos da mulher se encheram de água e ela sentou no sofá enquanto colocava a mão sobre as têmporas.A irmã se aproximou e colocou a mão sob seu ombro em forma de apoio,algo que chamou a atenção do homem.

— Deixe-me tirar isso dela,mais eu não consigo impedir do poder dela avançar se tiver muito contato com outras crianças.E nem se tiver contato com você,que e o próprio quinto espírito,sabe que seus poderes iam ativar os dela instintivamente— Ele diz e a mulher suspira.

Não era justo.Foi o que a platinada pensou lembrando da figura pálida e pequena da filha.Era muito poder pra uma só criança,ela sabia que o que ele dizia estava certo,mais certamente sua bebê tinha uma personalidade bem forte pelo fato de ter pego mais poder do que deveria.

— Faça!— Elsa exclamou depois de um longo silêncio.

— Mais,Elsa?— Anna interveio,enquanto passava as mãos sob a barriga volumosa.

— Eu vou me afastar,ela fica aqui com você Anna.— Ela olhou para a irmã que parecia desacreditada— Entre me afastar ou deixá-la morrer eu prefiro me afastar.

O homem suspirou,erguendo os braços demonstrando a corrente longa que o prendia.

—Me leve até a criança.

Elsa faz um sinal com as mãos e os guardas puxam a corrente,que logo puxa o homem.Ele reparou cada detalhe do quarto,dos flocos de neve desenhados carinhosamente pelas paredes,do castelo em que estavam,e então o desenho dos espíritos do fogo e do vento.

— Quartinho maneiro.— debochou ele sendo puxado severamente.

E então,o sorriso debochado do homem caiu no berço dourado centralizado no meio do quarto,com um grande véu de cobertura e espirais de neve em um lustre.Ela teria uma vida boa.Pensou ele.Se aproximou da criança que agora se remexia no berço dourado pois havia acordado com os barulhos que as correntes faziam.Os olhos eram azuis cristalinos e os cabelos totalmente brancos,assim como a própria mãe,ela não havia puxado nada de si em quesito aparência.E então,aproveitando para usar seus poderes novamente ele aprisionou todo o poder da bebê consigo.A luz do quarto ficou em um tom azul-arroxeado e a bebê piscou admirada.E então,ele puxou tudo para si.

— Na hora que o corpo dela estiver apto, eles vão começar a voltar.— Ele diz dando as costas pra bebê — Não há nada que poderá impedir.

🏔️❄️PROLOGUE II.