Golden Light

mystical time

A casa em que passariam o Natal não era como Harry imaginou. Era menor e menos horripilante.

Ainda era grande, se comparada há outras do bairro, possuía três andares, era de madeira e tijolos, decorada para o Natal, com um grande gramado na parte da frente, coberto de neve.

O pai de Harry precisou estacionar algumas casas adiante e eles caminharem pelas calçadas em silêncio, empenhados em não envergonharem o nome da família.

Harry não está muito preocupado com isso, para ser sincero, ele entende que sendo novos na cidade, serem bem aceito pela comunidade local é importante — vai garantir a sobrevivência deles —, mas ele acha que seu pai está exagerando, considerando que eles são bem normais, se comparados a outras famílias que fazem parte da comunidade.

A porta é aberta pela anfitriã. Ela elogia o vestido de Gemma, irmã de Harry, e passa o braço pelo ombro dele, dizendo que tem um filho da sua idade e os dois precisam ser amigos.

A casa está abarrotada de gente, todos parecem estar se divertindo e o ar cheira a canela. A anfitriã o guia por entre as pessoas até chegarem no filho dela, quando ele se vira, Harry segura um suspiro de surpresa.

O filho dela é simplesmente Louis Tomlinson, capitão do time de futebol, o mais popular e lindo garota da escola.

Harry simplesmente não pode acreditar que Louis é um feiticeiro também.

— Querido, este é Harry, ele se mudou recentemente e...

— Eu sei, estudamos na mesma escola — disse Louis interrompendo sua mãe, sorrindo simpático na direção de Harry. — Fazemos uma matéria juntos.

— Sim, matemática — adiciona Harry sorrindo também.

— Isso! Cara, que coincidência.

— Ah, maravilha — diz a mãe dele sorrindo animada —, agora que tem companhia, pode nos fazer o favor de ficar bonzinho, Louis Tomlinson?

— Só se Harry não for uma má influência — responde ele sorrindo maliciosamente para Harry, piscando rapidamente também.

Ele engole em seco, sem saber como reagir. A mãe de Louis se afasta sem dizer mais nada e os dois são deixados à sós. Harry não faz a menor ideia do que dizer a ele.

— Outro feiticeiro na minha escola! — Exclama Louis quebrando o gelo. — Isso é muito legal.

Harry sorri e assente.

— Sim! Na minha escola só tínhamos eu e minha irmã. Foi muita gentiliza da sua família nos convidar — acrescenta ao se lembrar das palavras de seu pai para ser educado.

Louis sorri, mas dessa vez ele parece triste.

— Obrigado vocês, por virem, hoje temos a Cerimônia, então meus pais queriam o máximo de pessoas possíveis.

— Cerimônia? Achei que era uma festa para enganar os mortais, como se fosse Natal.

— Acho que preciso de uma bebida antes de contar essa história — disse Louis caminhando em direção a uma porta fechada. — Você aceita? — Oferece ele antes de abrir a porta.

Harry balança a cabeça, em negação.

— Meu pai quer passar uma boa impressão, para sermos aceitos mais facilmente, não quero fazer algo para atrapalhar isso — responde ele com sinceridade.

Talvez sua escolha faça o bonito e popular Louis Tomlinson desistir dele, mas Harry não pode arriscar. Mudar de cidade sem conhecer nenhum feiticeiro é complicado, sem ser próximo de nenhum é péssimo, felizmente o pai de Harry possui um conhecido, o que foi suficiente para serem convidados.