𝐀𝐈𝐋𝐀 𝐋𝐎𝐔𝐑𝐄𝐒;
𝗘𝗦𝗧𝗔𝗠𝗢𝗦 𝗜𝗡𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗔 batalha da leste, para ser mais exata, já estamos aqui, e estamos descendo da van agora.
Para constar, eu e o Jota tivemos uma briga ontem, por conta de ciúmes. Ele simplesmente surtou comigo e não nos falamos desde então.
Eu estava ao lado de Sofia o tempo todo, e Jota ficava sozinho nos cantos.
Já se passaram algumas batalhas, e o Jota passou para a segunda fase. A Maria simplesmente amassou o Brennuz, literalmente em várias línguas diferentes. Jota desafiou a Maria.
Eu estava junto com a Sofia em uma das tendas, bem perto de onde os mcs estavam rimando.
— Eu observo ângulos e pontos de vista tudo isso que eu trago é o que me torna artista, por isso mesmo não sou individualista né panela é coletiva, coletiva é a conquista, e parceiro cê entende, que eu venho da norte, você na minha frente, eu sei que cê é forte, quer falar de panela, ah jotapê vê se não fode, ô zé, eles gritam para o seu suporte. — a maria rima.
— E você só tem suporte então grita para todos, não quero saber da punch eu pouco me fodo, cê enxerga pontos, então fuja, eu sempre enxergo golaços, tenho a visão da coruja, no morro, na família, e hoje, o buslaidir, trocou de pilha, cadê os idiomas, cê não falava línguas? Como eu disse eu sou césar, e cê não entende a minha. — o jota diz, indo um pouco para cima dela.
— Eu entendo que é a que eu falo, é o freestyle por isso mesmo que eu intercalo, só que agora no free já tá tudo no conforme, chutei a bola na sua cara, é onde a coruja dorme. — a maria rima.
— É onde a coruja dorme, jotapê não concorda, coloquei rap no fone, onde meu subconsciente acorda, por isso que você esquece, fodasse você, o que eu vivo é o modo F. — o jota responde, indo para cima dela denovo.
Ele está bem bolado com ela pois ela falou na vez dele, e ele simplesmente se irritou.
— Então fodasse você e tudo que cê fala, que sua rima não é efeito bala, entende parceiro, que aqui você se cala, na verdade sua bala já tá fora dessa cápsula. — maria rima.
— Mas o F é o que eu faço e não fico no free fire, se o assunto é modo F a favela faz o freestyle, eu pego a faca, cê é babaca, falo pra vocês, já passou da letra F? Filha fala na sua vez. — o jotapê rima, indo para cima dela novamente. , e arrancando grito da plateia.
— Tô falando na minha vez ô seu cuzão, tá vendo o grito da população? Realmente meu parceiro, eu sou mais verdadeiro, beleza, esse é o segundo, eu te destroço no terceiro — a maria nem termina de rimar e o Jota já rima por cima.
— Não vai ter terceiro, pra você aprender a ter postura. — ele rima, e a maria fala um vai. — Fala na sua vez caralho, essa porra é cultura, você não tá entendo, a rima é improvisada, tomou um dois a zero, te obrigo a ficar calada. — ele rima, arrancando grito da plateia.
— Mas eu tesadei os dois, é tipo o sistema querendo calar minha voz, pode falar na minha vez, não importa o atack, mesmo com os outros falando, eu mantenho e faço meu rap. — a maria rima.
— Seu rap não é porra nenhuma,aqui na rua, viu como é legal otária, falei na sua, por isso, agora pra ti pouco me fodo, falei na sua vez e eu também falo por todos, porra. — ele grita, enquanto olha para a plateia, que grita também.
Maria estava com o semblante assustado, isso era nítido. Talvez o Jota esteja errado em simplesmente se exaltar tanto por ela ter falado na sua vez.
A Maria desce do palco e apenas pega uma garrafinha e fica tomando água. Jota passou para a próxima fase e desceu do palco com o semblante culpado.
Eu até iria consolar ele, se eu não tivesse brigado com ele ontem.
A Maria veio para perto de mim e da Sofia, Jota ficou conversando com Barreto que provavelmente estava dando um esporro nele.
quebra de tempo.
O relógio marcava onze em ponto da noite, o sereno se fazia presente, e o vento, mais ainda. Estamos indo embora da batalha agora.
Como na vinda, eu estou sentada ao lado de Sofia. Jota estava sozinho no último banco, com a cabeça encostada no vidro. O Guri foi campeão da leste, e comemoramos, mas Jota não parecia muito animado.
Ver ele mal me deixa mal, mas não estamos nos falando e eu vou deixá-lo pensar.
— Aila, acorda. — ouvi alguém me chamar e senti uma mão em meu ombro.
Abri os olhos lentamente e percebi que acabei adormecendo, quem estava me acordando era Sofia.
— Já chegamos no nosso prédio, linda. — ela faz carinho no meu rosto e eu assinto lentamente.
Peguei meu celular e desci da van, Jota me esperava encostado no grande portão. Bocejei e destranquei o portão, pois já passava de meia noite e a partir desse horário o porteiro já não estava mais aqui.
Jota passou e foi em direção ao elevador, e eu fui também. Olho para trás e vejo Guri e Sofia se despedindo, sorri fraco e dou de cara com alguma coisa.
Olho para cima, vendo o Jota virado para mim. Apenas arqueei a sombrancelha e mudei meu caminho, passando para o lado e andando, até Jota segurar meu braço.
— Me desculpa.. — ele diz. — Eu surtei ontem e acabei descontando em você. — ele abaixa a cabeça.
— De boa, mas isso não tira o fato de você ter sido um vacilão. — dou de ombros me virando de costas novamente.
— Aila, é sério. Me desculpa, de coração mesmo. Eu sei que você ainda está brava comigo, eu acabei me exaltando e gritei com você ontem, mas eu juro que não foi a minha intenção. — ele me segura novamente, agora prendendo seu corpo no meu. — Eu te amo, Aila. Por favor, eu preciso do seu perdão.
— Ok, Jota. Eu te perdoo, mas não faça mais isso. — eu falo, e ele assente, me dando um abraço apertado.
— Obrigado..— ele sussurra. — Eu também fui um cuzão com a Maria. — ele suspira.
— Manda mensagem pra ela, pede desculpa. — eu falo, fazendo um carinho em suas costas.
— Eu vou mandar sim, mas quero ficar de chamego com você antes, vamo subir logo. — ele diz me puxando, e eu solto uma risada fraca.
🌪
Eita gente apareci, nao me matem
Apareci com um cap nao tao bom, na vdd eu nao curti mt
enfim, boa leitura e talvez eu poste um cap de obsessation hj
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𝐂𝐎𝐍𝐄𝐗𝐀̃𝐎. | Jotapê mc.
Ficção Adolescente𝐀𝐈𝐋𝐀 𝐋𝐎𝐔𝐑𝐄𝐒, a tal garota patricinha, nunca iria imaginar que um dia se apaixonaria por um rapper.