18 CAPÍTULO.

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# (6 anos depois).

* Mael.

  - Você está brincando, certo!? - pergunto, rezando para ter ouvido errado; meu papai acena em negativa. Suspiro. - Pai, por favor, não me obrigue a voltar...

  - Não sou eu. - diz o rei, meu pai e herói, o homem que eu quero ser quando crescer. Apesar de já ter crescido. Mamãe me olha de lado com um braço em volta dos ombros de seu esposo, mesmo depois de quase 20 anos após o meu nascimento ela continua de tirar o fôlego. O meu rosto cora por pensar desse jeito sobre a minha mãe. Mas é a verdade. - Sua avó, eh... Malévola, quis assim. Logo será rei, deve exercitar a diplomacia. E, lidar com pessoas difíceis, faz parte.

  Mamãe ajusta a sua postura e sei que eu estou ferrado, no pior sentido da frase.

  - Não deve deixa um pequeno incidente, que nem foi tão ruim... - ela começa.

  - Ela me jogou do cais! Com ou sem proteção, foi crueldade! - digo frustrado, e passo as mãos pelos cabelos, gosto deles, me fazem lembrar de minha mãe, mesmo quando estou longe dela. Algo frequente, recentemente. Suspiro. Eu não quero brigar, mas... - Não vou trabalhar com aquela maluca, nem pelas crianças.

- Ela não é maluca. Nyelle é... difícil. - tenta a rainha Mal e então sorri. - Você só tinha treze anos e bem que mereceu, eu não tinha te autorizado a explorar a ilha sem mim e você não corria perigo realmente, tinha um feitiço de proteção. Hora de superar isso e seguir em frente. Aliás, Nyelle amadureceu e você também.

  Ela sempre tem um argumento impossível de ser rebatido. Argumentar contra me faria parecer infantil. Deixo a sala com minhas diretrizes.

   Porém, ao fechar a porta, minha determinação vacila e eu me recosto na parede, ao lado da porta.

  - Ainda bem que ele puxou à mim. - ouço a voz do meu pai, seu tom é brincalhão e eu franzo o cenho. - Imagine se Mael tem o seu temperamento... - ouço algo caindo no chão, e ele grita. - Ai!!! É brincadeira, Linda! - um momento depois ele acrescenta. - Não cem por cento. Você... acabou de provar que estou certo.

- Verdade!? - ameaça a rainha, aborrecida. Depois de um momento há um baque surdo, como vários se livros caíssem, da mesa para o chão. - Não!!! Ben, pare...

  Então o corredor se enche dos risos dele e as gargalhadas dela, enquanto ele a ataca com cócegas não demora muito e o riso para. É o alerta final para eu me apressar, do contrário, ficarei preso à barreira temporária feita por mamãe.

  É uma brincadeira deles: em que o pai a faz ter um ataque de risos, em todas as vezes em que a minha mãe o ameaça... mesmo que de brincadeira; e, em geral, isso leva para o sexo.

  Eles são o par mais lindo e "ativo" de Auradon. E embora pareça estranho para um filho dizer isso, eu admiro e almejo um relacionamento assim.

  Então, de repente, me vem à mente aqueles olhos dourados, e volto a ficar irritado.

   "Argh! Valeu, vovó! Eu volto de viagem não faz uma semana e você me manda trabalhar com ela! Porquê!?" - penso, ao andar para a sala de música.

~~~
  Todos da "nova geração" praticamente crescemos juntos e estamos aqui hoje. Gwen e Adam Derek, os gêmeos de 16 anos, é claro que moram aqui pois são os meus irmãos mais novos e ainda não se casaram. Eles podem até não ser idênticos, por razões óbvias, mas tem uma beleza semelhante: os olhos verdes-avelãs - de vó Bella, os cabelos castanhos-claros e lisos - de vô Adam, 1.75 de altura - de papai, e o sorriso travesso - de nossa mãe.

   Gwen é muito madura para a sua idade, além de protetora com o Adam e comigo. Ela prefere vestir roupas mais confortáveis como calças e camisas, uma tendência entre as mulheres mais novas da casa, graças a minha mãe... Gwen também ama música e a aprender a tocar novos investimentos, à exemplo disso: até recentemente ela amava sua Lira e a Arpa, até receber um Alaúde de presente de sua melhor amiga, Safira, agora este é o seu instrumento favorito.

A Princesa do Submundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora