Sr. Grego (Máfias Rivais 1)

capítulo 21

Bernardo on

O olhar desesperado da minha esposa seria até engraçado se não fosse cômico, tentar fugir de mim até vai, mas em que momento eu deixei  que meus filhos passassem despercebidos assim, eu deveria ter matado aquele filho da puta, Medina vai se ver comigo, deixei aquele bastardo ajudar Nádia a fugir, só não sabia que no momento em que eu fosse buscá-la de surpresa, o surpreendido seria eu, com meus filhos.

Um menino e uma menina.
Lindos, algo dentro de mim mexeu, uma coisa que a muito tempo não sentia, na verdade nunca senti, uma coisa diferente, um  instinto protetor, um diferente do qual jamais senti. Algo em mim queria que desse certo...

- Marito, ci farà male - Perguntou finalmente conseguindo falar - Não faça nada com eles, se for tá sua vontade pode me punir ou até me matar se quiser mais não faça nada com eles por favor esposo.

- Qual nasceu primeiro, Nádia - perguntei só para ver seu desespero aumentar - me diga, quem?

- Lucca, ele foi o primeiro - disse olhando em meus olhos - não se preocupe, seu primogênito é homem.

As palavras saíram com um certo desdém ao se referir a famiglia.

- Se comporte esposa ou posso entender isso como uma afronta - falei vendo-a se mexer inquieta - ainda não esqueci que tentou fugir de mim.

- Eu  não tentei nada marido, eu consegui - fala em um tom firme, eu não sabia em que momento isso virou uma provocação.

- Não, você só saiu daquele país, por que eu quis que saísse, ou acha que fugir de uma máfia seria tão fácil assim - falei olhando para ela - me diga Esposa, acha que seria fácil?!

Isso pareceu rodar as engrenagens de sua cabeça, Nádia não podia ser tola em acreditar que poderia fugir de Capo dei capi, assim, ou seria.

- Meu deus - falou sem acreditar - aquele médico, só me ajudou porque você deixou?!

- Exatamente, amor - falei  sarcástico - não vou dizer que não me ajudou, quando pediu ajuda ao Medina, ele é o médico da famiglia, logicamente falaria pra mim sobre.

- Mais a pergunta que não quer calar - falou após um tempo em silêncio - Se você sabia onde eu estava desde o começo porque não veio antes.

- Bom, esposa - falei soltando uma risada me sentando na poltrona ao seu lado - Você  que seu marido, tem muitos inimigos, não que isso seja importante mas tive que manter você longe, ou  morreria, camorra estava em guerra com os yakuza

Seu rosto falava mais que mil palavras, Nádia estava perplexa.

- Isso.... - começou a falar mais foi interrompida pela porta.

- Nádia, amiga você está bem - uma doida entrou correndo no quarto - eu sinto muito aconteceu muitas coisas ontem no trabalho, não consegui vir para passar a noite com vocês.

- Amiga, ontem passei muito mal, não consegui vir- falou a ruiva que entrou

- Tá, tudo bem falei que não precisava se incomodarem com isso - minha mulher falou com as amigas.

- Olá Nádia - entrou na sala nada mais nada menos que Ivan Vassiliev, o pakhan da Rússia - Olá Bernardo 

- Olá Ivan - falei - como anda as coisas

- tudo dentro dos conformes - falou- Vamos dar privacidade a elas!

- Tudo bem - falei, a rixa da bratva e camorra não é de hoje, e bem antiga, não tenho ressentimento ou nada do tipo, mais para evitar confusão em território inimigo, ser morto antes de ver meus filhos crescerem, não é uma opção...