Capítulo 32

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Por Manoela

Já passava das cinco da manhã quando eu passava pelo corredor vazio da academia, me apoiando nas paredes por estar bem alcoolizada e não conseguindo me manter de pé.

Estava sozinha.

Com dificuldade caminho até a escada e subo segurando no corrimão, um degrau de cada vez para não cair com o salto que estou usando. Quando chego no terceiro andar, onde ficam os dormitórios, vou indo até o meu.

Eu não imaginava que estava sendo seguida por um homem. Me assustei quando uma enorme mão se agarra em meu braço, me arrastando para o andar de baixo. Tento me soltar diversas vezes mas a mão se apertava cada vez mais.

— Me solta! — grito quando ele me joga dentro de uma sala e fecha a porta.

Não tinha visto seu rosto, pois ele estava olhando para tudo menos para mim. Mas assim que ele tranca a porta e se vira, reconheço quem é.

— Professor Bruno?! — pergunto confusa.

— Oi, gatinha. — ele caminha em passos lentos em minha direção. — Aonde foi bonita desse jeito? Estava esperando você chegar.

— Por que?

— Ah, Manoela. Eu adoro o quão ingênua você é, as vezes me pergunto se você é mesmo ou só se faz. — vejo um sorriso em seus lábios.

Não estava confortável com essa conversa, estava com medo.

— Eu adoro você. A forma que você dança me provocando, me deixa excitado só de pensar... — fecha os olhos e morde os lábios de forma nojenta.

— Me deixa sair daqui. — peço.

— Shhh... Vão ouvir a gente.

— Eu não fiz nada, eu danço como todo mundo.

— Não é isso que eu vejo. Você me provoca, desde que entrou aqui.

Eu não fiz nada, eu juro.

Fecho os olhos com força quando ele me prende na parede e sinto seu hálito contra meu rosto. Ele passa o dedo indicador em meu lábio inferior enquanto sua outra mão se prende em minha nuca. Em seguida, continua passeando as malditas mãos pelo meu corpo.

Passa pelos meus seios e aperta, as lágrimas de desespero caem de meus olhos quando ele chupa meu lábio inferior enquanto levanta a minha camisa e chupa meus mamilos.

— Eu já amava seus peitos, agora por saber que tem piercings neles eu os amo ainda mais. — Morde um deles me causa do uma dor insuportável.

— Socorro... socorro. — tento gritar, mas não sai.

A falta de ar toma conta de mim, fecho minhas pernas na tentativa de não deixar ele entrar, quando percebe que fechei as pernas, ele as afasta e me invade com os dedos de forma violenta.

— SOCORRO! — a voz finalmente sai num gemido doloroso e amedrontado. — SOCORRO! ALGUÉM AJU...

Sinto minha cabeça se chocando com a parede fortemente e acabo ficando desnorteada.

— Cala a boca sua vadia desgraçada! — diz entredentes, ainda com os dedos me rasgando.

Rasgando minha alma de dentro pra fora.

— ALGUÉM ME AJUDA! — grito novamente. — ELE VAI ME ESTUPRAR! — ele tenta tapar minha boca mas eu mordo sua mão .

— CALA A BOCA! — dá um tapa na minha cara.

"Sempre foi você"Onde histórias criam vida. Descubra agora