19 CAPITULO.

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* Mael.

  - Perdão. - digo constrangido; foi um palpite, mas acertei o alvo e doeu bastante nela; não importa o meu estado de espírito, foi errado da minha parte falar isso... percebi isso quando ela emudeceu. - Então... os meus avós estão no castelo?

  - Não deixe Malévola ouvi-lo. - diz o senhor do submundo, surgindo do nada às minhas costas; volto-me para ele e sorrio. - Olá, filho. Você cresceu bastante.

  - Senhor... - digo, com um sorriso tenso, e então olho para Nyelle. - Eu estou...

  - Bobagem! - exclama Hades, e me puxa para um abraço forte, e retribuo; amo e respeito demais meu avô; e então ele pega Nyelle pela cintura e nos arrasta em direção da taverna-bar. - Uma bebida de vez em quando ajuda a acalmar os ânimos... a Malévola esta me enlouquecendo, e no péssimo sentido. Ciúmes, acredita!?

  Dou risada e olho para Nyelle, que parece estar muito desconfortável sob o abraço de Hades, mas não sabe como se livrar. Bem... eu não sei como sei disso, mas sei.

  Ela olha para mim, então cora e desvia o olhar para o chão, estranho... parece estar vulnerável.

   Nunca pensei nela assim, não desde a nossa infância.

  - Ela pensa que estou querendo a Nyelle... - Hades sussurra, e então sorri para mim, ao passo que Nyelle fica ainda mais tensa e tenta se afastar, sem sucesso; e eu estou prestes à dizer que ele deve solta-la quando lembro que ela não apreciaria meu gesto como uma ajuda; uma coisa que eu aprendi sobre os da ilha: eles lutam as suas próprias batalhas. - Juro pela "nossa Mal" que não é este o caso. No entanto, Malévola esta zangada demais e não dá para acalma-la do jeito divertido, então estou lhe dando um tempo e talvez mais tarde...

  - Sério, vô, sei que ambos sempre estarão nesta aparência jovem apesar de já terem séculos de existência... - resmungo, quando ele abre a boca para, sem dúvida falar sobre isso; pra mim já basta a cena com os meus pais. - Mas eu não quero saber os detalhes sobre o seu "jeito divertido" de acalmar a minha avó.

  - Justo. - ele murmura e então sorri; logo em seguida, entrarmos no Facille's, que está lotado. Hades encara a multidão paralisada. - Vamos, beber. - ele então segue para uma mesa, que rapidamente fica sem clientes. - Só lembra de não contar para a sua mãe sobre as bebidas, ou ela vai me castrar... minha malvadinha.

  - Vô-Hades, sabe que faz tempo que bebo. Não sou criança. - digo, consternado.

  Ele não deveria se preocupar com a minha mãe brigar com ele por mim. Então nós três nos sentamos à mesa, uma que ficava perto do bar aonde o tal Facille, serve no balcão.

  Retiro o casaco, e fico apenas com a camisa branca de manga comprida. Esta muito quente aqui.

  Nyelle senta ao meu lado, à frente de Hades.

  - Você não entende. Veja: sei que sua mãe pode se cuidar sozinha; mas, seja com 9 ou 39 anos, ela nunca vai deixar de ser a minha garota, então eu cuido dela. Um dia compreenderá. - avisa Hades, com um olhar severo; então bebidas surgem.

  Por algum motivo, volto os meus olhos para Nyelle, e vejo que ela olha para o Hades, com uma expressão de saudade e tristeza, antes de desviar o olhar para o canto oposto no balcão do bar.

   Ela olha para um homem com cabelos semelhantes aos dela, deitado sobre o balcão; então ela sente o meu olhar e abaixa os olhos olhos para o tampo da mesa, corando levemente.

  Este homem é o pai dela?

  - A coroação será em breve. - continua Hades, parecendo alheio. - Como esta?

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