17 CAPÍTULO.

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* Hades.

  Deitado na cama de Malévola. Observo ela voar pelo céu noturno, com a mesma leveza e graça selvagem de sua infância.

  Um peso enorme se foi dos seus ombros desde que voltou para a superfície pela segunda vez. Principalmente agora que ela fez as pazes com a nossa garota e recuperou o tom de suas asas.

  Me sento recostado sobre os travesseiros dela, enquanto ela pousa na varanda do antigo quatro da Mal.

  Eu estou prestes a lhe mostrar que estou aqui e então paro, ao vê-la parar diante de mim, e despir-se de sua armadura, até ela
ficar nua. E minha boca saliva com o desejo de provar das suas delícias.

  Alheia a minha presença, Malévola desfila pelo quarto até o banheiro e entra no banho, logo depois eu ouço o barulho de água cair sobre o seu corpo.

  Volto à ficar visível e espero que ela volte.

  Tenho que me segurar para não invadir o seu banho, e tomá-la ali mesmo... Não seria a primeira vez.

  Antes de Mal nascer, nós transamos sobre cada superfície deste castelo. São boas lembranças...

  Malévola não sabe, mas é a única fêmea da qual eu realmente me importo, depois de minhas duas esposas. Ela é a única fêmea (na superfície) com quem eu sou "eu mesmo", na cama e na rotina diária.

   E agora sei, depois de ouvir a sua conversa com a Mal e o Ben, que ela ainda pensa em mim como seu parceiro, vi isso
em seus olhos e em seu sorriso.

  Então eu bolei uma nova proposta para nós: eu a quero de volta e ela será só minha, e se ela me aceitar, eu a tomarei como minha esposa... permanentemente. É uma proposta que nunca fiz a nenhuma outra fêmea da superfície.

  Nesta noite nós vamos recomeçar de onde paramos anos atrás. Mas desta vez não quero apenas diversão.

  Assim que Malévola sai do banho, nua e com seus cabelos roxos ainda úmidos. Ela me vê sentado sobre sua cama, e para. Eu me levanto, completamente nú, e fico de joelhos na colcha de veludo vermelho.

  E a minha Preciosa caminha à passos lentos até mim, e para ao lado da cama, esperando silenciosamente, pelo meu próximo passo.

  Estendo a mão para ela, que a aceita, e a puxo levemente para mim. Enlaço a sua cintura e inspiro o cheiro de sua pele, e ela enterra os seus dedos suaves em meus cabelos, que vão do vermelho ao carmim enquanto ela acaricia as mechas.

  Puxo ela para cima de mim e ela me beija, usando os fios para me guiar para onde ela precisa. Desço os lábios pelo seu corpo e as suas pernas se enroscam sobre mim conforme, eu vou me introduzindo em seu interior. Ela suspira baixinho conforme vou reivindicando ela para mim, com cada vez mais firmeza.

  Devoro a sua boca, apreciando aqueles
lábios que me enlouquecem, e me fazem perder a minha mente.

Estremeço.

  - Ah! Como senti saudades, Preciosa... - rosno, com a voz grave.

  - Eu também senti, meu senhor. - ela diz rouca; e, então, encontra os meus olhos, nos seus vejo algo que me faz oscilar: amor. Ela me... ama? - Sim, com certeza.

  Não sei se eu transmiti minha pergunta para a sua mente e ela me respondeu, ou se essa é a sua maneira de ceder à mim por está noite. Tudo o que sei é que aquele olhar doce e aquele rosto levemente corado, fez mais pela minha libido do que qualquer truque sexual de Afrodite.

  Um intenso sentimento reverbera dentro de mim, fazendo meu sangue correr furiosamente em minhas veias indo direto para o meu pau. Me deixando ainda mais louco por ela.

A Princesa do Submundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora