Capítulo 38

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Por Felipe



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— Eu posso beijar você? — pergunto olhando aquela boca gostosa que estou querendo beijar desde que a vi na casa da Ana Luísa.

Ultimamente eu tenho me sentido bem confortável ao lado dela, liberando parte de mim que há muito tempo eu reprimi, por coisas que aconteceram depois que ela foi embora. Acho que, com a sua volta, eu possa ter mais uma chance.

— Você bebeu? — sorrio.

— Nenhuma gota de álcool. — respondo.

Me fita com aqueles olhos enormes e puxados, me causando as malditas borboletas no estômago. Mordo os lábios esperando ansiosamente por sua autorização.

— Pode.

Com cuidado, selo meus lábios nos seus e... Porra! É isso, caralho!

Num beijo calmo e carregado de saudade, puxo ela mais pra mim — se é que isso é possível. — envolvendo minhas mãos em sua cintura. Manoela sobe suas mãos para a minha nuca, fazendo um carinho gostoso, me deixando mais envolvido naquele beijo.

Me afasto um pouco dela, desço o olhar para seus lábios agora com uma coloração avermelhada, sorrio e volto a beija-la depois de recuperar fôlego.

O beijo acaba intensificando e meu pau ganha vida, implorando por ela. Acho incrível que nesses anos todos, nenhuma mulher conseguiu nada e ela, conseguiu mexer comigo com apenas um beijo.

Mas não é qualquer beijo. É o beijo dela.

Não abuso com as carícias, até porque ela pode não se sentir confortável com isso, e sei que não me contentarei só com carícias.

Porra, estou 3 anos esperando por ela. Não sou de ferro.

Encerramos o beijo com três selinhos e, ainda não nos afastamos, mantendo nossas testas coladas uma na outra por alguns segundos.

— Obrigado pelo presente, não é nada feio. — diz depois de nos afastarmos e ela olhar a bolsa.

— E combina com o seu vestido. — ela sorri.

— Tem razão. — ela se senta no banco do passageiro do meu carro, tira o salto e põe a sandália rasteira branca e trançada no dorso do pé. — Ficou bom?

— Sim. — digo olhando seus pés bonitos. — Engraçado que você não cresceu nada mesmo. Ainda calça 35, como eu me lembrava.

— A sua vida é mais feliz quando você me inferniza? — pergunta irritada.

Está muito fácil tirar ela do sério.

— Não diga isso, ficarei chateado. — finjo tristeza.

— O deboche também vem na sua carteirinha de idoso ou você está aprendendo a ser assim com o meu pai?

Chamou de velho, não gostei não.

— Um pouco dos dois. Sabe como é, né? Idosos se entendem. — ela ri. — Você não tem tamanho para brincar comigo.

— Te garanto que brinco melhor do que você. — paro olhando pra cara dela, que continua andando e me deixa ali sozinho processando o que ela falou.

Diaba.

[...]

4:58 a.m

A comemoração estava rolando e eu não estou bebendo muito, pois o Patrick não está aqui e além de dirigir, tenho que levar um certo alguém inteira pra casa.

"Sempre foi você"Onde histórias criam vida. Descubra agora