Coragem.

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Chaeyoung estava deitada na cama de Dahyun enquanto a amiga montava algo em sua mesa de estudo, parecia um dispositivo ou um recipiente. Elas deviam estar estudando, pelo menos foi isso que disseram para seus pais que iriam fazer antes do jantar.

– Eu não acredito que você não chamou ela, sério. Você tinha a faca e o queijo na mão, cara! Era só chamar. – Chaeyoung reclamou sobre a falta de coragem da amiga mais uma vez.

– Você tá ficando cansativa, muda o disco Chae! – Dahyun disse ainda concentrada em sua tarefa.

– É que eu tô entediada, era para gente tá jogando vídeo game, mas você tá aí fazendo esse sei lá o que. E também e sempre bom te lembrar a bela oportunidade que você perdeu.

– Primeiro que era para a gente tá estudando não jogando, segundo que isso que eu estou fazendo é um projeto importante e por último, eu posso não ter chamado, mas a gente ficou de mãos dadas e eu elogiei ela, foram grandes avanços. Pelo menos eu sei agora que ela deve sentir algo por mim. – Dahyun falou, ela estava guardando suas ferramentas. – E você só vem aqui pra casa pra encher meu saco e comer.

– Você me culpa? Já comeu da comida do papai. E desde que ele aprendeu a fazer omelete é só o que a gente tem comido lá em casa, eu não aguento mais e a comida da sua mãe é maravilhosa. – Chaeyoung contou seu drama em busca de empatia da amiga.

– Aprende a cozinha você então. Seu pai pelo menos tá se esforçando muito para lhe oferecer o melhor, você sabe que a opção é a sua mãe e o namorado estranho dela, você tem que ajudar seu pai ele é muito legal. – Dahyun falou se sentando na cama ao lado de sua amiga.

– Eu sei, ele tem se esforçado bastante, até me levou para um bar na última sexta que eu devia ter ficado com a mamãe, mas ela fez aquela viagem inesperada com o otario explorador que ela chama de namorado. Foi muito divertido ver a luta naquele lugar.

– Que droga, Chae! Você devia ter me chamado, eu nunca estive em um bar. – Dahyun reclamou e deu um soquinho no ombro da amiga.

– Ai sua idiota! E claro que eu não ia te ligar pra te chamar pra entrar em um bar de forma clandestina com meu pai e se esqueceu que sexta passada foi aniversário de mil anos da sua bisavó?

– Respeita a minha bisavó! Da próxima vez me chama, senão eu conto pra sua mãe que você tá indo com seu pai pra bar. – Dahyun falou com uma cara maliciosa.

– Sua chantagista batata. – Dessa vez foi Chaeyoung que deu um soco no braço da amiga.

– Aprendi com você, a melhor hahahaha. Agora vamos descer que o jantar já deve tá pronto.

As duas amigas foram rindo. A amizade delas era de muita cumplicidade, principalmente porque as duas sempre foram duas pestes que davam enorme trabalho para os pais, além da amizade havia uma parceria, Chaeyoung era a estrategista de todas as aventuras clandestinas e recheadas de coisas erradas, já Dahyun se responsabilizava pela parte mecânica, ela era muito boa com trabalhos manuais e invenções, com isso as duas infernizavam a vida de muita gente, mas nunca eram pegas, eram muito inteligentes e usavam essa inteligência quase sempre para aprontar.

No dia seguinte nada de muito diferente aconteceu. Claro que Mina quase arrancou a pele de Chaeyoung depois que descobriu que Dahyun não chamou Momo para o baile, tinha sido difícil conseguir a chave da sala de música e deixar o lugar vazio, mas ela se acalmou um pouco quando soube que elas tiveram pelo menos uma interação fofa.

As duas teriam que pensar em algo mais palpável para que aquele pedido acontecesse. Algo que não deixasse escolha para que pudesse haver o pedido o mais rápido possível. Mina sabia que tinham outras pessoas interessadas em chamar Momo e ela rezava para que a amiga não aceitasse por pressão.

Timidez. - Dahmo. - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora