Capítulo 6

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Capítulo 6 - Pov’s Jungkook

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Capítulo 6 - Pov’s Jungkook

NOITE DO DIABO - SEIS ANOS ATRÁS…

Talvez eu esteja por perto?

Eu disse isso. Por que eu disse isso a ele no confessionário? E por que provoquei mais cedo na estrada? De forma alguma eu poderia estar perto ou ter permissão para ir a qualquer lugar hoje à noite. Não na Noite do Diabo.

Mas quando, finalmente, tive a chance de interagir com ele, não consegui me controlar. Ele era como um quebra-cabeças, e dava a impressão de que queria dizer muito mais, porém sentia dificuldades para expressar suas palavras. E então… De vez em quando, naquele confessionário, ele transparecia. Mostrava seu verdadeiro eu. O monstro que meu irmão alegou que todos tinham dentro de si.

Pedalei pela longa entrada da propriedade, testando a bicicleta após os reparos feitos. Estendi os dedos no guidão e avaliei minhas unhas sujas.

Ele não gostaria de mim, não é? Eu não sou o tipo dele.

Ele estava acostumado com garotas que pareciam modelos, com cabelos de revista, maquiagens de cem dólares e que usavam saltos durante o dia. Com garotos de pele de bebê, que só usavam coisas de marca luxuosas, que muitas vezes saiam de terno, e tinham SUVs ou qualquer outra porcaria de carro de marca. Olhei para meu Vans desgastado do meu irmão nos meus pés - usado a mais de seis anos -, permanentemente manchado de óleo e com o tecido desfiado ao longo da sola de borracha. Eu não parecia um homem, muito menos uma mulher. Era apenas um garotinho desleixado.

E aos dezessete anos, estava muito atrasado em relação às outras pessoas da minha idade. Jimin não podia ser visto comigo, mesmo que quisesse. Eu o envergonharia. E nem me iludiria, tentando me encaixar ao padrão dele e de sua turma.

Inspirei o cheiro das semprevivas dos dois lados do asfalto enquanto o vento soprava contra meu capuz escuro e acariciava meu cabelo. 

Em todas as vezes que vi Jimin em Egseulei, perto da minha casa, em um jogo de basquete… Ele era despreocupado e calmo, imperturbável.

Mas não hoje. Eu o deixei nervoso.

Sorri, pedalando mais rápido enquanto clicava no pequeno controle remoto preto perto do guidão. Smells Like Teen Spirit zumbia em meus ouvidos, e desviei para a esquerda, zunindo por entre as grades de ferro na mesma hora que se abriram para mim. Segurei-me firme na descida íngreme que levava até a entrada de casa. Mantive o agarre no guidão, fechando os olhos, subitamente, ao sentir meu coração quase pular na garganta, desfrutando da brisa e do sentimento que me acometia.

Eu o deixei nervoso. Minha pele ainda formigava no exato local onde ele havia segurado minha camiseta. O que ele teria feito sem aquela tela entre nós?

Uma buzina soou e eu abri os olhos, avistando um dos carros de meu pai vindo na minha direção. 

Merda. Desviei o caminho, virando à direita, e passei pelo Bentley, evitando contato visual. Alcancei a entrada da garagem, sentindo-me observado quando desaparecia nos fundos da casa, fora da vista do carro.

Oculto (2) {pjm+jjk}Onde histórias criam vida. Descubra agora