Talismã-A balada do gato e a joaninha

Origens- Capítulo VII

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Marinette

Dias atuais

A memória veio tão viva quanto um filme, omiti todo o crime ao contar para Alya, mesmo se eu falasse agora de nada adiantaria eu tenho participação já que "ocultei" o cadáver, e Agreste é rico nunca seria preso por uma história tão estapafúrdia- Infelizmente minha mãe teve que voltar para o hospital, ela não estava respondendo bem ao tratamento, e cuidar dela foi uma forma de ocupar a cabeça, mas é quase em vão, eu simplesmente não consigo da um basta em tudo do meu passado...-Enxugo uma lágrima, dói relembrar, e reafirmar minha obsessão por ele,  achava que uma hora ele notaria, e iria perceber que sua garota, mas foi só uma ilusão-

Alya parece está sem palavras- S- sinto muito, mas como você soube que tinha dedo da Chloé?

-Ela é burra, pouco tempo depois da volta as aulas ela percebeu o afastamento e se vangloriou, atualmente o que mais me revolta é ainda pensar nele, e não saber como a Chloé o manipulou tão fácil

-Homens, Marinette, homens!Seu pai ainda trai sua mãe ?

Faço um sim com a cabeça- Mas minha mãe acho que prefere não saber, já tentei tocar no assunto e ela disse que se fosse traída iria preferir não saber e morrer achando que foi amada-

-Você era bem nova quando se "relacionou", e estava abalada psicologicamente talvez seja uma dependência emocional, já tentou ir a terapia, talvez ajude...

-Meu pai proibiu- Dou um riso de escárnio- Disse que eu apenas devo ocupar a mente...Mas até que eu gostaria de fazer algo que me tomasse bastante tempo, daí eu teria que focar no problema e não remoer o passado!

Alya abre a boca, porém logo é interrompida pelo ressoar de um alarme ensurdecedor, corremos para o corredor assustadas, e logo nos deparamos com uma manada de alunos correndo e gritando- Uma criatura quebrou a frente da escola !- uma pessoa aleatória diz-

Nos entreolhamos confusas,em uníssono gritamos quando o teto despenca a nossa frente, se estivéssemos junto a manada estaríamos mortas, o sangue rapidamente começou s escorrer pelos destroços do teto, uma onda de escuridão e sombras rodeiam o ser que vem do final do corredor, ele é grande e assustador parece um dementador do Harry Potter. Imediatamente fecho a porta da biblioteca, Alya parece tão assustada que não se mexe, não sei explicar mas em situações de pânico e perigo extremo meu subconsciente ligasse um botão de modo sobrevivência, no qual me permite raciocinar bem em crises. A puxo para o fundo, respiro fundo tentando pensar em algo racional, posso ser esquisofrênica, ou isso é um pesadelo muito realista, e a pior de todas isso é real!

-Isso é real? Ou entramos juntas em um universo paralelo?- Alya ofega apavorada-

-Acho que é real- Um estrondo ecoa pela biblioteca, seguido de um som estranho que parece um um rugido misturado a gritos de desespero, mas distingo um muito bem o som de correntes se arrastando pelo chão, uma escuridão recobre o ambiente, um cheiro de lixo e podridão paira no ar, o ser está muito perto, meu coração parece que vai saltar para fora do meu corpo.

-Meu Deus o coisa está perto- Alya sussurra apavorada-

-Vamos quebrar parte de um vitral !- Engatinhamos rapidamente pelos cantos sempre atentas a quão próximo estava o barulho que em segundos fica cada vez mais próximo, o desespero ferve quando me dou conta que o vidro é bem grosso, Alya arremessa um livro bem pesado que apenas é repelido, nossos milissegundos eram contados, olho para todos os cantos, nada, mas no último segundo era como se uma luz se acendesse no antigo candelabro que tem nas extremidades dos corredores, juntas fizemos o objeto pesadíssimo de lança, ao mesmo tempo que o vidro se estilhaçava senti um puxão muito forte de uma força que parecia sobrenatural.