Talismã-A balada do gato e a joaninha

Destruição- Capítulo VI

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Marinette

Dias atuais

-E assim tudo começou, tínhamos uma necessidade surreal de ficar juntos, era no armário da faxina, atrás de arquibancadas. Mas ele nunca me beijou, nem chegava perto da minha intimidade, eram só amassos, isso me irritava profundamente, e um dia chegou na boca da Elite. Agreste tinha bastante descrição mas Nino acabou descobrindo, e deve ter soltado por pressão alcoólica em alguma festa da Elite.

-E como acabou ? E como o Nino descobriu ?

-Eu sempre tive muita curiosidade sobre as festas da universidade, que geralmente acontecem nas catacumbas e em propriedades das família, com muita insistência Agreste me levou um dia, fiquei pelos cantos e vi o suficiente para nunca querer participar. Sexo por toda parte, drogas, bebida, corrida de carros nas ruas. Eu estava muito assustada, voltei para o carro desesperada e Nino estava fudendo lá dentro, Agreste ignorou a foda e mandou eu tapar o ouvido enquanto ia me deixar em casa.

Alya torce a cara- O que se passa na cabeça de uma garota de se humilha tanto por um único momento de prazer? Elas nunca ouviram falar de vibrador?

-Foi horrível, nojento, gostaria de ter todos os meus sentidos com defeito naquele momento.

-Tá mas como terminou?

-Chloé descobriu, e me ameaçou, como sou bolsista, eu estaria infringindo uma regra e eu perderia a bolsa, não sei o que ela fez a Agreste. Porém ele estava diferente e no dia do meu aniversário, o clima estava pesado não sei explicar direito como, mas eu sentia que algo muito ruim ia acontecer. Em casa as coisas pioraram, minha mãe vivia acamada ou no hospital, eu dedicava tudo meu tempo livre a ela, enquanto meu pai trabalhava e gastava o dinheiro em bordeis, eu descobri isso da pior maneira possível no dia do meu aniversário...

Flashback

Sete meses atrás

-Está atrasada hoje bonequinha, já é meia noite e meia, perdemos meia hora do seu aniversário- Chego a minha varanda e Agreste já está a minha espera, geralmente é ao contrário eu o espero já que é minha casa e meu aniversário, assim que o vejo sinto algo errado, ele está tenso e parece meio distante, as vezes me sinto uma péssima amiga por não saber nada do passado de Agreste e o que tanto o assombra-

-Estava com minha mãe, ela teve um pico de pressão, achei melhor ficar com até ela pegar no sono e normalizar os batimentos- Gostaria que minha voz não estivesse tão carregada-

-O câncer piorou?- Ele desce do apoio do parapeito e fica a minha frente-

Faço sim com a cabeça me controlando para desabar, parece que tudo de ruim começou a acontecer este meio de semestre, meu pai vem ficando cada vez mais distante, eu o vejo trabalhar duro mas o dinheiro só diminui, minha mãe está numa fase crítica do câncer e precisa de muito mais cuidado e atenção, a quase dois meses minha rotina é da escola para o hospital do hospital para a escola, com a alta minha rotina só ficou mais complicada, porque agora tenho que fazer praticamente todas as tarefas de casa, minha mãe não consegue ajudar e meu pai simplesmente não quer ou some.

-Foi por isso e você saiu da patinação ?

Franzo o cenho confusa- Como você sabe disso?

-Minha família é sócia do clube, talvez eu goste de olhar a lista de atletas beneficiados...

-Stalker é crime- Reviro os olhos irritada, não gosto de compartilhar meus dramas familiares, mas não custa nada soltar essa duvida, além do mais ele é homem e sabe bem melhor o que se passa na cabeça dos mesmos- Será que meu pai trai minha mãe?- Não consigo evitar minhas lágrimas, meus pais sempre foram meu maior exemplo de vida e amor verdadeiro, e meu pai era o meu herói, minha inspiração de força mas de repente tudo mudou tão rápido e drasticamente-